Fuga

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Já fazia algum tempo desde que a batalha havia cessado, agora só se ouvirá tiros distantes, provavelmente que vinham das aldeias próximas.
- Precisamos sair daqui. - Disse Rike.
Ygor e Bryan concordaram.
- Nós tínhamos uma linha de emergência, que levava direto a estação principal, no centro da cidade. - Disse Ygor.
- O que estamos esperando então. - Disse Bryan.
O grupo pôs-se a andar, Ygor então perguntou o que havia acontecido enquanto dormira, Rike explicou que tropas Galion haviam invadido a cidade. Ygor não acreditava no que ouvia, os Galion assinaram um acordo de paz, após uma longa guerra contra os Lindoan.
Bryan lembrou de como tirou a vida do soldado Galion, ele sentia-se mau por ter feito aquilo, mas fora necessário,
- Era eu, ou ele. - Disse ele para si mesmo.
Chegando a estação de emergência viram um único vagão parado na plataforma.
- Vou checar os controles. - Disse Ygor.
Bryan assentiu e adentrou no vagão.
- Quanto tempo até chegarmos? - Perguntou Rike, enquanto procurava munição num soldado esmagado por uma pedra.
- Cerca de oito minutos. - Disse Ygor, terminando o check-up nos controles do vagão.
Rike entrou no vagão, sentou-se em em um dos assentos, e fez o inventário de seus equipamentos.
- Duas pistolas, um fuzil, e algumas munições.
- Temos pouco, mas irá dar pro gasto. - Disse ele, enquanto recarregava as armas.
Ygor então iniciou o piloto automático do trem, sentou-se ao lado de Rike, e pegou uma pistola para si.
Chegando a estação encontram-na parcialmente destruída, com corpos por todos os lados, e um leve cheiro de putrefação no ar. Subiram a escadaria com um pouco de dificuldade, mas finalmente chegam à superfície.
- Deus. - Fala Rike, espantado.
A cidade havia sido tomada pelos Galion, e os que se opunham, eram fuzilados em praça pública não importando sua idade.
- Para onde iremos? - Perguntou Bryan.
- Para casa que não é. - Disse Ygor rindo.
Rike lançou um olhar severo a Ygor, e ele se calou.
- Iremos até o palácio, eu conheço alguém. - Disse ele, com uma voz de autoridade.
Até o palácio éra uma longa caminhada, e com a cidade ocupada não ajudava muito.
- Chegamos. - Disse Rike, com uma voz cansada.
Bryan olhou atentamente o palácio, pilares de mármore branco se erguiam por 30 metros a sua frente, uma cúpula surgia ao horizonte e acima dela um urso polar fora esculpido.
O Urso polar era o símbolo da casa Lindoan que representava a força, e resistência. O grupo pôs-se a subir uma pequena escadaria, bandeiras do urso jaziam sobre o chão rasgadas e pisoteadas.
- Espero que ele ainda esteja vivo. - Disse Rike, consigo mesmo.
Eles então adentraram ao salão secundário, agora destruído, mas antes era decorado com lindas estátuas de Bronze, de Reis e rainhas anteriores a Eduwin. Bryan nunca antes vira tanta beleza num só lugar, mesmo estando praticamente tudo destruído, ele contemplava.
- Vamos até a sala do trono, se o Rei não tiver morrido, ele estará lá. - Disse Rike.
O grupo pôs-se a andar novamente, agora já, às portas da sala do trono, que havia sido parcialmente aberta.
- Façam silêncio, não sabemos oque nos espera. - Sussurrou Rike.
Bryan tomou a frente, aguçado pela curiosidade de como seria a sala do, trono, e o trono em si, poucos eram aqueles que o viram pessoalmente. Bryan então o viu, esculpido pelos melhores artistas do sistema, era adornado em Aço Marciano, e Bronze Polido num tom de dourado, que chegava a confundir com ouro.
O aço marciano era amplamente valorizado, por sua alta durabilidade e seu fio praticamente eterno, muitos diziam que era forjado junto de antigos feitiços, e que apenas os ferreiros de Myrah sabiam forjalo com perfeição, mas está técnica já fora perdida a décadas.
Enquanto Bryan distraia-se, ninguém perceberá que havia mais alguém na sala, Ygor e Rike, ainda estavam vasculhando o outro salão, e não quiseram atrapalhar Bryan, enquanto isso o estranho aproximou-se de Bryan.
- Morra, seu verme. - Disse o estranho, Em um tom de desprezo.

As Crônicas De Gallarur - Livro UmOnde histórias criam vida. Descubra agora