Florianópolis/ Santa Catarina
17 de abril de 2006...As nuvens pálidas cobriam toda a cidade, chuva grossa deixava as ruas completamente molhadas.
Oúnico som que se escutava naquela madrugada de segunda-feira era o das gotas que se chocavam contra o chão.
Uma perfeita combinação
Com as lágrimas da jovem pessoa que como as rua, estava encharcada!Seus soluços assim como o silêncio eram abatidos pelo som da chuva, seus passos rápidos e desastrosos, o sangue em sua perna e testa deixava bem claro sua situação.
A garota andava pela rua deserta em busca de uma salvação a cada passo olhava em desespero para trás, tão jovem, tão bela, tão frágil e ao mesmo tempo tão fútil. A futilidade poderia ser a principal culpada pela situação que a mesma se encontrava, ela tinha se colocado naquele beco sem saída pelo simples desejo de ser consumida. Seu desejo carnal pecado capital quer queira ou não.
Pobre garota, quem diria que sua rotina de noitadas iria levá-la tão longe?Um único passo errado bastou para sua queda, suas mãos rápidas por reflexo apoiaram no chão evitando que se machucasse seriamente, entretanto, logo sentiu o chute em suas costelas fazendo a mesma cair para o lado, seguido pelo golpe no rosto, o sangue de seu nariz a escorrer, trémula, exausta e machucada, já previa o que veria, seu subconsciente gritava por intervenção, não conseguia acreditar que aquele seria o seu fim, pelo menos, não, naquela situação!
-Para ...pela'mor de Deus! -A voz trémula e falha, saiu como sussurro, enquanto o sangue esvaía de sua boca.
A única resposta que veio do agressor foram mais golpes, cada vez mais rápidos e precisos, podia se ouvir os gritos da jovem, o som aterrorizante de quando um dos seus ossos se partiu, ela já não aguentava mais manter os olhos abertos, não aguentava mais nem mesmo respirar, sentia a dor descomunal invadir seu corpo em qualquer movimento, em seu momento de maior fraqueza fechou os olhos, o ato logo trouxe a reação, algo envolveu seu pescoço com brutalidade, o desespero aumentou, forçou a si mesma para abrir os olhos, mas só via o embaçado que tornou-se escuridão. Então se ouviu o seu silêncio, já não havia dor, nem desespero....
-Fala sério Dennis, não falaram pra você que é idiotice vim tão chapado? -A tentativa de Jonathan em descontrair era falha já que o mesmo ria sem graça.
-Tu é doente garoto, fala como se estivesse lá! -Marcelo falou revirando os olhos.
-Você devia ir escrever esses livros de terror infames! -Roberta falou olhando para o mesmo. -Criatividade não te falta! -Completou e Dennis apenas riu.
-São apenas suposições, quem garante que tenha acontecido? Meu pai falou exatamente isso para minha mãe no café da manhã! -Dennis falou voltando seu olhar para seus os poucos amigos a mesa do refeitório da faculdade.
-Do quê estão falando? -perguntou Yasmin sentando ao lado de Jonathan.
-Sobre a morte de Fernanda. -Roberta falou bebendo um pouco do seu suco de acerola.
-Triste isso, não? A garota morreu e nem assim nos liberaram! -Yasmin, egoísta como sempre, parecia mesmo não dá importância para o assunto que se repetia em todos os telejornais.
Fernanda Menezes, "filha de Elite", estudante de Letras para espanhol , vinte e dois anos, jovem e bela, sua morte era algo inexplicável, mesmo sua vida sendo conhecida pela polícia, uma garota que gostava de viver no limite, mas nada justificava tal atrocidade ocorrida contra a mesma. Encontrada em um beco do centro de sua cidade completamente desfigurada, mais de cinco ossos partidos, mesmo com toda a chuva o sangue não tinha sido lavado, a marca em seu pescoço da fina corda do cadarço de seu próprio vans era a única arma usada além dos diversos golpes que pelo estrago tinha sido provocado por chutes violentos, quase que de certeza seriam golpes de um homem.
Os peritos como o pai de Dennis apresentavam suas teses, os legistas não sabiam se havia sido o estrangulamento ou a perfuração no pulmão que teria à matado, porém a falta de ar em seus pulmões ainda era a fatalidade.-Liberaram as pessoas da turma dela! -Respondeu lentamente Roberta, era incrível como a mesma não conseguia esconder o quanto aquilo a afectava, não era comum alguém "próxima" e tão jovem morrer assim subitamente.
-Mesmo assim estão todos aqui, enchendo a escola com esse cheiro de vela, que me deixa mais tonto que maconha! -Falou Marcelo se levantando e levando a bandeja para o balcão.
-Santo bom humor!
Os jovens amigos do curso de Direito conversavam no refeitório quase vazio mesmo estando em horário de refeição, a notícia da morte da filha de um dos médicos mais conhecido da cidade tinha dado um ar mais mórbido para o local, não era difícil achar alguém chorando, mas também não era tão fácil achar alguém, as pessoas literalmente haviam optado por ficarem em casa assistindo as notícias, o caso já tinha conseguido o sensacionalismo dos jornais nacionais e as pessoas corriam atrás de mais informações como se aquilo trouxesse uma resposta.
Então nutellas com torradas e suco de maracujá, o que acharam?
... espero que tenham gostado, porque eu estou radiante com esse "projeto" e tá me dando um trabalho imenso ...e por isso já aviso que posso demorar a postar capítulos, eu realmente só preciso do apoio de vocês para levar isso a diante!
Vocês me deram asas quando eu estava fraca ....e eu só tenho a agradecer!Eu espero ter vocês na minha aventura meio louca no suspense!
Se gostou por favor deixa a estrelinha!
Se não gostou por favor critica!
Comentários super bem-vindos....eles me dão sorrisos!E eu gostaria de agradecer novamente a FairySpring por essa capa que eu amodorei!!!
Bjusss da Sasah❤❤❤
Amo-vos!❤❤❤❤❤
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Paranoide
Mystery / ThrillerOs mistérios da mente. Sempre foi, e sempre será um tema fascinante, seja por pura curiosidade ou, por outro lado, pela permanente dúvida do que o homem é realmente capaz de fazer, até onde vai a sanidade? Todos nós temos imperfeições, não é mes...