Capítulo Unico

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Era por volta de meia noite, à chuva estava intensa e o Zahhak não conseguia dormi. Ele olhava intensamente o teto. Algo estava lhe incomodando e esta não era a chuva.

Talvez o moço de sangue cobalto não devesse ter feito aquilo. Ter deixado o Makara na casa do Vantas, sozinho. Bom, ele sabe se cuidar, não é? Ele estava bem feliz e nem ao menos estava dando atenção. Era preferível assim...

Ele soltou um forte suspiro e ouviu alguns trovões ao fundo até que de repente sua campainha tocou. Por alguns instantes pensou em não atender, mas com a persistência da pessoa em pressionar aquele botão tão freneticamente, ele levantou e foi em direção da porta.

– Já vai. - foi o que pronunciou enquanto se aproximava da porta ouvindo finalmente a campainha parar.

Assim que abriu deu de cara com Gamzee completamente molhado e que não pensou suas vezes antes de pular em cima de Equius.

– Manolo... Por que demorou tanto? - indagou escondendo o rosto no ombro do maior.

– Sinto muito... - este não se conteve e abraçou o capricorniano.

Os dois passaram um bom tempo ali abraços até que o menor começou a choramingar baixinho.

– Não faça isso de novo, ta bom? Nunca mais você vai me deixar sozinho em nenhum lugar. - ele apertou o sagitariano.

– Sinto muito, eu não queria... Mas você estava me parecendo bem até então... - Disse enquanto acariciava os cabelos dele.

– Eu... Não estava! Mano, por favor, nunca mais suma dessa forma. Sua presença é importante pra mim. - assim, ele finalmente olhou o outro que estava com as bochecha com um leve rosado.

Equius se sentia estranhamente bem com as palavras do outro e apenas queria retribui-las porem não havia palavras para isso. Então, resolveu solucioná-la de outra forma, acariciou de forma calma o rosto do outro e o trouxe até si, dando um beijo calmo em seus lábios.

O Makara retribuía e ao poucos ia dando passos, fazendo o moço de cabelos longos e pretos dar pequenos passos para trás até chegarem ao sofá.
Ali se deitaram e continuaram em beijos ardentes até cessaram por falta de ar.

– Diz ... - o moço de olhos tão índigo falou baixo ao pé do ouvido do outro.

– Eu te amo, Gamzee. - disse este até que se ouviu mais um trovão.

E ele abriu os olhos... Olhando envolta perceberá que nada daquilo não passava de um leve delírio em meio ao sono. Ele não havia nem ao menos se erguido da cama.

– Saco... Eu vou buscar o Gamzee... - disse em um suspiro pesado e pegando a chave do carro para buscar o Makara na festa de aniversario de seu melhor amigo.

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