A Festa part.1

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A manhã já estava muito agitada na Vila, algumas pessoas jogando flores por todos os cantos, os músicos arrumando os instrumentos, estavam dando os últimos ajustes na parte da festa, uma folia só. Todos já estavam no centro da Vila, menos dona Edda.

- Onde está a vovó?- Pergunto ao meu pai.

- Está em na casa dela, ela pediu pra que eu te falasse que ela queria muito falar com você, perguntei do que se tratava, ela disse que era pessoal então nem insisti.- Disse meu pai.

Lembro-me que dona Edda tinha pedido que eu fosse a sua casa, acabei esquecendo com tudo o que estava acontecendo. Então fui até a casa de dona Edda para ver o que ela tinha pra tratar de tão importante comigo, bato na por uma, duas, trés vezes e nada de dona Edda, até que ela sai.

- Até que enfim você apareceu minha filha.- Disse dona Edda.

- Desculpe a demora Vó, estava muito cansada ontem e não consegui passar aqui, meu pai disse que a senhora queria falar comigo.

- Entre, quero te mostrar uma coisa.

Entro e dona Edda me leva até seu atelie, desde pequena sempre quis entrar ali e ela nunca tinha deixado, dona Edda morre de ciume de seu atelie, não deixa nem suas aprendizes entrarem ali.

- Caterine, a alguns meses estive preparando uma surpresa para você, alias duas surpresas, tenho suas medidas aqui no meu atelie desde o dia que você me pediu para eu te fazer uma calça de montaria, fiz isso pois quero que você se lembre de mim através destas roupas.- disse dona Edda.

- Que isso vó, a senhora ainda há de viver décadas e décadas conosco.

- Enfim, espero que goste.-Disse dona Edda.

Na minha frente vejo dois manequins cobertos por um pano branco, até que dona Edda puxa os dois panos, estavam ali em minha frente as roupas mais lindas que ja tinha visto em toda minha vida, no primeiro manequim havia uma roupa de arqueira, uma blusa de couro branca justa de gola e manga longa, com uma calça preta de cintura alta, com um par de botas pretas lindas de cadarço e com uma bela e clássica capa preta que ia até a cintura que toda arqueira tinha. No segundo manequim tinha um vestido de camurça vermelha, longo, ombro a ombro com detalhes de pedras, absolutamente perfeito.

- Dona Edda, isso... É para mim?-Pergunto com lágrimas no rosto.

- Claro minha filha.

A abraço forte e não sei porque começo a chorar, naquele momento vi que eu sempre tive uma mãe, e que eu nunca estive sozinha por todos esses anos.

- Eu não sei o que falar Vó...

- Não precisa dizer nada minha filha, só de ver esse brilho nos teus olhos ja valeu cada bordado, cada custura, já valeu tudo.

Dona Edda e eu vamos até a cozinha para tomarmos um chá, sinto que dona Edda não tinha me contado tudo ainda.

- Cate... você sabe que sou muito amiga das fadas, pois então... A fada Azul (Líder das fadas do Leste) me disse umas coisas que ela queria que eu te falasse, que era pra você seguir teu coração, mas nunca perdesse sua bondade de sempre, mesmo quando tudo estiver apontando o contrário, não faça.

- A fadinha do campo das Margaridas disse quase as mesmas coisas para mim, mas o que isso quer dizer?

- Só com o tempo você irá descobrir, mas siga os conselhos de uma fada boa, pois elas conhecem teu coração, mas mudando de assunto, quer dizer que você vai no baile com o príncipe.

- Não é um baile, é quase um baile, mas não é um baile... E quem te contou que eu vou ao baile com ele?

- As paredes tem ouvidos, literalmente.

A Ultima Guerreira.Onde histórias criam vida. Descubra agora