Desonra

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Jhonatan

Poucas coisas ainda me dão prazer em estar nas rodas da sociedade, uma delas é a facilidade em encontrar mulheres dispostas a serem boas amantes, outra de descobrir que eu ainda posso depenar cinco imbecis ao mesmo tempo em uma mesa de cartas.

Recentemente descobri mais uma delas;

Atormentar a inocente senhorita Alice Greene.

Quando Max me enviou uma missiva pedindo para que eu comparecesse a mansão maximilian para a realização de suas bodas de fato achei que era o fim do mundo, pois não era segredo pelo menos não para mim e para nossos amigos próximos que Max tinha preferências diferentes do resto de nós, e como essas preferências de forma alguma eram bem vistas na sociedade eu sabia que meu amigo havia encontrado uma dama para desposar.

Quando o pai de Max finalmente morreu deixando para o filho uma extensa fortuna e uma série de traumas e lembranças dolorosas achei que finalmente ele se libertária e viveria de verdade sua vida, mais as marcas da intolerância do pai que nunca aceitou a opção do filho eram profundas demais, para nós os amigos ele ainda era Max, bondoso amigo companheiro dos tempos de escola e meio melancólico, para os demais o arrogante e assustador Sr Maximilian exatamente como o pai.

Cheguei a mansão por volta das seis da tarde depois de semanas em um navio e me deparei com um jantar pomposo e uma série de pessoas desagradáveis e de imediato soube que aquilo tudo não podia ter sido maquinado por nenhuma outra mente ardilosa e maligna se não a de uma mulher.

Nenhuma dama se casaria com Max que era incapaz de olhar para uma mulher com um pingo de interesse, se não fosse unicamente na pretensão se tornar a terceira mulher mais rica do condado. E eu como seu melhor amigo vim até aquele maldito país para por juízo na cabeça do imbecil e possivelmente ter uma palavra com sua futura noiva interesseira.

Não foi surpresa encontrar finalmente a noiva, tratava-se de uma criatura miúda e deliciosamente bela, parecia completamente assustada com toda aquela algazarra e pela maneira assustada que olhava a Max ficou claro que a ideia do casamento não lhe agradava em absoluto, mas não foi os modos inocentes da moça que me levaram a crer que ela não era uma espécie de caça dotes, mas sim a sua inescrupulosa mãe, que nem ao menos disfarçava suas intenções diante dos convidados.

Conhecia bem o tipo, Londres e Gales estava cheio delas, e sabia que era impossível tentar um diálogo decente com a megera, e logo que fiquei a sós com Max Ficou claro que este também não mudaria de ideia, teria sido uma noite extremamente aborrecida se não fosse por uma senhora ao qual não me recordo o nome ter se oferecido para me prestar seus favores, de fato essa tinha um corpo capaz de me fazer esquecer os meus problemas, mas a maior surpresa, e devo acrescentar muito prazerosa foi descobrir que a inocente noiva de Max, que pelo visto se chamava Alice foi curiosa o bastante para espionar me enquanto eu me perdia dentro da outra mulher.

Eu teria estrangulado qualquer outra que ousasse a ser tão inconveniente, mais a verdade e que quando a vi naquele quarto toda acalorada e ruborizada com seu corpo esguio  seus seios a ponto de pularem do seu decote, e seus cabelos escuros meio soltos, achei que via um anjo, seus olhos mesmo no escuro me aprizionaram, e naquele momento não era com a senhora cujo nome não lembro que eu fazia amor, era com ela.

Quando ela fugiu do quarto, logo após meu clímax, me senti frio e solitário foi algo surpreendente, fui até o escritório de Max tomar bebida para clarear as ideias.

Fora um dia longo, meu melhor amigo estava a um passo de arruinar a própria vida e também a de uma jovem dama. Precisava agir, fui até ali para impedir aquele casamento e é o que faria a questão é... como faria.

Conto O Misterio de Jhonatan GarretOnde histórias criam vida. Descubra agora