~~Quatro meses depois
Eu já estava no sétimo mês de gravidez e fazia um tempo que estava sentindo fortes dores e tendo muita náusea.
Acordei de manhã com muitas dores, levantei do chão e fui para a farmácia onde Alice trabalha pedir ajuda. Como ela estava atendendo um cliente, tive que esperar um tempo para falar com ela.
Suzan: Alice me ajuda!
Alice: O que aconteceu? - Falou preocupada.
Suzan: A minha barriga... Ta doendo muito...
Alice: Meu Deus! Vamos para o hospital agora! - Nós estávamos indo pegar o carro quando ouvi alguém gritar meu nome.
Fiquei curiosa e comecei a olhar para os lados. Avistei Mark correndo para nossa direção perguntando o que havia acontecido. Alice disse que estávamos indo para o hospital. Mark entrou no carro com a gente, Alice foi o mais rápido possível para o hospital.
No caminho Mark e Alice começaram a conversar.
Mark: O que está acontecendo? - Perguntou preocupado.
Alice: Suzan chegou na farmácia dizendo que estava com fortes dores. – Explicou.
Mark: Mas isso é ruim? -Falou ainda preocupado.
Alice: Eu não tenho certeza. - Disse concentrada no trânsito.
Enquanto eles conversavam, eu ficava gemendo de dor. Depois de alguns minutos finalmente chegamos no hospital.
Pareceu que aquela viagem durou uma eternidade.
Enquanto Alice falava com a recepcionista, senti alguma coisa molhar minha calça, fui em direção da Alice para saber o que era.
Suzan: Alice o que é isso? - Falei apontando para a minha calça.
Alice: Oh meu Deus! Suzan a sua bolsa estourou!
Mark: Como assim? – Falou nervoso.
Alice: A Suzan entrou em trabalho de parto!
Quando ela disse isso eu comecei a surtar, e logo chegou um homem para me levar no quarto, e Alice disse que eu estava em trabalho de parto.
Enquanto estávamos esperando o médico chegar, Mark ficou segurando a minha mão
Mark: Vai dar tudo certo.
Aquilo que ele disse me deixou bem mais calma, mas a cada momento a dor ficava mais forte, e finalmente o médico chegou para me examinar
Médico: Ela terá que fazer parto normal.
Suzan: Mas por que?
Médico: Não temos anestesista de plantão.
Então tive que aceitar, não estava aguentando aquelas dores, a cada minuto ficavam mais fortes.
Antes do parto, deram uma anestesia para amenizar as dores, depois de um tempo disseram que eu já estava com dilatação de 10 cm, ou seja, o parto iria começar.
Haviam quatro pessoas para realizar o parto. E o que me deixou feliz foi que Alice e Mark ficaram no quarto.
Quando o parto começou, era uma dor inexplicável. Não absurda.
Mark e Alice seguravam as minhas mãos, e ficavam dizendo que ia dar tudo certo.
Fiz força umas 5 vezes apenas.
Enfermeiras/Alice: 1 2 3 EMPURRA! – Todos falavam para respirar e empurrar.
Depois de um tempo, ouvi choro de bebês, ou melhor, dos meus filhos, e foi nesse momento que a minha visão começou a escurecer, fiquei meio tonta, até que apaguei...
Quando acordei, o médico veio fazer exames, e depois que terminou disse que ia chamar meus amigos. Mark e Alice entraram nervosos, inclusive Mark veio me abraçar, e começou a chorar.
Mark: Eu fiquei preocupado com você.
Suzan: Pare de chorar, está tudo bem agora. - Falei sorrindo.
Mark: Então Suzan, quais vão ser os nomes. - Falou animado.
Suzan: Eu pensei em Katherine e Rafael.
Alice: São nomes muito bonitos. - Disse animada, e Mark assentiu.
Depois o médico entrou no quarto.
Médico: Infelizmente, os bebês nasceram sem completa formação dos órgãos. Por isso eles terão que ficar aqui no hospital até estarem preparados.
No mesmo momento, uma lagrima de nervoso desceu sobre minha bochecha.
Sabia que seria um processo delicado, além de ter 12 anos eles eram gêmeos e bem grandes por sinal.
Kath nasceu loirinha e com os olhos bem claros um azul quase cinza.
Já Rafa nasceu moreno, seus olhos também eram claros porem mais esverdeados que de Kath.
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Bianca.
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