Que ironia, quem diria que a maior assassina dos Estados Unidos teria um nome com o significado de vida.Sim, eu poderia ser só mais uma loira gostosa dos olhos azuis que fica andando de biquíni pela praia de mãos dadas com o namorado. Pena que eu sou morena, olhos negros, não tenho namorado e não passo de uma puta de uma assassina.
"Ela tem força
Ela (não) tem sensibilidade
Ela é guerreira
Ela é uma deusa
Ela é mulher de verdade"Eu sou considerada uma das intocáveis da cidade, ou do país, mas não por ser capaz de matar qualquer um que me tocar, mas o simples motivo de eu ser intocável, é porque sou eu quem toco.
Todos me perguntam se eu sou só mais uma garotinha, que foi iludida aos 16 anos, e que no fundo só tenho um coração partido que precisa ser consertado, saiba que se me perguntar isso, vai ser enterrado junto com os outros 29 que me perguntaram o mesmo. Acha que eu sou só mais uma? Por que eu seria fraca ao ponto de "ficar fria" por conta de um cara?
"Ela não é
Do tipo de mulher Que se entrega na primeira
Mas melhora na segunda
E o paraíso é na terceira"Sim, eu ainda tenho coração, mas pra mim, não passa de um órgão feito para bombear sangue.
Vou explicar o que aconteceu comigo, afinal como o ditado diz: "Quem hoje se isola, ontem já sorriu até quando não devia"
Havia um cara, eu nunca soube o seu nome, mas ele era o melhor amigo da minha família, porém, não sabia da minha existência. Acho que todos tecnicamente já desconfiavam do que ele era capaz, e por isso ele nunca soube de mim. Ele não passava de um fraco que era o líder de uma gangue, uma gangue que era considerada por todas a maior da cidade, por todos menos por mim. Aos meus doze anos, estávamos em uma "reunião" de família, a campainha tocou e meu pai me escondeu pois já sabia que era ele, eu só tinha o visto uma vez e a cara dele ainda não havia mudado.
Ele carregava uma arma, nada discreta, confesso que estava com medo, mas eu vi, todos da minha família e amigos dos mesmos, ajoelhados, eu o vi mirar a arma na cabeça de cada um, sem dó e matar a todos. Havia outro com ele, lembro-me perfeitamente de ouvi-lo dizer:
- Admito sua coragem, e sua cara de pau, de matar sua "família" ou seus únicos amigos, por causa de uma garota, por causa de uma garota que te despreza e que hoje mesmo está casando com outro, você, não passa de um filho da puta. - Eu o ouvi dizer vendo o ""amigo"" de minha, agora falecida, família derramar pequenas lágrimas
Daquele momento em diante eu passei a odiar o Amor, e mesmo que você acha isso louco, eu Adorei ver a morte, eu passei a gostar de ter o sangue em minhas Mãos, daquele dia em diante, eu Passei a venerar a morte.
Eu pedi ajuda aos meus vizinhos que por sorte não estavam na "festa" aquele dia. Eu os contei o que havia acontecido e eles me acolheram como minha família, pena que eles eram traficantes, e o cara que eu considerava pai, me estuprou quando eu tinha 16 Anos, pois é, eu sou só mais uma garotinha de coração partido, certo?
Meus "pais" morreram em um tiroteio, então eu e Lucas, meu "irmão", tivemos que nos virar, então acabamos virando assassinos aos 17 anos e agora, aos 24 eu sou a maior assassina e ele meu assistente.
Cá estou eu, exatos 12 anos depois da morte de meus pais verdadeiros e 7 anos depois dos adotivos, hoje iríamos a mais um assassinato. Eu e Lucas haviamos pego nossas armas, e na nossa discretancia de sempre, entramos em minha Ferrari preta.
(...)
Mesmo de dentro do carro, os tiros acertaram os seguranças da entrada, por o cara ser tão rico, achei que os seguranças seriam melhores, me enganei novamente. Subimos lentamente as escadas, matando novamente os seguranças pelo caminho. Chegamos à um escritório, um tanto quanto bonito na minha opinião, a cadeira de sua mesa estava voltada para o lado contrário, dando um certo clima clichê ao ambiente, como se ele já nos esperasse. Achei que o velho viraria a qualquer instante e falaria algo do tipo: "Vocês demoraram" ou "Finalmente"
Mas nada, nem um rangido ou movimento, coloquei o silenciador em minha arma e me aproximei lentamente, mas me surpreendi a virar a cadeira e não encontrar ninguém, atrás de mim eu ouvi uma arma ser carregada. Virei encontrando Lucas apontando a mesma para mim e o olhei confusa
- Mas.. O que você tá fazendo? -
- Eu tentei, mas você nunca notou, eu sou o mais velho e eu vou ser o chefe, eu não vou receber ordens de uma garota -
- Depois de 12 anos, você vem me falar que não quer receber minhas ordens? Você escolheu assim, você sempre foi mimado, e não aguentou quando eu assumi o império dos nossos pais -
- Meus pais! Eles eram Meus pais! - Ele gritou sem paciência
- Lucas, larga essa arma -
- Sua vadia, eu vou te matar! -
E então seu primeiro tiro foi disparado, esse assassinato havia sido armado, e eu é quem ia ser morta. Se eu fosse idiota, o que eu estou longe de ser. Me abaixei desviando do tiro, me levantando em seguida, ele não pararia de atirar e eu, também não, disparei na primeira vez acertando sua perna, fazendo com que o mesmo caísse, chutei a arma de sua mão deixando longe para que ela não alcançasse.
Subi em cima do mesmo, apontando a arma em sua cabeça.
- Não me mate, eu confesso. Eu não sinto inveja, eu sinto atração por você, desde que eu tinha 13 anos, eu sempre gostei de você mas você nunca olhou na minha cara praticamente, só pensava em matar. Eu sempre tive desejo por você e olhava você tomar banho quando tinha 17 anos, não posso dizer se era amor, Mas era desejo sem dúvida alguma -
"Ela é daquelas
Que tu gosta na primeira
Se apaixona na segunda
E perde a linha na terceira"- Sente desejo por mim? - Disse ainda sem tirar a arma de sua cabeça e o mesmo assentiu - Acha que me aguentaria - disse dando uma leve rebolada em seu membro, vendo o mesmo se contorcer
- Por favor, não me mate, eu sei que de baixo dessa pose toda, eu consigo derreter essa armadura, talvez eu possa te fazer feliz - Ele disse e eu apenas dei uma leve risada
- Eu já sou feliz. -
- Zoe, por favor, Eu Te Amo -
- Eu nunca acreditei em "Eu Te Amo" e não é por você que eu vou acreditar -
O som de sua cabeça bater no chão após o tiro ser disparado me fez suspirar, sai de cima do mesmo ainda um pouco tensa por me lembrar de suas palavras, mas ri ao ver que a situação que eu me encontrava, talvez isso já estivesse destinado a acontecer.
E se eu não morri com três tiros na perna e um no braço, então, não é por você e nem de Amor que eu vou morrer.
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The Müller
Fanfiction"Ela tem força Ela (não) tem sensibilidade Ela é guerreira Ela é uma deusa Ela é mulher de verdade"