Locked Doors

26 7 4
                                    

(N/A: tive que repostar porque não tava aparecendo uma parte do capitulo)

John's P.O.V.

Eu e Henry fomos checar os fundos da loja, em busca de suprimentos. Eu encontrei algumas latas de sopa, umas garrafas d'água, mas nada mais. Enquanto Henry vasculhava uma sala (que aparentemente tinha um estoque vitalício de papel higiênico) eu fui andando até o final do corredor, passando a lanterna por dentro das salas vazias de portas escancaradas.
Mas depois de dois ou três salas vazias em sequência, tinha um recuo na parede, de modo que eu não havia notado antes, quase como que um outro corredor, mas mais curto, com uma porta trancada.

- Henry? - eu grito pra ele.

- O que foi caralho?

- Vem cá seu viado.

- Ah, vai se fuder. O que tu quer?

- Vem cá logo porra. E trás algumas coisa pra arrombar uma porta.

- Como assim vei - eu ouço o barulho dele erguendo algo metalico do chão - O que tu achou? - Ele disse vindo pelo corredor.

- Se eu soubesse não tinha que arrombar a porta né. Me dá isso.

- Não, deixa que eu abro.

- Tá então, vai lá maromba. - eu dou um passo pra trás quando ele se aproxima e bate com uma barra de metal na maçaneta, que se quebra junto com quase metade da porta.

Eu chuto o que sobrou e passo na frente. Aponto minha lanterna para baixo e vejo escadas que vão até o porão da loja. Dou um passo pro lado.

- Damas na frente - digo, me curvando um pouco e indicando a escada com as mãos.

Henry dá um soco no meu ombro.

- Idiota. - ele diz.

Eu rio, puxo Henry para o lado e começo a descer a escada.

- Uh, John? - ele diz, parado no terceiro degrau - John. -ele diz de novo, me segurando pelo braço.

Eu olho para ele, seu rosto está sério.

- O que foi?

- Você ouviu isso?

- Isso o que criatura?

- Cala a boca e escuta.

Nós ficamos em silêncio por alguns instantes. Eu abro a boca pra falar que ele deve ter imaginado algo quando ouço um som vindo lá de baixo. Parecia algo áspero raspando, como tecido ou algo assim. Eu também ouvi um leve tilintar metálico.

- Henry - eu sussurrei - me passa a sua lanterna.

- Você já tá com uma na mão, abestado.

- Eu sei, mas a minha tá com a bateria fraca e lá em baixo tá muito escuro pra eu ver alguma coisa só com essa aqui.

Henry revira os olhos e me entrega a lanterna dele.

Continuo descendo, mirando o foco de luz em uma parede ao final da escada, e depois em um corredor curto (o arquiteto que fez esse lugar adorava cantos, corredores e recuos) com um portal virando a esquerda. Eu aponto a luz para o cômodo depois daquilo, e o que vejo é bem mais perturbador do que eu esperava.

Living Hearts & Rotten Flesh (HIATUS)Onde histórias criam vida. Descubra agora