The "cool" kids

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LEXANDRA
They all got the same heartbeat but hers is falling behind nothing in this world could ever bring them down yeah, they're invincible and she's just in the background.

- Lexxie...
- Lexxie?
- LEXANDRA!!
- Meu Deus o que foi? - Pergunto aos olhos verdes que me fitam com um semblante questionador.
- Podia pelo menos fingir que estava interessada no que eu estava falando...
- Eu estava. - Minto. Eu não precisava admitir o que ela já sabia.
- Pelo o que eu me lembre, estou longe de ter 1,83, cabelos castanhos.... - Minha melhor amiga começa a dizer em um tom um tanto quanto desaprovador.
- Nic...
- Ah!! E muito menos SAIO COMENDO TODAS AS GAROTAS DA..
- Shi!!! Você tá louca? - A repreendo com a mão em sua boca quando algumas pessoas ao nosso redor começam a nos encarar, o que não é normal, já que somos praticamente invisíveis.

New York City.
Cidade dos apaixonados. (Sim, New York, NÃO Paris)
Apaixonados = não necessariamente por outro ser humano.
Ou ser vivo...
O que não é o meu caso, já que sou obcecada por um cara da faculdade desde que nossos pais fizeram um jantar de trabalho na sua casa alguns anos atrás. Lembro cada detalhe da noite típica de Dezembro. Uma noite memorável  tanto para mim quanto para as duas famílias, Bulter e Paysen. Exceto por Weston. - West, para os íntimos, o que por gracinha do destino, eu não sou. -
Já estávamos na sobremesa quando ele resolveu chegar com sua touca preta e empacotado com casacos e blusas de frio.

Como seu pai quem decidirá se fecharia ou não um contrato com a minha família, Sr. Paysen não hesitou em xingar e gritar com o filho à todos os pulmões, mesmo com todos nós a mesa e o constrangimento explícito no rosto de sua mulher.

Eu entrei na mesma faculdade que ele, no ano seguinte, e aqui estou eu, depois de dois anos, ainda apaixonada por ele. Até aquele jantar, já ouvirá algumas vezes seu nome pelos corredores da escola, mesmo que ele já tivesse deixado a mesma há tempo. Já quando passamos a frequentar a mesma universidade era impossível não ouvir. Ele não era capitão de algum time, ou parte de alguma fraternidade; Ele não se importava com o que pensavam dele e muito menos com o que diziam, mas quem sabe porque ele sempre soube que não passavam de elogios, ou no máximo, garotos que cuspiam palavras rudes por pura inveja.

Nicole me brigava todos os dias, por não conseguir tirar os olhos dele, e só para ser um pouco mais clichê, o máximo que eu já havia conseguido, forá um aceno de cabeça.

Depois do nosso constrangimento hoje pela manhã finalmente já havíamos sido liberadas. Nós duas fazíamos jornalismo, o que era bom, já que nunca nos desgrudávamos.
- Olá, meninas. Vão querer o que? - Joanne, a garota da cafeteria do campus nos pergunta; Fazemos nossos pedidos e a ruiva sai para prepara-los. Assim que olho para o lado de minha melhor amiga, meu peito acelera quando percebo Weston e Dannah.

Dannah é loira e tão pálida que seria possível enxergar o seu interior, se ela tivesse alguma coisa dentro de si. Tanto quantos os outros é tão inexpressiva que se torna um enigma para todos que não a rodeiam, e até chego a me perguntar se o grupo de Weston realmente se conhece, ou eles só fingem que sim.

- Vem aqui. - Nicole sussurra me puxando.
- O que? Não. - Entro em desespero quando percebo que ela quer trocar de lugar comigo. Enquanto tento me livrar de seus braços, meu cotovelo bate no café de Weston fazendo com que ele derrame algumas gotas no chão, assim chamando a atenção dos dois que pareciam conversar sobre algo sério. Os pares de olhos castanhos e azuis me encaram enquanto tento recuperar meus sentidos.
- Desculpem. Foi sem querer. - Minha EX-melhor amiga fala por mim quando percebe o estado de choque em que entrei. Imediatamente eles voltam a sua conversa sem dirigir sequer uma palavra a nós duas.
- Eu te odeio. - Cochicho para que só Nicole escute.
-...Não vejo ela desde quinta-feira. - Consigo escutar a voz de Dannah, e se eu a conhecesse diria que ela aparenta um tanto quanto aflita. 
- Mas você falou com ela? Ou com a mãe dela? - A voz de West faz minhas pernas tremerem.
- Não. Liguei algumas vezes, mas caiu direto na caixa postal. Você é louco? Se ligarmos para a mãe dela, ela nunca mais fala com a gente. - De quem esses dois tanto falam?
- Grande diferença...Você ainda tem mais alguma aula?
- West. Calma, ok? Também estou preocupada, mas não é pra tanto. Ela sempre aparece. Você a conhece, mesmo que não admitam. Vocês dois têm essa coisa que nós nunca vamos entender.- Assim que Dannah cita a tal "coisa" tudo faz sentido. Ja tinha certeza sobre quem eles falavam, e como se ela ouvisse os meus pensamentos invejando seu corpo curvilíneo, sua confiança e seu cabelo sempre despenteado, mas incrível, Sayvin entra pelo café chamando atenção dos seus dois...amigos(¿)
- Eu disse. - Dannah confirma minha já certeza. Em cerca de segundos, West está batendo seu café contra o balcão e andando em passos largos e firmes em direção a Sayvin. Meu peito dói ao ver aquilo, e por mais que eu sofra, faria de tudo pra ser uma mosquinha e ouvir o que West cochicha em seu ouvido enquanto a puxa pelas portas de vidro.
- Você vai ficar aí a tarde toda? - Haylen, namorado, ou sei lá o que de Dannah pergunta com seu sotaque francês quando eu me dou conta de que estou prendendo toda a fila. Como já perdi o apetite, vou em direção a nossa mesa de sempre com o meu capuccino nas mãos .
- Lexxie...Não fica triste. Eles nunca vão dar certo. São dois loucos. Mas você também nunca daria certo com ele. Toma o seu capuccino e para de se lamentar por quem não te merece.- Nicole diz tentando me consolar.

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