The truth

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4 de dezembro, 2014.

CENTRO PSIQUIATRA DE BRISTOL.

"Harry, poderia me dizer como está se sentindo hoje? Os enfermeiros disseram que você está parando de tomar as medicações." Uma senhora questionou, olhando para o maior com um sorriso amigável, enquanto o mesmo se encontrava olhando para as paredes brancas e tentava ficar confortável em uma camisa de força.

"Eu não quero falar sobre isso. Estou esperando o Louis chegar, ele está preso no trânsito. A neve está cobrindo tudo." Harry falou, enquanto mantia uma expressão séria, a psiquiatra olhou ao redor e encarou o Harry em seguida.

"Está vendo o Louis por aqui, Harry?" A psiquiatra ergueu as sobrancelhas por cima dos seus óculos. "Me conte sobre o dia do acidente."

"Me deixa em paz!" Ele gritou, assustando a mesma. "O Louis está me esperando, e você só está tomando o meu tempo!"

"Harry, por favor, se acalme. Você está tendo um surto, isso é normal. Quando começou à ligar para o Louis?" A senhora fazia várias perguntas, umas seguidas das outras, deixando Harry maluco.

"Desde que ele passou a não me visitar." Deu de ombros, abaixando a cabeça para tentar parar de pensar por apenas alguns segundos.

"Como conseguiu o telefone?"

"Eu roubei."

"Você está ciente de tudo que perguntei aqui?" Essa pergunta soou na cabeça do Harry.

"Estou." O cacheado disse.

"Você vem fazendo ligações para o Louis por quanto tempo?" A senhora perguntou.

"11 meses." Respondeu.

"Harry, você sabia que sofreu um impacto em seu sistema cerebral, que causou mudanças no seu jeito de pensar, agir e falar? E principalmente nas memórias e paranóia excessiva?" A pergunta da senhora fez Harry ficar inquieto.

"Do que você está falando?" Harry disse, irritado. Ele estava esperando o Louis, e a senhora estava tomando o seu tempo.

"Estou falando que você pode pensar e acreditar em coisas que não existe."

"O que você quer dizer?"

"Não é o que eu quero dizer, e sim o que você deve saber, mas não pensa." Harry estava começando a ficar mais confuso e irritado com todas aquelas perguntas.

"Poderia chamar o Louis? Preciso falar com ele." Harry se mexeu desconfortavelmente na cadeira.

"O Louis não está aqui, Harry." A senhora falou, não querendo soar rude, mas Harry ficou impactado com suas palavras.

"Por favor, deixe-me ver o Louis." Harry pareceu querer chorar ali mesmo. Oh, pobre Harry. A senhora pensou.

"Sinto muito, Harry." A senhora se aproximou mais, com sua cadeira que fazia um barulho irritante e agudo ao redor da sala clara e bela. "Mas tenho que continuar com isso."

"O que você quer de mim?!" Harry gritou com os seus olhos cheios de lágrimas, olheiras profundas e vermelhidão por todo o seu olho. Ele parecia tão cansado...

"Quero a verdade, o que realmente aconteceu no dia do acidente?"


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