Nossa mãe!

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Isabela

Cheguei em casa exausta, jogando minha mochila em cima do sofá. Como eu odeio aquela escola! Se eu pudesse me mudaria pra São Paulo e estudaria lá mesmo.

Eu ia subir porém minha mãe me chamou:

- Isa, chama as meninas lá em cima? Precisamos conversar.

- Tudo bem mãe... -Digo sem entender muito, chamo as duas que se encontravam dançando que nem doidas uma música internacional.

- Mamãe quer falar com nós! -Elas assentem, Ludmila desliga a música e descemos juntas encontrando Rebeca sentada no sofá, fomos até a mesma.

- O motivo de eu ter chamado vocês aqui, é que.. Eu quero falar algo sério. Recebi uma proposta de emprego em São Paulo, então iremos ter que nós mudar. - Arregalo meus olhos e solto um grito de felicidade.

- Isso! Finalmente meu momento chegou. - Levanto a mãos pros céus agradecendo ao bom Deus.

- Quando iremos nós mudar? -Manu pergunta

- Amanhã mesmo, precisamos arrumar tudo! - Assentimos.

Manu sorrio e subiu pro quarto, provávelmente não feliz com a ideia de nós mudarmos. Encarei Lud que assentiu, nós levantamos indo até o quarto de Manu.

- Manu.. Você está bem? -Lud é a primeira a perguntar.

- Estou sim, é só que.. Eu me acostumei com aqui sabe? Eu nasci, cresci aqui nessa casa, é difícil abandonar tudo. - Solto um suspiro e me sento ao seu lado.

Um pouco receosa, indico meu ombro para a mesma onde a mais nova encosta a cabeça. Ludmila por sua vez pega a mão de nós duas nós encarando.

- Olha, vai ser difícil? Vai. Mas nós temos uma a outra! E juntas vamos passar por todas dificuldades que vier, eu amo muito vocês duas, vocês são minhas irmãs mesmo não sendo de sangue. Não gosto de ver nenhuma de vocês tristes. Vocês são a família que eu nunca tive, e eu tô aqui sempre que vocês precisarem. Esse momento é difícil para todas, até mesmo para... -Ela suspira e fecha seus olhos por curtos segundos. -Nossa mãe! -Ela sorri.

Fico supresa, arregalo os olhos.

- V-você me chamou de m-mãe? -Escutamos uma voz chorosa atrás da porta, Rebeca estava escutando tudo.

- Chamei.. Eu chamei! - A mesma diz sorrindo.

- Você chamou! - Manu diz e vejo que a mesma já estava com os olhos cheios de lágrimas.

- Ah senhor, eu esperei tanto por esse momento! - Rebeca vem e nos abraça, chorando muito. -Vocês três são minhas filhas, não importa o que digam. Vocês sempre serão minhas filhinhas.

O abraço durou alguns minutos, até que eu resolvi parar com o choro de todas nós.

- Agora, vamos parar de chorar! -Falo passando a mão no olho, impedindo a lágrima correr pelo meu rosto. - Vamos arrumar as coisas para irmos para São Paulo!

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