I- Ser Agarrado No Meio Da Rua Por Um Desconhecido Não É Legal.

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Minha Vida Era Uma Farsa.

Serio,tinha que esconder. Era bom eles continuarem pensando que eu era uma garota fria e que adorava preto. Estava protegida à minha forma. Era bom.

Meu nome é Lúcia Lee.

Tenho 15 anos e sou considerada Bad Girl por todos. Estudo em um colégio onde todos só se importam consigo mesmo e adoram espalhar fofocas e boatos. Era por isso que escondia de tudo e de todos que tinha uma paixão secreta: Livros.

Bom,eu escondia de quase todos. Minha professora de literatura chamada Márcia,era amiga intima de minha mãe e então um dia resolveu fazer uma visita. Durante a visita pediu para ir ao banheiro e então procurando a porta acabou abrindo a porta de um quarto. O meu quarto.

Quando entrou ficou maravilhada pelas prateleiras abarrotadas de livros e também pelos rascunhos em cima de escrivaninha assinadas com meu nome. Ela foi ao banheiro(finalmente!) e voltou como se nada estivesse acontecido,apenas piscou para mim me deixando confusa. Apenas ignorei, sta. Márcia era cheio de loucuras na cabeça,então apenas achei que fosse uma delas.

Estava muito errada.

A minha primeira prova de que ela tinha descoberto alguma coisa foi em uma de suas aula:

-muito bem alunos-disse a sta. Márcia-quero uma historia inventada na hora,agora. A primeira falar aqui na frente será a sta. Lee.

Gelei. Ouvi risadas e pessoas murmurando se eu pelo menos sabia quanto era 1+1. Epa! não era porque era considerada Bad Girl,que também poderia ser considerada Burra.

-silencio turma- disse ela tentado acalmar os murmúrios-deixem a sta. Lee se pronunciar. Pode vim a frente querida?

-e-eu- minha voz saiu gaguejando.

silêncio mortal.

-vamos querida- ela pediu de novo-nao precisa ter medo ou vergonha. Você é uma ótima escritora.

a risadaria foi geral. Fiquei vermelha rapidamente e me perguntei se ela sabia de alguma coisa sobre minha paixão secreta. Ela continuava me olhando foi aí que tomei coragem.

-desculpe professora- minha voz saiu determinada demais- nao estou inspirada hoje

Alem de "determinada" demais,minha voz saiu arrogante. Mais risadas correram e seu olhar transcorreu de surpresa para decepção.

-muito bem- ela disse desviando o olhar- alguém se candidata?

uma garota de cabelos ruivos levantou a mão e então foi para a frente.

Foi assim que transcorreu as aulas, sta. Márcia sempre insinuando que eu escrevia bem e etc. Tinha que resolver a situação, então escolhi uma das aulas e no final fui tirar satisfação.

-poderia parar de inventar coisas sobre mim?-falei olhando firmemente para ela- Não sei de onde tirou isso que escrevo bem,mais é melhor parar de insinuar essas coisas,tá bom?

Dito isto virei as costas e depois de dar três passos ouvi a voz dela:

-não precisa esconder- a voz dela era calma- já sei seu segredo mocinha. Está guardado comigo,mais eu acho que nem poderia ficar escondido.

me fiz de desentendida e virei para olhar para ela

-segredo?não faço a menor ideia do que está falando.

-vamos não precisa ter medo de me contar.-seu olhar era de suplica-sei que ama escrever e que também tem muitos livros em seu quarto

olhei-a mais uma vez e admiti sobre tudo. Como amava a aula dela, que escrevia textos entre outras coisas.

-mas como descobriu?-essa era a pergunta que faltava

Ela me contou toda a historia que citei acima que tinha entrado sem querer no meu quarto. Fiquei surpresa mais comecei a conversar sobre escritores, livros e então passamos um tarde inteira praticamente juntas.

Então mais uma pessoa sabia do meu segredo. Na verdade duas. Ela e minha mãe.

Minha mãe é um doce em pessoa e também ama fazer doces assim como eu amo come-lós. Ela se chama Carol Lee, e me criou sozinha desde pequena,quando eu tinha 1 ano e 6 meses. Época que meu pai morreu. Não me lembro dele e minha mãe apenas ,e fala que ele se chama Ricardo. É só o que sei, nada mais.

Todo dia volto da escola com uma garota que mora perto de casa,mas hoje ela tinha ficado doente e então não pode vim e tive que voltar sozinha.

Moro perto do colégio,que dizer a 3 quadras,e fazia meu caminho tranquilamente sentindo o doce aroma de churros que ficava em uma barraquinha. Não resisti,tive que parar para comprar e então percebo pelo canto do olho alguém parando também, me olhando. Apenas ignoro. Peço o churros e pago. Continuo meu caminho.

De novo percebo alguém me olhando e me seguindo também. Aperto o passo. A pessoa continua me seguindo.

Viro uma esquina,pegando outro caminho que não é o de casa. mas mesmo assim não consigo despista-lo. Vejo uma lanchonete e tento entrar.

Sou puxada fortemente pelo braço e levada para um beco escuro ao lado da lanchonete.

O Churros cai da minha mão( pobre churros)

Grito. Uma mão tapa minha boca

É quando ouço uma voz masculina

- calma garota!- a voz parece tensa- não vou machuca-lá.

O aperto de sua mao em meu braço afrouxa e entao olho para ele. Perco o folego que me resta.

O garoto que me agarrou tem cabelos pretos bagunçados e olhos iguais a dois poços de petróleo

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O garoto que me agarrou tem cabelos pretos bagunçados e olhos iguais a dois poços de petróleo. Sua pele é meio bronzeada,como se ficasse 3 horas todo dia ao sol. É lindo.

-se acalmou?-percebo que sua voz é doce,como se tentasse me tranquilizar com o poder dela.

- Qu-quem é você?-pergunto

o sangue pulsa em meus ouvidos por causa de toda adrenalina

-meu nome é Diego-ele se apresenta- quero conversar com você.

As Descobertas De LeifylOnde histórias criam vida. Descubra agora