Minha casa é um hospício, literalmente, não que eu seja doida, mas minha mãe e eu construímos na nossa villa em Minínia um hospício para viajantes que se perdem e enlouquecem no oceano; junto com a gente tem o Phoenix, ele trabalha aqui durante a manhã, é meu melhor amigo, e acho que é só por isso que ele aguenta aqueles loucos; mas a gente se acostuma, principalmente depois que descobrimos o que quer que seja que nós somos, aí a vida antiga não fica tão bizarra, chega a ser tentadoramente normal.
Bem, o tempo não é problema, mas as apresentações serão rápidas (Que nada!):
* Me chamo Dyáspora Gabriela Gouveia Ribeiro Alencar Soares gomes, é, bem grande né? pode-se dizer que sou sagitário do dia 12/12, tenho TDAH e dislexia, meus olhos são verdes e os cabelos ruivos, tenho 1,55 de altura; também tenho uma queda por Phoenix e sou muito bruta.
Tenho uma irmã gêmea que desapareceu alguns dias depois de nascermos, achei um livro na estante da minha mãe que eu aparentemente consigo ler, o que deveria ser impossível já que sou disléxica; mas vamos começar a história:
-Eu juro que não fui eu!
-por qual motivo eu deveria acreditar Sileno Yue?
Sileno é meu amigo, mas como eu já tinha dito, sou muito bruta.
-eu deixei o livro na sala durante o intervalo, só ficaram você e a Rachel na sala e normalmente quem pega as coisas dos outros é você -eu tava me segurando para não bater nele me dá meu livro!
-pra quê se você não pode ler?
-É DA MINHA MÃE SILENO!
- e daí, quem pegou foi o Phoenix mesmo.
-o Phoenix?
Apesar de falar calmamente, eu estava antonita, porque Phoenix é aquele tipo de garoto certinho que não quer mal para ninguém, e além disso eu sou afim dele, e eu nem tinha mostrado o livro para ele.
soltei Sileno e perguntei onde Phoenix estava:
-eu acho que ele foi pra casa, se ele não estiver lá, então pare de procurar e desista porque não vai mais recuperar o livro.
agradeci e saí correndo, cheguei na casa de Phoenix quando ele já estava saindo; pulei em cima dele com a mão fechada e pronta para bater nele:
-me dá meu livro Phoenix.
-sai de cima Dy, o que cê tá falando?
-o Sileno me falou, então me dá meu livro
Ele me olhou assustado e abriu a boca para argumentar, mas fechou logo em seguida, ele sabe que é perca de tempo discutir comigo.
Phoenix saiu de baixo de mim, abriu a mochila que levava e me entregou o livro:
-o que ia fazer com ele Enix?
-eu...eu não posso dizer.
Enix falou e saiu correndo, sem esperar que eu lhe respondesse.
-Phoenix!- eu o chamei e ele veio até mim
-sim?
-eu te odeio, está demitido.
ele parecia ter levado um soco no estomago, mas eu não liguei, me virei e fui para casa chorando. Cheguei lá com os olhos vermelhos por causa do choro e da raiva, assustando os pacientes e subi para o meu quarto.
guardei o livro na minha estante e me deitei na cama ainda triste pela traição recente de Phoenix, como sempre, tive sonhos perturbadores:
Eu estava de frente para um espelho?! não, não para um espelho, mas para minha gêmea, ela tinha cabelos mais curtos, se vestia como índia e me olhava impaciente, como se eu estivesse atrasada:
-então? o que vai fazer com isso?-ela estava apontando para o livro
"eu não sei"- tentei falar mas minha voz não saía.
-foi por isso que não deixou traze-lo para mim? porque não sabe o poder que esse livro tem, ou até mesmo o que você tem? que patético.
nessa hora eu quis chorar, como ela podia ser tão dura, somos gêmeas afinal, ela falava como se eu fosse um objeto do qual ela estava tentando descobrir a utilidade; "mas isso é tão..."
-você quer o livro?-consegui dizer -eu levo pra você, me diga onde está.
ela olhou para mim e seus olhos brilharam de orgulho:
-até que nós somos parecidas, então eu digo a minha localização e você me traz o livro certo?!
então ela desapareceu e eu estava de pé na ilha de s'angelo, uma ilha proibida, que quem ia lá ou não voltavam ou enlouqueciam (alguns de nossos pacientes):
-é aí que você está? numa das ilhas proibidas? certo então, te vejo amanhã.
Espero que gostem amores da minha vida!!!
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Dytupí
General FictionCom o passar dos anos, o colapso das placas tectônicas entre as Américas e a África formaram um arquipélago que, ao ser descoberto, foi denominado "MISSANGES". nesse arquipélago, em sua capital mininia, viviam Dyáspora e sua mãe, Dyáspora sabia que...