Prólogo

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Bip.Bip.Bip.Bip.Bip.Bip.Bip.

- Senhor Tomlinson, o senhor consegue me ouvir? - Escuto uma voz dizer.

- Será que devemos chamar o Dr.Derek?-Escuto outra voz.

- Eu acho que sim, afinal somos só internas.- Escuto a primeira voz falar.

Minha cabeça está doendo e minha perna também, meu abdômen parece estar sendo furado por várias agulhas, meu corpo todo parece pesado, tento abrir meus olhos mas não consigo minhas pálpebras pesam, tento falar mas minha voz não sai parece que eu engolir areia.

- Entao, por que me acordaram? Pelo que parece ele ainda está vivo e seu quadro está estável.- Escuto uma voz masculina murmurar.

- Ele está acordado Dr.- Escuto a primeira voz dizer novamente.

- Ótimo! - Escuto passos e sinto alguém pegar na minha mão.-Senhor, você consegue me ouvir?

Tento falar algo ou apenas balançar a cabeça mas não consigo.

- Senhor, se você consegue me escutar por favor aperte minha mão. - Ele fala novamente e nada. - Por favor, tente novamente.

Eu tento apertar a mão dele forço meu braço ao máximo, sinto meu braço todo doer como se estivesse sendo cortado fora e finalmente consigo, o alívio me domina por inteiro.

- Bom, isso é muito bom. Agora tente abrir os olhos. - Ele diz e mesmo com muito dor eu consigo.

E quando meus olhos se abrem sinto minha vista arder, queimando, fico cego momentaneamente mas com poucas piscadas consigo recuperar a visão vejo que estou em um quarto de hospital um quarto normal não na uti o que é muito bom, pois mesmo não sabendo o por que de estar nesse hospital agora eu sei que não é nada muito sério.

Olho ao meu redor e vejo as duas internas que estavam no quarto quando acordei, o médico que estava me atendendo começa a andar até o final da cama onde pega uma prancheta, ele começa a falar mas eu não consigo prestar atenção no que sai de sua boca tudo se transformou em um zumbindo, minha vista embaralha ficando turva e minha cabeça dói imagens que eu não consigo identificar o que são passam pela minha mente de forma rápida como se eu estivesse piscando sem parar, é quando percebo que não sei quem sou, que não sei meu nome e quando percebo que não me lembro de nada que tudo é um grande e imenso mar branco de lembranças onde eu não consigo ver nada. Eu me desespero.

- O senhor está bem?- Um das internas perguntam e percebo que estou chorando e todos me olham até o medico parou de falar.

- Q-quem...quem sou eu?- Pergunto com a voz falha.

Vejo a feição do médico mudar completamente antes ele que parecia um pouco preocupada e nervoso agora ele está completamente neutro.

- Eu farei algumas perguntas e gostaria que o senhor me responde-se com calma, não precisa ficar nervoso, okay?- Ele pergunta é eu confirmo com um aceno de cabeça.

-Qual o seu nome? - Ele pergunta.

- Eu não sei.-Respondo.

- Pense um pouco mais.-Ele tenta novamente.

-Eu acho... é L-louis.-Eu respondo após um tempo em silêncio.

- Só Louis? - Ele pergunta.

- Louis Tomlinson. - Digo.

Minha cabeça dói tanto.

- Prazer Louis eu sou o Dr.Derek, você pode me dizer qual a sua idade? - Ele pergunta olhando a prancheta e logo direcionando para mim.

- Eu não sei... -Respondo após um tempo e ele suspira.

- Louis, você sabe em que cidade estamos? - Ele pergunta novamente.

- Seattle...? - Tento.

- Sim Louis, em Seattle, agora você pode me dizer onde estuda? - Ele pergunta.

- Eu não consigo.-Digo sentindo a minha dor de cabeça piorar.

Fecho os olhos e respiro fundo, me sento na cama, quando me preparo para abrir os olhos ouço a porta abrir e escuto uma respiração ofegante, abro os olhos de uma vez e tento dobrar as minhas pernas para me encolher como reflexo pelo susto, solto um grunido de dor olho pra baixo e vejo minha perna enrolada em um gesso que até agora não tinha percebido, escuto passos pesados e olho pra frente vendo um homem alto e forte com cachos e olhos incrivelmente verdes me olhando, arregalo os olhos quando ele chega do lado da minha cama, vejo seus olhos vermelhos como se ele estivesse chorado por horas seguidas seu rosto está inchado mais ele continua muito bonito seus olhos verdes o seu corpo alto e esguio mais forte vestindo uma calça preta que parece ter sido costura em seu corpo a camisa social preta e o sobretudo também preto, fazem um belo conjunto em seu corpo esguio com seus ombros largos, antes que eu possa perguntar o que está acontecendo ou quem ele é, ele me abraça?

Sinto seus braços fortes puxar meu tronco de encontro ao seu e suas mãos em meus cabelos, ele parece aliviado ele beija a minha cabeça e logo sinto suas mãos afastarem meu corpo de perto do dele e ele mantém uma mão em meu rosto e outra em meu braço, seus olhos passeiam pelo meu rosto como se estivesse procurando por machucados.

- Você está bem... Oh Deus, eu estava com tanto medo de perder você amor.- Ele diz e meu Deus sua voz é incrível, mas então percebo o que ele diz.

Ele estava preocupado comigo.

Ele estava com medo de me perder.

Ele me chamou de amor.

A.M.O.R.

-Q-quem....quem é você?- Pergunto depois de respirar fundo.

E vejo o pequeno sorriso em seus lábios sumir enquanto ele olha para os médicos em busca de respostas. Como se ele não acreditasse no que está acontecendo, bem ele certamente não é o único.

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Eu sou um bolinho de arroz, DE ARROZ...

Infinity L.sOnde histórias criam vida. Descubra agora