Dog, Surprise, Apologies

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Alycia Pov's

Era a vigésima terceira vez que aquela estúpida me ligava hoje, não sei o que ela queria mas eu não iria atender nem morta, logo agora que tudo estava se concertando essa praga ruim decide me incomodar, o início das férias estavam indo bem demais pra ser verdade. Dessa vez não Eliza!

– Não vai atender?! – sou arrancada dos meus devaneios pela voz da Marny.

– Eu já disse pra ela atender... – Maia disse se sentando do meu lado no sofá.

– Eu não vou atender, mesmo se ela estivesse morrendo e eu fosse a única pessoa que poderia a salvar eu não atenderia. – Mesmo que isso não fosse verdade foi a única coisa exagerada que achei pra dizer, para demonstrar o meu ódio.

– Pegou pesado... – disse Marny.

– Não peguei não, só disse a verdade. – levantei do sofá e fui até a cozinha buscar algo para beber na tentativa de fugir daquelas duas por um minuto.

Não sei quem é mais insistente, Eliza por não parar de me ligar, ou Maia e Marny por insistirem para eu atender a estúpida da Eliza. Sabe o que eu não entendo? Essa forma que elas estão lidando com isso, Maia disse uma vez que tinha vontade de esfregar a cara da Eliza no asfalto, e queria que eu ficasse longe daquela estúpida, e agora está querendo que eu fale com ela!

– Alô? Eliza? – escuto isso vindo da sala, arregalei os olhos e corri até lá desesperadamente.

– Filha da puta!! – gritei e Marny me segurou para que eu não fosse até Maia que estava ao telefone.

– Ah claro, estamos em Sydney, e você? – Maia olhava pra mim e sorria, como ela podia falar normalmente com aquela vadia?

– Me solta agora Marny!! Se você não quiser ficar sem dentes!! – ela segurou os meus braços mais forte ainda.

– Xiiii, fala baixo! – em um movimento rápido Marny tirou uma mão do meu braço passou pela cintura e com a outra tapou a minha boca.

– Alycia está um pouco ocupada agora... – me retorci para tentar me soltar dos braços de Marny.

– Coloca no viva voz. – Marny falou baixo e foi o que Maia fez.

- Então... Quando ela estiver desocupada pede para ela me procura, preciso muito falar com ela. - escutei Eliza dizer do outro lado da linha, ela tinha a voz um pouco trêmula, estava nervosa? Que piada.

– Eu peço, pode deixar, vê se não some tá? até mais... – Maia desligou a ligação e Marny finalmente me soltou.

– Como assim Maia, vê se não some? Você não disse que a próxima vez que você falasse com Eliza não ia jogar boas verdades na cara dela?

– Sim Alycia... Ela meio que já fez isso... – Marny me olhou e eu sabia que tinha algo alí.

– Não estou entendendo, vocês tem alguma coisa pra me contar? – me sentei no sofá e enterrei meu rosto nas mãos.

– Temos... Quer dizer eu tenho, Marny só me ajudou mas a ideia foi minha. – disse Maia se ajoelhando na minha frente.

– Acho melhor falar... – Marny se sentou ao meu lado.

– Eu me encontrei com Eliza, conversamos muito, ela esclareceu algumas coisas, e Alycia... Vocês deviam conversar, ela te quer na vida dela, ou melhor, como ela disse... Ela precisa, e não depende só disso, sério Aly, dê uma chance. – Maia sempre falava de forma doce comigo, mas daquela vez não, ela parecia firme, e olhava no fundo dos meus olhos, por isso acho que tenho que escutar.

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