Henrique: COMO É? DO QUE PORRA VOCÊ ESTÁ FALANDO SUA MERDA?
Gabriela: Henrique, calma senta, parar de gritar e vamos conversar.
Henrique: SUA PUTA O QUE VOCÊ QUE CONVERSAR? QUE ME TRAIU? BEM A SUA CARA.
Gabriela: Não fala assim comigo.
Henrique: Eu falo e faço o que eu quiser.
Quando eu ia responder, levo um tapa na cara. Olho incrédula pra ele, não dar tempo de correr, ele me dar um moru na barriga, eu caiu sentada e só consigo senti os muros e tapas que ele me dar. Depois de mais ou menos meia hora, não consegui ver mais nada tudo se tornar um branco, a única coisa que consigo pensar é nos olhos azuis do Gustavo e gritar com a única força que me resta o nome do mesmo.
*************
Tentei abrir os olhos mas não consegui, até me acostumar com a luz branca e forte. Olhei pra todos os lados e não reconheci nada, parecia mais um hospital, foi aí que me lembrei de tudo que aconteceu. Mas e depois o que aconteceu, como eu vir parar aqui? Quem me achou lá? Será que foi o Henrique que me trouxe? Por que ele fez isso? Não parecia o meu ex namorado ali era outro homem. São tantas perguntas sem respostas.
Sou interrompida dos meus pensamentos, quando a porta se abre, revelando um senhor de meia idade, com cabelos grisalhos, barba e barrigudo. Acho que é o médico. Deve ser.
Médico: Como a bela jovem estar se sentido? - pergunta com um sorriso no rosto. Um sorriso reconfortante.
Gabriela: Com dores no corpo, mas como eu vir parar aqui?
Médico: Bom, vou lhe explicar tudo, mas antes deixe apresentar, sou o Médico Hugo Mota...
Gabriela: Desculpa, não ter perguntando, estou um pouco nervosa.
Hugo: Claro, não tem problema. Mas acho que a jovem, vai querer saber como anda sua situação não é mesmo?
Gabriela: Vou sim.
Hugo: Bom, você ficou desacordada por cinco dias...
Gabriela: O QUE? COMO ASSIM? - o interrompe ele mais uma vez. Eu estava surpresa, como eu tinha ficado cinco dias desacordada?
Hugo: Bom, a surra que a jovem levou, foi muito forte, mas para a sua forte você só se machucou fisicamente, porque não teve nenhum dano.
Gabriela: Doutor? Posso te fazer uma pergunta? Já fazendo.
Hugo: Claro, pergunte.
Gabriela: Quem me trouxe pro hospital?
Hugo: Então, um homem, que não sei dizer o nome mandou a ambulância ir busca você. E esse jovem estava com um paciente aqui no hospital, que ficou perguntando por você a toda enfermeira que ia lá
Gabriela: O senhor sabe me dizer pelo menos o nome do paciente?
Hugo: Claro que sim, ele não é meu paciente, mas já está aqui a bastante tempo, ele é um cara legal, pelo que todos falam. O nome dele é Gustavo, já o sobrenome não sei informar querida.
Gabriela: Tudo bem, obrigada.
Hugo: Já vir que você está bem, vou deixar sua visitar entra.
O Doutor Hugo saiu e me deixou só, por pouco tempo. Micael entrou super nervoso no quarto.
Micael: Como você está Gaby? Tá tudo bem? Está melhor?
Gabriela: Eu estou bem, só sentindo um pouco de dor no corpo, mas logo passa. - mentira eu to aqui morrendo de dor mas não quero preocupar o Mika.
Micael: Eu fiquei tão preocupado, quando o Henrique me ligou.
Gabriela: Como assim, o Henrique te ligou?
Micael: Foi isso mesmo, ele me ligou quando te achou perto da casa dele. Mas eu quero te tranquilizar vamos achar o idiota que fez isso. Todos acham que foi um assaltante. Mas Gaby quem foi o homem? Você lembra?
