Two - reunion, understandings and declarations.

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— O que você está fazendo aqui Petey? — a voz de Wade saíra baixa e rouca como se não a usasse há dias. Ele manteve-se costas para o Parker. ainda parecia abatido. Mas só de ouvi-la já deixava Peter feliz. Wade parecia tão... distante. Como se estivesse preso. Preso em seu próprio mundo.

— vim visitar o meu amigo. — disse, Peter, calmamente até a cama, sentando-se na mesma. esticou seu braço para tocar o amigo. Mas recuou, quando ouviu uma risada, amarga, vinda do outro. Wade se levantou da cama e caminhou até o interruptor, que ficava em cima da cômoda que estava ao lado de Peter. Ligando a luz do quarto. Peter pode ver claramente todas as cicatrizes, que cobriam o corpo do outro, queimaduras e alguns cortes. Seus cabelos dourados quase sumiram, ainda estavam a crescer. Mas o castanho não deixou-se abalar, aquele ainda era o Wade... Seu Wade. O Wilson estava usando apenas uma box rosada cheia de corações e unicórnios. Peter quis rir daquilo. Mas não era a situação adequada para isso.

— então... O que acha? Horrível não? — um sorriso desenhava seu rosto. Mas a verdade estava estampada em seus olhos azulados. Peter via tristeza e medo ali, nas profundezas daquele olhar azul... O castanho levantou seu rosto passando a encarar o do Wilson... O castanho nada disse. Ele queria entender o que se passava na cabeça do loiro. Peter mais do que nunca quis envolvê-lo num abraço.

Wade virou-se para cômoda passando a encarar seu próprio reflexo, no espelho, com desgosto. — estou horrível... — sussurrou com a voz embargada, e algumas lágrimas rolarem por sua face. Peter estava atônito não sabia o que fazer. Pois, poucas foram as vezes que viu seu amigo chorar. O castanho sem saber o que fazer. Pegou a mão do outro, e o puxou para perto de si. Fazendo-o se ajoelhar na sua frente. Peter segurou seu rosto. E com os polegares enxugou as lágrimas. — você tinha que ver... como a Neena me olhou. Parecia enojada. ela me deixou, Petey. Eu me sinto tão... — a voz do loiro sairá magoada... E Peter odiou ainda mais a Thurman. e não gostou do nome da garota ser mencionada.

— ela não te merece. Não vamos falar dela... Por favor. — disse seco, Wade pode sentir a irritação na voz do outro.

— mas eu... — tentou falar, mas foi cortado pelo castanho.

— você continua lindo Wade... - as palavras escaparam da boca do castanho. Mas ele não se arrependeu. pelo contrário continuou, enquanto acariciava o rosto do amigo. — eu ainda vejo muita beleza em você Wade. Beleza em seus olhos, em seu sorriso, em seu corpo. as cicatrizes são apenas detalhes... É como um quadro. elas são a sua moldura. Te deixando ainda mais belo... — Wade o encarava com um certo rubor em seu rosto. Um certo brilho ressurgiu em seus olhos, E depois de dias. um sorriso se formou em seu rosto. Peter sentiu seu peito aquecer por finalmente ver o loiro sorrir mais uma vez. — esse sorriso lhe cai muito bem... — um sorriso do maior se alargou. Wade o encarou por alguns segundos. Era disso que ele realmente precisava, da companhia de um amigo. O loiro jogou-se nos braços do castanho. O apertando em um abraço. Que foi prontamente retribuído.

E assim permaneceram por alguns segundos até a voz do Wilson quebrar o silêncio. — obrigado... — sussurrou rente ao ouvido de Peter. Que sentiu a respiração quente do outro chocar-se contra a sua pele. Eriçando os pelos de sua nuca.

— Wade... Da pra você colocar um calção? Essa sua cueca é... horrível. — comentou, virando seu rosto para o lado, zombando da peça íntima do outro. Mas na verdade ele queira que ele se vestisse por outro motivo. O castanho sorriu com a cara de falsa indignação do outro. Que olhou para sua peça íntima e não viu nada demais.

— ela é linda OK!? E bastante realça meu bumbum... — disse se virando. Ficando de costas para Peter. Que teve uma bela visão da retaguarda do loiro. Peter engoliu em seco, deitou-se na cama passando a fitar o teto como se fosse a coisa mais interessante do mundo. Logo sentiu uma pressão no colchão... Bem ao seu lado. Wade também deitou-se na cama próximo ao castanho. Passou a fitar o teto também, e suspirou pesado. As lembranças da fatídica noite do acidente virem, como um raio, em sua mente.

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