Blue Neighbourhood- L.S.

6- Mon

13 de Setembro de 2008

- Gente, mas eu não sei como falar isso a ela- Falo ao garotos em minha frente.

Depois de nossas aulas, fomos ao parque, para conversar sobre minha situação em casa.

- Vira para sua mãe e fala: " Mãe, da fruta que tu gosta eu chupo até o caroço" - Fala Niall fazendo uma pose bem "gay".

Depois de um tempo, meu círculo de amigos aumentou, o que era só eu e o Harry, passou a ser: Eu, Harry, Liam e Niall.
Liam era um gordinho excluído, sempre nos recreios ficava em um canto sozinho e todos os dias, os meninos pegavam seu lanche, ele sofria bastante.
E Niall era o menor da turma, que todo dia apanhava pelo simples fato de ser mais frágil da turma.
E por eu ter repetido 1 ano, estávamos todos na mesma sala.

- Niall!- Falo rindo- você quer que minha mãe me mate?
- Vale a pena tentar. - Fala Liam, fazendo um desenho em seu caderno.- Mesmo a gente vivendo nessa época, vai que ela goste.
- Eu não sei, tenho uma convivência com minha mãe tão boa. Não quero estragar isso. - Falo terminando de fazer meu dever de casa.
- Acho que a tia Jay não iria ligar muito para isso. As vezes ela parece que não bate bem. - Harry fala rindo.
- Harold!!- Reclamo dando um soco em seu braço e rindo- olha o respeito com a doida da minha mãe.

Em casa

- Mãe! - Grito ao chegar em casa.
- O que foi querido?- ela aparece na sala secando suas mãos no pano de prato, provavelmente estava arrumando a cozinha.
- É que eu tenho uma coisa para contar para a senhora. Mas tenho medo sabe. - respiro fundo.
- Pode me falar querido, sente- se. - ela senta no sofá e eu sento ao seu lado. - Saiba que eu e seu pai sempre vamos te amar. Não importa se você matou alguém, engravidou uma garota, usou droga. Sempre iremos te amar.
- Não mãe, não é isso. Sabe...- eu falo e ela nega com a cabeça.
-Mãeeusougay- falo rápido, fechando meus olhos com medo de sua resposta.
- Fala de novo Louis. - Ela fala ainda um pouco atordoada. - E devagar.
- Mãe, eu sou gay. - falo pausadamente e baixo.
Ficamos um tempo em um silêncio constrangedor até que ela começou a gritar.
- AAAAAAAAAAAAH. FINALMENTE ESSE DIA CHEGOU- Ela pula em cima do sofá e eu assusto. - Desculpe, é muita emoção, sempre sonhei que esse dia chegaria.
- Como assim mãe? - Pergunto confuso.
- Sempre desconfiei que você seria assim, aah mas se você chegasse com uma loira cuspida só para falar que é hétero, mas eu ia te bater tanto até você virar gay- Ela fala como se fosse a coisa mais normal do mundo.
- Quer dizer, que você está nem aí para isso? - pisco desnorteado.

- Olha meu filho, como já disse, você é meu filho, sempre irei te amar, sempre, e fique tranquilo que não vou sair gritando para Deus e o mundo, estamos em pleno século 21 e seu que ainda há o preconceito e eu entendo que você queira um tempo para se sentir seguro para um dia espalhar purpurina por ae. - Ela fala. Eu esperava de todas as reações, desde de me jogar para fora de casa a ignorar tudo isso, mas por essa eu não esperava, e é por isso que eu fico emocionado.
- Mãe! - Abraço ela bem forte. - Muito obrigado, eu realmente esperei de você todas as reações possíveis, menos essa e foi a que eu mais amei.

- Meu filho! -Ela separa o abraço e enxuga minhas lágrimas. - Agora vá subir, tomar um banho, daqui a pouco seu pai está chegando.
-Okay mãe!- deixo um beijo na testa dela e subo para meu quarto.

Continua...

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Hello bichas. Blz?
Só queria pedir que votassem e comentassem, qualquer coisa, idéias, reclamações, sla, podem falar...
Bjuuus