Dia 1 - Oh My Love

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N/A: Como prometido, o primeiro one shot do Klaine Valentines! Insipado em Oh My Love, de John Lennon (vídeo ai em cima). É Alternative Universe, espero que gostem!

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Até daquele dia, Blaine não sabia o que era Amor.

Ele conhecia os diferentes tons de preto e branco que era o mundo e sabia que em dezembro as pessoas vestiam roupas mais grassas para não congelarem, mas palavras como frio, quente, verde e vermelho eram só palavras, sem representação real ou significado no mundo em que vivia.

Na primeira vez que Blaine perguntou a sua tia como era o Amor, ela quase não pôde descrever. Ela disse que tudo o que Blaine estava vendo naquele momento era nada comparado à realidade de quando ele sentisse Amor. Tia Valentina lhe disse que quando você encontra sua alma gêmea, a única pessoa no mundo que faz você sentir Amor, o mundo muda. Você começa a sentir, ver, tudo fica mais claro e é como se seus olhos estivessem abertos pela primeira vez. O vento não é só algo invisível que move folhas e bagunça o seu cabelo, é como algo na sua pele; a neve não é apenas bolinhas brancas caindo do céu, é molhada e fria, e há muito mais. Blaine sonhava com o dia que sentiria Amor, gostava de pensar como tudo seria mágico e maravilhoso, em algum lugar muito romântico e que ele se lembraria pelo resto de sua vida. Então, quando aconteceu, ele realmente não estava esperando.

***

Fora um dia terrível para Blaine. Acordou atrasado e de mau humor, quase foi mordido por um cachorro gigante que parecia um cão do inferno e errou todas as respostas de um teste surpresa na faculdade. Estava andando até sua casa, já que a linha de metrô que pegava normalmente estava "em manutenção", sonhando com o banho quente e relaxante que tomaria quando chegasse, até que ouviu um pequeno barulho, como se tivesse pisado em algo. Blaine parou imediatamente, pensando que esmagara algum tipo de inseto nojento que andava pelas ruas de New York. Respirando fundo e contando até vinte para não explodir, andou até o banco mais próximo e sentou-se para ver o que tinha acontecido com seu sapato. Felizmente, não era nenhum inseto nojento, mas estava perto, pois o chiclete grudado era quase tão terrível quanto.

"Merda" Blaine disse olhando para o chiclete. Inclinou-se no banco e suspirou pesadamente, considerando quão ruim seria se ele simplesmente ignorasse e continuasse andando com o chiclete grudado na sola do sapato. Finalmente decidiu que seria bem ruim, então começou a procurar algo que o ajudasse com a remoção.

"Droga. O que está acontecendo comigo hoje? Que merda eu fiz..." ele murmurava enquanto esfregava o sapato com um pequeno pedaço de papel. Não havia muitas pessoas em volta àquela hora, então quando Blaine escutou uma voz bonita ao seu lado, se surpreendeu.

"Precisa de ajuda?" Alguém perguntou ao seu lado. O olhar de Blaine foi da sua bagunça para os sapatos imediatamente ao seu lado, um par escuro que refletia a luz branca do sol. Seu olhar foi subindo para os jeans skinny do garoto, levemente mais claros que os sapatos, seguindo para sua camisa quase branca, até que chegou aos olhos dele, então aconteceu.

Não foi nada do que Blaine imaginara. Nada que pudesse pensar descreveria o que ele sentiu no momento que seus olhares se encontraram. Uma onda de emoções o atingiu e, de repente, ele não conseguia mais respirar. A cor do céu veio devagar, não subitamente, como Blaine imaginara, preenchendo cada centímetro de sua visão em um ritmo constante. Quando uma leve brisa o atingiu, quase desmaiou, tudo era incrível. A primeira cor que Blaine pôde ver foi a dos olhos do rapaz bonito a sua frente. Levou alguns segundos para pensar, mas então o nome veio a sua mente. Azul. Os olhos da sua alma gêmea eram azuis. Assim como o céu logo acima deles.

Oh. Então isso é Amor. Blaine pensou.

Seus olhares não se desviaram quando o garoto mais alto sentou no banco ao lado de Blaine, aparentemente sentindo o mesmo no momento. Eles permaneceram no mínimo dois minutos assim, encarando um ao outro e sem fala, apenas tentando processar o que estava acontecendo.

"Hmm... Oi... Sou Kurt" O homem de olhos azuis disse primeiro, ainda olhando para a incrível cor dos olhos de Blaine. Kurt também teve dificuldade em identificar o nome da cor, mas em instantes a palavra hazel apareceu em sua mente e ele soube que era essa. Logo aqueles olhos ficaram ainda mais brilhantes quando lágrimas começaram a preenche-los. Blaine abraçou Kurt apertado e disse:

"Oi... Kurt. Eu sou Blaine. Estive te procurando... por um longo tempo."

Klaine ValentinesOnde histórias criam vida. Descubra agora