Desculpe se houver erros.
Toc! Toc!
Bati algumas vezes à porta do quarto de Clary. Eu estava quase batendo com a própria cabeça, de tanto sono que sentia. Poucos segundos depois, ela me recepcionou com um sorriso largo, seus cabelos estavam presos de maneira estranha, no qual fazia fios caírem por todo seu rosto, seu óculo estava preso pela ponta de seu nariz. Seu corpo estava coberto apenas por uma camiseta vermelha e seus pés por meias.
— Nossa, que expressão de zumbi! — Murmurou me dando licença para entrar.
— É. Não dormi muito bem. — Resmungo.
Você transou a noite toda, fazendo com que essa maldita cama batesse na parede, sem parar!
— Por que não tomou um remédio? — Ajeitou os óculos ao se sentar na cama e colocar o notebook sobre suas coxas.
— Deveria mesmo — Sento-me em uma cadeira ao seu lado, colocando meus óculos que estavam escorrendo sobre o nariz, em seu devido lugar.
— Bem, como prometido, acordei às 11:00h, e já fui me adiantando.
— O que descobriu sobre o sujeito que segurava a Hannah?
— O nome dele é Aksinya Ahmar. Ele é russo.
— Aksinya Ahmar?
— Nome interessante, né? — Ela sorri.
— Como assim?
— Você não sabe o que significa? — Me olhou.
— Eu deveria?
— Ok, significa Hospedeiro Imortal — Ela pisca.
— Diz que pesquisou isso, porque se dizer que...
— Eu entendo um pouco de russo.
— É claro que entende — reviro os olhos — E posso saber o porquê entende? Digo, por que quis aprender?
— Era natal, não quis passar as festas com meus avôs, então meus pais me deixam em casa aquele ano. Em um documentário sobre bombas na tevê, estava mostrando várias armas e outras coisas que me pareceram bem interessantes, e um dos maiores vendedores era um russo, então pesquisei sobre ele, havia vários vídeos, mas como na época tinham poucas opções de traduções, resolvi pesquisar livros na biblioteca da minha escola. Aprendi algumas coisas na primeira semana, e depois de uns dois meses estava conseguindo ter uma conversa bem aceitável. — Murmurou dando de ombros.
— Claro que você fez isso — cocei as têmporas — Em que ano foi isso.
— Em 2005.
— Você tinha quinze anos?
— Quatorze.
— Mmm, e você fala mais alguma língua?
— Talvez... — Seus dedos não paravam de digitar, ela parecia constrangida por saber demais.
— Talvez? Quantas?
— Francês — Ela sorriu.
— Engraçadinha, quais mais?
— Francês, óbvio, inglês, russo, espanhol, alemão, e um pouco de japonês.
— Um pouco quanto? — Foi minha vez de sorrir.
— O suficiente para conseguir ter uma conversa decente, caso Hannah esteja no Japão.
Hannah! É verdade, ela é o foco, e não a inteligência de Clary.
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Conectados - DEGUSTAÇÃO.
RomanceRoy é um jovem arquiteto, que há um ano procura desesperadamente por sua noiva Hannah, por mais dinheiro que ele possa ter, ninguém parece ser capaz de encontrá-la, até que uma indicação o leva a Clary, uma jovem de mente brilhante e dons incríveis...