Calling | l.s

Last call

LONDRES • INGLATERRA

7 de Fevereiro, 2014.

Chamando...

"Hey babe, está chegando? Está fazendo muito frio! Mamãe sempre me disse para trazer casaco... Huh, juro que essa é a última mensagem! Te amo!" Harry falou, enquanto observava as ruas encharcadas de neve, que cobria as calçadas e os carros. Era verídico que nevaria aquele dia, seria uma das maiores nevascas do ano. Mas os Styles sempre são teimosos.

Harry estava se sentindo culpado por não ter pegado o carro para buscar o Louis, mas todos sabemos que os Tomlinson também eram super teimosos, então agora, Louis estaria preso no trânsito, enquanto recebia inúmeras ligações do Harry. O café que o garoto que estava não ficava tão longe da estrada que o Louis estava pegando, então ele não tinha que se preocupar tanto com a demora, mas mesmo assim ele insistia e ligava à cada segundo para o menor e perguntar se ele estava bem e se estava tudo certo.

Frustrado, o cacheado sentou-se em uma pequena mesa ao lado da janela, ele tinha quase uma pequena certeza de que aquela neve toda iria demorar semanas para derreter, mas até que ele gostava da neve e do frio. Era muito comum nevar em Londres quase todo dia.

Bateu repetidamente os pés no chão em sinal de nervosismo, e observava as horas à cada segundo, porque demorava tanto? Então, Harry resolveu ligar para o Louis outra vez. E o mesmo atendeu no primeiro toque. Era bom ouvir a voz do Louis.

Chamando...

"Oi, amor. Eu juro que essa é a última, sei que já falei que aquela era a última, mas está nevando absurdamente e eu estou muito ansioso e não está dando certo eu esperar est-"

"Calma, meu amor." Louis deu uma risadinha, amolecendo o coração do cacheado. "Estou chegando, digo realmente agora, as pistas estão muito cheias de neve e estou tentando ir devagar porque elas estão escorregadias também, e não se preocupe estou com casaco. Te amo!"

"Er... Okay. Juro que tentarei não surtar até lá. Não importa o momento, sempre vou ligar para você." Harry disse, Louis sorriu com as palavras do cacheado, pensava que o garoto em si era perfeito ao seus olhos. "Te amo! Olho na estrada!"

Desligou a chamada.

Um suspiro saiu de seus lábios, tudo estava indo bem. Harry era tudo para Louis, Louis era tudo para Harry. Sem linhas, sem pontos e sem traços. O ponto de tudo, era que os dois se amavam sem se importar com os outros. Eles não sabem sobre nós, somos como várias constelações, sempre alinhadas e que se pensar forma algo, e nessa forma, é cada lição e o amor que eu sinto por você. Era o que Harry sempre dizia para o garoto.

Já havia passado 30 minutos.

Harry estava chateado e triste, Louis poderia ter desistido e não ido mais ao café? O maior olhou ao redor e viu que só tinha o mesmo ali, se levantou e resolveu pegar o celular para ligar para Louis, ele sentia seus olhos arderem à cada segundo. Saiu do estabelecimento, e quando ia colocar o telefone no ouvido, viu uma ambulância passar rapidamente em sua frente.

Então os minutos à seguir foi como flashes, o peito do Harry doeu, uma dor tão insuportável, os segundos que ele correu junto com a ambulância eram apenas flashes, quando ele chegou junto com a ambulância era apenas flashes, quando viu uma aglomeração ao seu redor com várias pessoas, era apenas flashes, quando empurrou todo mundo para chegar ao meio que a ambulância estava saindo, era apenas flashes, quando viu o que estava acontecendo, não era flashes. Era real.

Ele viu seu Louis, desacordado, deitado no chão frio, com sangue para todo o lado, o carro em destilada um pouco à frente da rua, e as pessoas com expressões chocadas. Harry não aguentou, acabou por se deixar pela dor e caiu de joelhos no chão, sentindo todas as suas forças parecerem nada naquele momento, era apenas nada, naquele momento. Se aproximou um pouco do corpo, mas ouviu uma restrição de um dos enfermeiros, o pedido para se afastar. Lágrimas invadia os seus olhos? Como aquilo pôde acontecer?

- Você era parente do garoto? - Sentiu uma mão em seu ombro, o garoto, chocado e sem reação, olhou para o mesmo.

- Noivo. - Enxugou algumas lágrimas, mas em momento outras já substituiam.

- Aqui está os pertences do garoto. Sinto muito pela perda.

Perda. Perda. Perda. Perda. Perda. Perda. Perda. Perda. Perda. Perda.

Harry olhou para Louis novamente, soluços o impediam de falar algo, seu rosto estava avermelhado e seus olhos marejados, piscou e pensou mentalmente. Acorda, Louis. Por favor, acorda. Por favor. Viu o corpo do menor ser levado pela maca, e não aguentou tendo outra crise de choro, começando a gritar e a puxar os próprios cabelos.

Calma meu amor.

Eu te amo, Harry.

Quer casar comigo?

Harry, aparece! Não tem graça!

Hey, poderia pegar aquilo ali em cima para mim?

Eu te amo, e digo quantas vezes for necessário.

Estou chegando.

Louis não iria acordar.

Era para ser um dia normal.

Mas acabou sendo um dos piores dias da vida de Harry.

FIM.