O que fazer?

48 2 0
                                    

*Mariany
Aquela noite havia apenas começando e o clima estava mudando muito rápido para os meus gostos, que não são de longe peculiares.
Já não havia mais aquelas pessoas no meio do salão ou sala daquele hotel, então deixamos com o garçom mais próximo a quantia devida e saímos em direção a um jardim morto vivo, que de longe via o desleixo para com aquele lugar que parecia tão agradável a alguns anos anteriores.

Em meio aquele breu todo que estendia a noite apenas a luz da lua era o que tinha de mais perfeito percorrendo quilômetros a fora.
O silêncio pairava sobre nós dois, por mais que os assuntos surgissem era inútil não havia intimidade suficiente para que pudéssemos fazer qualquer tipo de especulação uns aos outros.

*Rico
Era constrangedor não ter assunto pra falar, era insuportável a tentativa de querer saber qualquer informação, mais ali mesmo continuamos parados e perplexos como dois estranhos no meio de um nada.

Um barulho sobreveio atrás de mim, passos firmes e lentos e cada vez se aproximava mais, fiz sinal de silêncio para que ela não fizesse se quer aMary
movimento, mais foi em vão e do meio daquelas folhagens apareceu um senhora com um olhar firme e cruel ao mesmo tempo.

Judit:
- Tão tarde, e vocês fora de casa!

Rico:
- Boa Noite Senhora.
Somos novos por aqui, me desculpe!
Estamos atrapalhando?

Judit:
- Percebi.
Não, só que por aqui nesse horário não deveria transitar pessoas.

Rico:
- Deveria ter pelo menos um aviso, já que o acesso é restrito.
Mais já estamos de saída, me desculpe mesmo.

Mary:
- Afinal, muito bom gosto a senhorita tem, mais não deveria está só tão tarde da noite por aqui!
Uma Boa Noite.

Saímos o mais rápido daquele jardim e voltamos a área em que estávamos na hora do jantar, eu não estava me sentindo confortável ali.

Rico:
- Tudo bem, está tão pálida quer um copo de água?

Mary:
- Foi só um susto.
Será que já havia muito tempo que ela estava nos observando?

Rico:
- Eu sei lá.
Acho que deveríamos voltar lá pra cima, nem sei que horas são, mais não tá um clima bom aqui.

Mary:
- Vamos Vamos.

* Rico
As luzes do hotel já estavam quase todas apagadas, tinha um garçom cochilando num canto e a recepcionista quase não se aguentava de tédio.
Novamente dividiriamos a mesma cama e pelo visto alguém havia entrado pra arrumar e deixar tudo limpo, tinha ficado agradável.

Me joguei na cama e observava Mary sentada na beira da cama olhando da única janela meio perdida na imensidão dos seus pensamentos.

Olhei as horas e eram exatamente 21:00 muito cedo pra quem costuma passar horas e horas em eventos espalhados em todo o mundo, não tinha uma ligação nem torpedos e um mísero sinal de internet.
Antes que alguém me pergunta, é verdade eu não sei viver sem tecnologia por mais fraca que ela seja é como se sentir inútil ou incapaz de me mover.

Rico:
- Eii!
Seu celular tem sinal?

Mary:
- Oi
Sabe que eu nem sei onde ele está, só um momento.
- Não temos sinal de nada.

 Rico Onde histórias criam vida. Descubra agora