Uma Batalha Épica.

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—Nada de pregar peças, nada de arranjar confusão, nada de brincar com o sabre de luz, e nem pensar em sair desse sistema.

—Uhumm...

—Você está me escutando Obi-Wan?

—Sim, Padmé! Eu entendi as regras! Não se preocupe com nada, eles vão ficar bem, afinal de contas, eu sou um jedi, não sou?

—É exatamente isso que mais me preocupa.

—Eu cuidei e treinei Anakin, não lembra?

—Anakin não houve uma palavra de ninguém quando não quer.

—O garoto já era um perdido quando o conhecemos. – Eles riram.

—Eu tenho de ir agora. – Obi-Wan assentiu. –Luke, Leia, eu já estou indo. – Avisou a mulher. As crianças, que estavam pondo suas coisas no quarto de hóspedes voltaram correndo para despedir-se de sua mãe antes que ela saísse em missão. Ela ajoelhou-se e abraçou os filhos dando um beijo no topo das cabeças loira e castanha de seus filhos. –Eu amo vocês. – Ela disse.

—Nós também te amamos, mamãe. – Eles responderam.

Obi-Wan Kenobi observava aquela cena das três pessoas, mãe e filhos, abraçados com curiosidade. "A força é forte na família de Anakin", ele pensou, e por um segundo considerou que se não fosse um jedi estaria sentindo algo como inveja de seu irmão (de consideração), Anakin, por ter uma família como aquela. "Como será que é ser filhos? Ver todos os dias alguém que é parte você, parte outra pessoa correndo por sua casa? ".

—Juízo. – Disse Padmé levantando-se e dando. –Todos vocês. – Completou lançando um olhar quase inquisitório para o mestre Jedi à sua frente. Ele apenas deu um sorriso de canto e arqueou uma sobrancelha, em um claro "não garanto nada", em mais uma das infindáveis piadas do mestre Kenobi. –Vejo vocês em uma semana. – Ela disse. Antes de ir embora deu mais um beijo em cada filho e saiu.

Luke e Leia Skywalker ficaram parados, olhando a porta por onde a mãe deles saíra. Obi-Wan sentiu-se um pouco incomodado com o silêncio das crianças? "Será que eles estão tristes? ".

—Então. – Ele disse chamando a atenção de seus sobrinhos. –Como estão?

—Com fome. – Respondeu o garotinho loiro. O homem sorriu com a franqueza de Luke, "crianças são realmente as criaturas mais sinceras de todas".

—E você Leia? -Ela assentiu.

—O que vocês comem normalmente no almoço? – Questionou, já passava um pouco das 12:00 quando eles chegaram à Coruscant. Eles deram os ombros. "Tudo bem, talvez isso vá ser um pouco mais difícil do que eu imaginei que seria". –Que tal sanduíches? Vocês gostam de sanduíches? – Eles concordaram com a cabeça.

—Que tal vocês irem tirando suas coisas da mala e quando comermos eu posso ajuda-los a organizar tudo, o que acham?

—Temos um trato. – Disse Leia, lembrando muito uma senadora de verdade. Obi-Wan apertou as mãos de seus pequenos sobrinhos.

Luke e Leia foram em direção ao quarto no qual ficariam durante a semana. Eles abriram as malas e começaram a tirar de lá de dentro suas roupas, a garota, além de suas roupas, levava um brinquedo de pelúcia que lembrava o R2-D2 de seu pai, ela sentiu-se um pouco boba por levar aquilo com ela, afinal, ela não era nenhuma criança, já tinha quatro anos de idade, não deveria carregar essa pelúcia para todos os lugares.

—Luke, você trouxe algum de seus brinquedos? – Perguntou ela.

—Não são brinquedos, são instrumentos jedi.

—Mas você não é jedi, o papai que é.

—Eu vou ser, logo, não sou mais criança. Papai disse que eu posso vir treinar com mestre Yoda depois de nosso aniversário de cinco anos.

—Você vai embora de Naboo?

—O treinamento jedi é feito aqui. – Ele disse sem tirar a concentração de tirar a roupas da mala, se o tivesse feito, veria o quão vermelhos estavam os olhos de sua pequena irmã Leia.

—Você vai me deixar sozinha em Naboo?

—O papai, e a mamãe já conversaram sobre isso.

—Mas, quando você for, quem vai brincar comigo? Quem vai me contar histórias quando eu tiver pesadelo? – Luke sentiu-se mal vendo o como sua irmã estava triste.

—Ao menos, nós podemos brincar agora! – Ofereceu.

—O tio Obi-Wan não vai ficar zangado?

—Claro que não. Agora, renda-se em nome do Senado! – Ele disse puxando de sua mala a réplica de sabre de luz que seu pai havia lhe dado de presente em seu último aniversário. Leia sorriu entrando em mais uma das lutas inventadas por seu irmão.

—Nunca, jedi! – Ela exclamou subindo na cama, consequentemente derrubando algumas das roupas que estavam sobre grande cama que ela teria de dividir com o irmão, pois no quarto de hospedes do apartamento de seu tio só havia essa cama, assim como só haviam dois quartos. Afinal, ele mora sozinho, não gasta muito espaço, o quarto de hospedes ainda assim mostra-se bem útil quando Anakin tem de comparecer ao conselho jedi.

—Então terá de me enfrentar! – Disse o garoto subindo na cama derrubando uma boa parte das roupas no processo.

—Esse será seu último erro, jedi! – Falou Leia apontando seus dedos para o irmão como se fossem armas laser. Eles preparavam-se para mais uma de suas batalhas épicas, que podiam durar minutos ou horas. –Piu! Piu! – Leia falou imitando o som da arma. Luke rapidamente moveu seu sabre de luz como se desviasse os tiros.

—Não pode ganhar de uma jedi com armas! Renda-se!

—Jamais! Piu! Piu! Piu! – Continuou a garota enquanto seu irmão desviava todos os 'tiros' com seu sabre. Leia preparava-se para 'atirar' novamente quando sentiu seus pés serem tirados da superfície macia do colchão até que ela estivesse levitando acima da cama, ela e seu irmão, na verdade.

—O que vocês estão fazendo? – Aa crianças ficaram de cabelos em pé ao ouvir a voz do tio. Luke e Leia rapidamente tentaram virar-se para poderem ver se ele estava com ou raiva (e também para fazer a carinha de anjos que sempre usavam para não tomarem bronca de seus pais), o que foi um pouco difícil por estarem suspensos no ar.

—Err... Estávamos desfazendo as malas tio. – Kenobi olhou ao redor vendo as roupas jogadas no chão.

—As roupas estavam tentando atacar vocês? Parece que estava havendo uma grande batalha aqui.

—Um pouco. – Disse Luke.

—Incrível como são tão parecidos com Anakin.

—Como assim? – Perguntou Leia.

—Seu pai adorava quebrar ordens, principalmente as minhas. – As crianças arregalaram os olhos como se tivessem dito que papai noel não existia.

—Mesmo?! – Ambos perguntaram.

—Mesmo.

—Você tem de nos contar, tio Obi-Wan!

—Eu, tenho de levar vocês até a mesa, está na hora de comer, depois, nós, temos de arrumar essa bagunça.

—Ah. – Fizeram as crianças decepcionadas, enquanto Kenobi usava a força para levita-los até a mesa.

—E talvez, quem sabe, depois uma história ou duas. – Luke, e Leia sorriram. Ah, como eles adoram visitar o tio Obi-Wan.

Star Wars - Chronicles of the Little SkywalkersOnde histórias criam vida. Descubra agora