Agora acabou

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Acordei bem cedo, já se tinha passado uma semana desde que acabamos. Ao inicio tinha sido difícil aguentar todo o sofrimento que ele me fez passar, mas depois acordei e precebi que nenhum rapaz merece as minhas lágrimas.

Entrei na sala, era mais uma segunda feira. Ele estava no seu lugar habitual, ao pé da parede. Ultimamente tenho me sentado ao pé da janela no fim da sala, e um lugar fresco e que me ajuda a refrescar um pouco a mente. Toda a gente sabia que tínhamos acabado, digamos que naquela escola as notícias correm depressa, já todas as minhas amigas e conhecidas tinham vindo falar comigo e diziam que ele não me merecia. Mas eu não queria ouvir nada daquilo, não que eu não concordasse, mas só porque eu e que lhe tinha dado tantas oportunidades. Para ser sincera só o queria esquecer, mas acho que ele não deixava.

O toque soou e fomos para o lanche. Sentei me com as minhas amigas habituais até que fui chamada por Sara, uma amiga minha muito qierida e divertida. Levantei me e fui ter com ela. Sara estava a falar comigo sobre Alex, ela disse me que estava lá se eu precisasse de alguem para lhe partir a cara toda. Agradeci lhe muito, mas que aquele sofrimento que ele estava a sentir já era suficiente para mim. Abracei a é voltei para o meu grupo.

A caminho dele, Beatriz, uma amiga minha também mais nova chama me. Ela tinha um fraquinho por um rapaz da minha turma e falávamos imenso sobre isso. Tento sempre ajuda la e faco tudo ao meu alcance para os aproximar, mas não sou muito ligada a gente que se mete na vida dos outros e muito menos querem que vá ao pé dele e lhe peca em namoro por ela... Ajudei a é abracei a. Quando já me estava a afastar, Catarina, uma rapariga da turma da Bea chamou me, Catarina também precisava de concelhos para um rapaz que ela não tinha a certeza se gostava ou nao. As vezes não compreendo que com tantas pessoas no mundo toda s gente venha falar comigo sobre rapazes. Óbvio que não ficou por aqui. Despedi me de Catarina e cheguei ao meu grupo, quando lá cheguei o assunto delas era rapazes.

-Mas a vida gira a volta dos rapazes?- estava toda irritada de uma volta e fui me embora. Elas ficaram todas a olhar para mim, sem preceber o que se passara, mas eu já estava suficientemente longe para não ouvir os seus murmúrios.

O toque voltou a dar e bem sequer tinha lanchado. Nesse momento não era muito importante até que não estava com fome, só estava extremamente irritada.

Quando cheguei a sala não adivinham quem se tinha mudado para a minha frente, o próprio, o Alex. Pensei em mudar de lugar mas ao professor de matemática já vinha atrás. Parece que ia ter de aturar Alex uma aula. Parece que toda a gente adivinha e hoje fizemos trabalho a pares. Como na minha sala há um número ímpar de filas uma fila tem de ficar com as pessoas da frente, e sim fiquei com Alex.

-E só um trabalho- disse eu sem olhar para a cara dele. Alex assentiu com a cabeça.

A aula passou muito devagar e os exercícios nunca mais acabavam. Não olhei nenhuma vez para ele, e mantido me bem longe dele.

-Acabamos -disse eu continuando sem olhar para a cara dele.

-Por favor- Alex pegou me na mão, continuava sem olhar- Olha para mim, e da me um sorriso-.nao o podia fazer. Não o queria fazer. Dizem que o meu orgulho e muito grande e ele estraga muitas coisas, mas tenho orgulho em o ter.

-Alex, por favor não insistas.

Alex não voltou a falar comigo, nem a me tirar durante a aula. Pensei que talvez ele tivesse compreendido de vez, mas quando o intervalo chegou enganei me.

-Silêncio por favor- pediu Alex, voltou se para mim e prosseguiu- eu sou um tonto, e também um parvos fiz coisas tontas e também estúpidas. Admito que as minhas atitudes não foram as mais corretas nem as mais sensatas, mas eu amo te Mafi, e não houve mais ninguém que alguma vez se meteu nos meus pensamentos e que me faz sorrir todos os dias, e muito menos que me compreende como tu. Por favor volta para mim, sei que fiz mal, mas quero remediar.-todos olhavam para mim e eu só pensava agora é que não te desculpo mesmo...

A professora de português entrou na sala e acho que nunca fiquei tão feliz por a ver.

As aulas passaram devagar, mas assim que ouvi o toque arrumei as minhas coisas e saí a correr, não queria que ele falasse comigo, já tinha passado vergonha suficiente.

Fui a pé para casa, mais a correr do que outra coisa é assim que lá cheguei subi e tranquei me no quarto. Não queria falar com ninguém. Não queria ver ninguem. Eu só queria ficar ali a ouvir música e a deixar as lágrimas cair. Engraçado como uma música, mas sentimentos. Adormeci sem jantar e com a roupa vestida ainda a ouvir música.

Considero que a música faca muito mais parte de mim, quando ponho os phones e penso relamente na letra música, associo a a cada pedaço da minha vida, e vejo como tudo se junta numa melodia.

Mais Um Dia Como O Anterior Onde histórias criam vida. Descubra agora