Minha "incrível" chegada

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Bom, sinceramente não sei o que deu no meu pai pra ele querer vir morar aqui, no Queens, acho que ele quer um pouco mais de privacidade, não quer mais aquelas casas que ostentam riqueza, e eu confesso, isso é maravilhoso.
Sabe uma coisa que falam muitas vezes a respeito do meu pai que me deixa orgulhosa? Fala que ele é um Herói. Isso é tão gratificante para mim, eu não tenho palavras quando dizem isso.
Mas enfim, hoje é meu primeiro dia na nova escola, eu vou daqui a pouco, então preciso tomar uma ducha e colocar uma roupa apresentável.
Estava pensando em colocar uma blusa branca, talvez um suéter cinza por cima e uma calça jeans. E então, é essa roupa que eu visto.
Me dirijo até a cozinha para comer alguma coisa e encontro meu pai sozinho na mesa.
- Cadê a mamãe? - digo.
- Ah, sua mãe fez uma viagem rápida para Berlim, uma reunião de trabalho, se não me engano. - ele fala sem tirar os olhos de seu notebook e quando termina, bebe um gole de café em uma caneca verde clara.
Abro o armário da cozinha, pego o meu cereal, e então quando me viro meu pai me olha por cima do notebook. Continuo meu trajeto até a geladeira como se nada estivesse acontecido.
- Pronta pro primeiro dia? - ele fala dando um leve sorriso e colocando a caneca na mesa.
- Ninguém nunca está. - digo, sendo breve e clara.
Sento em uma cadeira e coloco o cereal numa tigela e logo após, o leite.
- Certo, então, você quer que eu te leve?
- Não precisa.
- Como assim? Você vai a pé? Filha minha não anda a pé.
- Pai, pelo amor de Deus! Eu tenho 15 anos de idade, posso me virar.
- Eu deixo você pegar a lamborghini azul.
- Pai! Eu prefiro ir a pé.
- Jura mesmo? Prefere ir a pé sendo que tem uma lamborghini te esperando na garagem? Que máximo! - ele fala num tom irônico.
Fico quieta, termino de comer meu cereal, vou até o banheiro escovo os dentes e vou pra escola.
Chegando na escola percebo que ela é grande, mas não tão grande como a minha antiga.
Entro pela porta da frente e começo a procurar a secretaria para poder saber em que sala ficarei.
Logo que achei, entrei e avistei uma mulher gordinha, com um óculos pequeno e com uma blusa rosa de manga, que começa a me encarar por cima do minúsculo óculos.
- Quem é você? - Ela diz num tom meio arrogante, mas eu fingi que não percebi.
- Ana, Ana Stark, a aluna nova, eu gostaria de saber em qual sala devo ficar. - chego mais perto da mesinha da moça.
- A sim, srta. Ana, por favor, sente-se! - ela levantou muito rapidamente quando falei meu nome e apontou para uma cadeira de madeira com estofado vermelho.
- Certo, deixe-me procurar sua ficha nestes papéis,... - ela começa a revirar todos os papéis de sua mesa, e então abrir e fechar as gavetas procurando minha ficha.
- Aqui! Srta. Stark! Vamos ver... 1º ano do ensino médio... Aqui! Sala 104 senhorita! - ela deixa cai uma gota de suor de sua testa, e fica olhando para mim com um sorriso de nervosismo.
- Muito obrigada..., senhora...? - digo dando um leve sorriso confuso.
- Ah, sim, meu nome é Daisy!
- Então, muito obrigada, Daisy. - ergo a mão para cumprimenta-lá.
Ela aperta minha mão e vou embora, em busca da sala 104.
- 102,... 103,... 104! - falo baixinho em quanto estava a procura da sala.
Bato na porta três vezes e ouço alguém falando:  Pode entrar!
Entro e todos começam a olha para mim, fico vermelha e então percebo que o professor vem em minha direção.
- Você é a aluna nova correto? Anne!
- Ana, é Ana. - falo dando um sorrisinho.
- Desculpe, Ana. Bom, meu nome é Chris, e eu dou aula de geometria, vou te apresentar aos seus novos colegas! - ele caminha até certo ponto da sala e começa a falar: Bom alunos, esta é a nova colega de vocês, Ana, digam oi para ela!
Ninguém fala nada, algumas pessoas estão rabiscando as carteiras, outras olhando para o lado e de olho no mosquito que acaba de passar.
- Então, éh,... Ali tem uma carteira, pode se sentar ali e assistir a aula.
Não digo nada, apenas balanço a cabeça em sentido positivo e traço meu caminho até a carteira.
Depois de MUITA matéria, o sinal toca e todos saem correndo para o intervalo.
Percebo que só fico eu e um garoto de cabelos castanhos, que vestia uma jaqueta azul escura, quase preta, já bem desgastada.
Pego minhas coisas e saio da sala olhando para o garoto, e no último segundo ele me olha também em nossos olhares se encontraram, mesmo que tivesse sido por 1 segundo, eu fiquei um pouco envergonhada, mas continuei a seguir pelos corredores até encontrar meu armário.

Peter Parker, I Love YouOnde histórias criam vida. Descubra agora