Capítulo 15 parte II

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Ps.: Capítulo editado e revisado através do Word, sem nenhuma revisão profissional. Me desculpem por qualquer coisa!

Boa Leitura!

2bjs Lary Di Angelo lalahsalles15

Por Cecília...

Furiosa e confusa era assim que eu me sentia no momento, um turbilhão de coisas passava por minha cabeça naquele momento. Tudo era tão estranho, era como se eu tivesse vivido duas vidas diferentes e agora as duas estavam se fundindo na minha cabeça. Eu não sabia ao certo o que pensar e o que fazer e quando vi Gabriel na minha frente tudo veio como um tsunami, a louca da Barbara me contando sobre a antiga vida de Gabriel, sobre o clube e que foi submissa de Gabriel. Aquilo doeu tanto em mim, mais tanto eu não queria acreditar e foi quando a louca perdeu o controle do carro e capotamos e então tudo ficou ainda mais confuso o jeito de Gabriel, seu modo frio. Era como se ele estivesse se transformado em outra pessoa exatamente como Barbara havia falado, querendo ou não é para o meu bem ou não Gabriel havia mentido e escondido coisas de mim e eu estava furiosa comigo e com o jeito que ele havia me tratado.

Afinal com quem porra eu me casei?

Essa era a principal pergunta que cercava os meus pensamentos desde que acordei, mas desde então eu não havia conseguido ficar sozinha com Gabriel porque sempre tinha alguém que queria me ver e o médico disse que eu poderia ir para casa hoje mesmo, então decidi esperar até em casa para conversar com ele que não saiu se perto de mim um segundo sequer. Eu não sentia medo de Gabriel e sabia dentro de mim que o amava mais que tudo, mas toda aquela situação estava errada e eu ia dar um basta, não nasci para abaixar a cabeça e obedecer a homem. Aquela simplesmente não era eu, mas de qualquer forma aquilo foi bom para eu abrir meus olhos e ver tudo mais claramente.

- Filhinha - meu pai disse ao entrar no quarto e eu sorri para ele.

- Papai - eu disse sorrindo e o abracei.

- Como é bom te ver bem de novo princesa - o senhor Nicholas disse e colocou uma mexa do meu cabelo atrás de minha orelha - agora se lembra de tudo? - ele pergunta.

- Sim, tudo - eu digo - só que algumas coisas estão confusas na minha cabeça. Mas sei que tudo vai se ajeitar - digo sorrindo - e o senhor? Como está?

- Bem querida - ele diz e beija minha testa - agora que você se recuperou por completo eu estou mais que bem - ele diz e sorri para mim e então eu o abraço apertado.

- Amo você papai - eu digo com sinceridade e saudade.

- Também amo você princesa - ele diz - então o que houve com você e Gabriel? - ele pergunta - você o está olhando diferente. Desconfiada.

- Não é nada papai coisa minha e dele - eu minto não querendo entrar em detalhes sobre o assunto. Não com o meu pai.

- Tudo bem, eu conversei com seu médico e ele disse que pela manhã você já pode ir para casa - ele diz - sua mãe está com Lívia e Eric em sua casa.

- Estou com saudades dela e do Thaí - eu digo - e dos meus filhotes também, muita saudades.

- Thalles veio te ver e você ainda estava desacordada, ele estava com sua amiga Alexia - meu pai diz - aquele garoto ainda vai se meter em uma furada, de novo, por causa de mulher.

- Lexi é uma boa pessoa papai - eu defendo minha amiga.

- Claro que é filha, eu a adoro. Mais o problema não é ela e sim o ex-noivo dela - ele diz - eu sinto que ela ainda vai voltar com ele e isso vai acabar com seu irmão. Ele está apaixonado.

- Thalles sempre foi assim papai, ele se apaixona fácil e rápido - eu digo e suspiro - eu vou conversar com Alexia, para ela não dar falsas esperanças para ele - eu digo.

- Não vai adiantar muita coisa, de qualquer forma seu irmão vai começar a faculdade em breve e vai se mudar para perto do campus - meu pai diz.

- Vou perder meu irmãozinho - digo chateada.

- Claro que não, duvido que ele fique longe de nós, ele vai vir sempre que puder. Mas falando em faculdade quando você e Monique vão retornar os estudos? - meu pai pergunta.

- Não faço ideia papai, mas acho que vou continuar meu curso a distância, não quero colocar o Eric na creche e falta bem pouco para eu terminar.

- Entendo, mas não deixe de terminar filha, os estudos são muito importantes - meu pai diz e eu concordo. Então nós ficamos conversando por um bom tempo e eu percebi que sentia falta de conversar com meu pai, sentia falta da intimidade que nos dois tínhamos antes. Papai ficou comigo até depois que eu dormi e quando eu o acordei ainda estava ao meu lado, dormindo no sofá e Gabriel também estava ali, ele não havia saído do meu lado um minuto sequer, mas mesmo assim eu não conseguia o encarar direito.

Acho que eu não estava de fato com raiva dele e sim magoada, eu precisava de um tempo para pensar e organizar as coisas em minha mente e eu sentia que Gabriel também, eu estava ciente que tudo que havia acontecido conosco havia afetado Gabriel o fazendo agir daquela forma, muitas pessoas não o entenderiam, mas eu entendo cada um lida com a dor de um jeito. O meu jeito era guardar tudo para mim e quase ficar louca com isso. O jeito de Gabriel era voltar a seu antigo eu, o que não pensava nos outros e somente em si mesmo e em seu prazer. Era difícil aceitar isso? Com toda a certeza. Mas acho que nós dois só precisávamos de um tempo, para colocar tudo em ordem. Então eu encostei a cabeça no travesseiro e fiquei tentando colocar tudo em ordem, tudo estava confuso e algumas memórias estavam fora de ordem. Mas eu me lembrei de Penélope e do teste de DNA, será que ela era realmente a irmã de Gabriel? Essa era uma pergunta que eu queria muito responder e talvez quando Penélope encontrasse a família ela deixasse aquilo tudo para trás, sua antiga vida e seus antigos hábitos. Penélope era uma garota boa que acabou se deixando levar pelas coisas más e apesar de não confiar totalmente nela eu sentia carinho por ela e se até Lívia a perdoou eu achava sinceramente que isso era uma boa coisa, porque uma coisa que a minha pequena tinha de infalível era seu sexto sentido para com as pessoas.

- Você acordou cedo - escuto a voz de Gabriel e olho em sua direção.

- Eu estava pensando - digo simplesmente. .

- Posso saber em que? - ele pergunta me observando e eu suspiro.

- Em tudo - respondo - você sabe que precisamos conversar, não sabe? - pergunto.

- Sei, sempre soube que uma hora ou outra iríamos ter essa conversa - ele diz - mas não aqui - ele diz olhando para o meu pai.

- Tudo bem - digo.

- Como se sente? - ele pergunta.

- Como se tivesse vivido duas vidas diferentes - eu confesso - isso tudo é tão estranho Gabriel. Eu não sei quem eu sou e não sei quem é você. - eu digo com um nó na garganta.

- Eu sinto muito - ele diz e bagunça os cabelos.

- Eu também sinto - eu digo e meu pai se remexe e abre os olhos.

- Vou buscar o café da manhã para você - Gabriel diz e sai.

Então eu olho para o meu pai e sorrio para ele que retribui então eu respiro fundo e fico conversando com meu pai, torcendo por toda essa bagunça chegar ao fim.

TentadaOnde histórias criam vida. Descubra agora