História da minha morte

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Furaram meus olhos
Tiraram minhas vestes
Sangrei parecendo um chafariz
A dor intensa era quase familiar

Sentir a libertação fria
Obscura, senti a morte
Seria eu o único que sentia liberto por ela?
Sorrir, pelo meu sorriso
Sentir os chicotes pararem
Deveria ser agora, era o que pensei
Perguntaram-me se teria medo da morte
Respondi como se não entendesse:
-Liberdade?
-Tem medo de ir ao inferno? Perguntaram-me.
-Teria medo da redução da minha dor?
-Mas, lá você irá sofrer.
-Aqui estou sendo como um boi ao matadouro, lá já estarei abatido.

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