Begins!

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 Já estava com ele há um ano. Ele é ótimo para mim. Nunca vivi dessa maneira, cheia de regalias, mimos... Conhecemos-nos em uma festa, me lembro até hoje.

"Nossa, esse lugar não é pra mim, não sei por que a Carol insiste em vir. Eu pensava. Minha vida é completamente fora da realidade dessas pessoas. Tudo bem, isso não impede de frequentar as mesmas festas.

Eu estava no bar da casa de festas, sentada em um dos bancos, louca pra ir embora, enquanto a louca da minha amiga estava aos cantos se pegando com alguém, quando alguém se senta do meu lado.

_ Com licença, posso me sentar aqui? – Um homem lindo chegou sorrindo e se sentando do meu lado. Seus olhos eram lindos, ele era todo lindo.

_ Ah... Claro! – Respondi sem jeito.

_ O que uma garota como você faz aqui, e sozinha? – Ele me olhou sorrindo e dizendo a mesma cantada de sempre. – Deveria estar curtindo, não? – Ele dizia tentando puxar assunto. Mas havia algo nele diferente... Sotaque! Ele tinha sotaque!

_ É... – Eu dizia olhando para o copo com cara de tédio, mas tentando ouvir ele melhor.

_ Quer beber alguma coisa? – Era engraçado o sotaque dele. Será que era de onde? Concordei com a cabeça e fiquei tentando imaginar. Ele acenou para o barman que logo veio e já começou a preparar o que foi pedido. Enquanto preparava, ele se virou para mim e disse.

_ Meu nome é James Connor, mas pode chamar só de James, ou Jay... Como preferir, e o seu? – Sabia que era gringo! O que um gringo viu em mim para chegar e ir conversando assim? ... Meu Deus.

_ Marina!... Pode chamar só de Mari. – Falei dando um sorriso simples. E resolvi perguntar logo. – Você não é daqui não é?

Ele abaixou a cabeça soltando uma risada. Fiquei sem jeito... O barman nos entregou nossas bebidas. Tomamos um gole e então ele disse.

_ É tão nítido para os brasileiros perceberem um estrangeiro? – Ele dizia rindo. A risada dele era fofa. – Descobriu pelo nome?

_ Na verdade foi pelo sotaque, e pelo seu cabelo e olhos. Depois de dizer o nome, apenas confirmou. – Eu falei rindo também. O cabelo dele era um tom natural de castanho claro e liso. E seus olhos, eram azuis como o céu. Ele ficou um pouco vermelho, mas sorriu.

_ Os seus olhos são lindos também... – Ele falou me olhando e ficamos em silencio por um instante. Eu bebi minha bebida meio desnorteada.

Passamos quase a noite inteira bebendo, conversando e rindo. Ele veio ao Brasil a passeio na casa de um amigo. Ah... E ele é inglês. Mora em Londres! Seu pai era presidente de uma das empresas de designs para aparelhos eletrônicos mais renomados de Londres. E ele, obviamente estava se ingressando no mercado e pretendendo seguir os caminhos do pai. Estava prestes a se formar em economia, em nada mais nada menos do que em Oxford. Eu fiquei boquiaberta quando disse isso. E eu estava aqui penando em engenharia civil. Mundo injusto. Falei um pouco sobre mim também. Quando vimos que já estava um pouco mais tarde, ele me ofereceu carona para casa, e eu aceitei. Resolvi nem avisar Carol, porque a essa altura do campeonato, ela já deveria estar longe daquele lugar com alguém. Ele chamou um táxi, e até abriu a porta pra mim. De madrugada não tem trânsito né? Chegamos à minha casa em mais ou menos uns 40 minutos. Ele observava tudo, a cidade ao seu redor e as luzes.

_ Bom, é aqui. Meu bairro e minha casa são bem simples. – Falei sorrindo sem graça. Acho que não era o tipo de ambiente em que ele estava acostumado. Nem deveria ter dado mole pra ele. Não é pro meu bico. Já ia descendo do carro cabisbaixa quando ele puxa meu braço e me olha. Por um momento ficamos em silêncio, mas ele o quebra.

_ É que... Você, por acaso tem telefone? Está livre algum dia da semana que vem? – Disse um pouco sem jeito.

_ Ah... Eu... Tenho claro. E, acho que estarei sim. – Fiquei surpresa. Mas passei meu número e ele disse que me mandaria uma mensagem para salvar seu número. Eu o olhei mais uma vez, não acreditando muito que ele me enviaria uma mensagem e desci do carro. Meio desajeitada, por ter bebido e ainda por cima estar de salto e com sono. Fui logo procurando minha chave na bolsa quando escutei uma porta de carro se batendo e algo me puxando pela cintura. Ele selou nossos lábios, segurando forte minha cintura com uma mão e com a outra acariciava meu rosto. Quando finalizamos o beijo, ele me olhou nos olhos e sorriu. E eu sorri de volta. Ele acariciou uma parte do meu cabelo...

_ Eu vou te ligar! – Disse dando-me mais um beijo".

Desde então não nos separamos. Eu estava no começo da faculdade. 2º período em estatística para ser mais exata, quando nos conhecemos naquela festa. Ele voltou para Londres, fiquei triste sim. Mas ele me ligava de lá, e nos comunicávamos por redes sociais todos os dias. No final de seu semestre ele veio novamente para o Brasil e nós saímos mais vezes. Viramos amigos... Coloridos. Foi horrível quando ele teve que voltar, eu chorei no aeroporto me despedindo. E então ele me surpreendeu... Ele tirou do bolso uma caixinha e abriu na minha frente... Havia um anel dentro, simples, mas maravilhoso. Foi quando ele me pediu em namoro... Eu comecei a chorar rindo, e as pessoas em volta no aeroporto começaram a parar para ver, e algumas até aplaudiram. Ele me olhou com um sorriso fofo nos lábios e os olhos brilhando enquanto esperava uma resposta.

E eu, éclaro, gritei um mega "Sim!" no meio do aeroporto e então ele me ergueu do chãome beijando... Todos olhavam, parecia um filme. Nunca imaginei que uma coisadessas aconteceria comigo... A vida surpreende!    

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⏰ Última atualização: Jun 04, 2016 ⏰

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