Gabriela: Não, eu não lembro, quem foi, e o que queria. - sorri fraco pra ele.
Micael: Tá tudo bem Gaby?
Gabriela: Está sim. Mika?
Micael: Oi minha linda.
Gabriela: Será que você, pode me deixar sozinha. - ele me olhou estranho.- Eu quero descansar um pouco.
Micael: Ah claro, tudo bem.
Falou e me dei um beijo na testa e saiu. E eu fiquei perdida em meus pensamentos, então mentiu para todo mundo falando que me achou na rua, que cara mais idiota. Eu queria gritar pra todo mundo que foi ele que me bateu, mas eu não posso eu estou com medo. E se ele fizer alguma coisa ao Micael. Afinal Micael é a única pessoa que eu tenho na vida.
Não demorei muito pensando, afinal estava morrendo de dor de cabeça.
Quando acordei, vir uma pessoa me analisando em uma cadeira de rodas. ESPERE. Essa pessoa é o GUSTAVO. O que porra ele estava fazendo aqui.
Gustavo: Você está melhor?
Gabriela: Estou, um pouco.
Depois que eu respondi, ficou um silêncio super constrangedor naquela sala de hospital. Até eu decidir fala né.
Gabriela: O que você está fazendo aqui?
Gustavo: Não é porque a gente brigou que eu me tornei um incessível. Gabriela a gente terminou, mas eu me preocupo com todas as pessoas do meu passado.
Aquelas palavras foram pior que a surra que eu levei no Henrique. Eu sei que fui eu que terminei. Fui eu que fiz ele briga comigo. Eu também já coloquei ele como uma pessoa do meu passado, mas ouvir ele falar foi muito pior, ele só está aqui porque eu fui importante pra ele, no passado.
Viro o rosto pra ele não percebe que eu estou quase chorando. Ficamos nesse silêncio por volta de uns quinze minutos. Até ele resolver fala.
Gustavo: Bom, vejo que você está melhor, vou indo. - se vira pra ir embora.
Gabriela: Espera Gustavo. - falei com lágrimas nos olhos. - Eu sei que vou me arrepender de fala isso a você - falei criando coragem pra contar. Senti uma lágrima desce pelo meu olho. O Gustavo me olhou preocupado.
Gustavo: Fala o que, Gabriela?
Gabriela: Não foi um assalto. - falei lembrando do Henrique me batendo. Começei a chorar descontroladamente.
Gustavo: Como não foi um assalto, o que aconteceu naquele dia Gabriela?
Gabriela: O..o Hen...Henri... Henrique. -falei soluçando de tanto chorar.
Gustavo: Gabriela me explica o que aconteceu. - falou preocupado.
Gabriela: Eu fui na casa dele, termina com ele - falei tentando me acalmar - Quando eu cheguei lá, ele estava normal,então eu tive certeza que era a hora de conversa com ele sobre o nosso namoro - falei um pouco mais calma - Mas ... - não consegui termina de falar.
Gustavo: Mas o que Gabriela?
Não consegui responder a ele.
Gustavo: PORRA GABRIELA RESPONDI LOGO.
Depois do Gustavo gritar comigo eu começei a chorar de novo. Eu não devei ter contando a ele.
Gabriela: Gustavo, vá embora, por favor, eu estou cansada -falei me deitando de costas pra ele.
Gustavo: Desculpa, por ter gritado com você, essa não era a intenção.
Gabriela: Tudo bem Gustavo, por favor agora me deixe sozinha.
Gustavo: Gaby, por favor me conta.
Gabriela: Quando eu falei que queria termina, ele se descontrolou, e me bateu.
Gustavo: Sério isso? - falou incredulo.
Gabriela: Sim.
07.06.2016
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E Se?
RomanceE se? E se você não tivesse saindo de casa naquela noite? O que aconteceria? Será que hoje você ainda teria seu irmão? Seu pai? Sua mãe? Será que ainda teria ele? Teria conhecido seu namorado? Perguntas sem respostas que Gabriela se faz todos os dia...