15 anos?

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15 anos? Mal posso acreditar, lembro-me de quando tinha 8 e achava que essa era a melhor idade que uma garota poderia ter. Infelizmente não é bem assim. A responsabilidade aumenta, e atrela um montão de outras coisas.
   Assim que acordei minha mãe veio toda feliz me parabenizar, e me deu um saltinho de presente. Meu pai, que já é separado dela há tempos disse que ia me dar algo especial. Mas eu nunca mais o vi, e pra falar a verdade, não sinto muita falta.
  
  Quando cheguei na escola, minha melhor amiga Gina veio me informar que estava acontecendo algo na escola.

—Ara, não vai acreditar. —ela disse me puxando. —Olha o que aconteceu com a nossa sala de aula.

  Quando eu olhei, foi difícil de acreditar. Estava tudo claramente detonado!
  A diretora entrou em desespero, e desacreditou do que viu.
 
A pintura novinha havia caído de maneira uniforme, o quadro estava estraçalhado, as cadeiras sumiram...exceto uma! Todos os alunos chegaram mais perto, e puderam ver assim, uma mensagem:

"Vamos achar ela, nos aguardem..."

  Uma letra totalmente grotesca e nas outras salas, também haviam o mesmo recado. Com a mesma letra.
   As aulas infelizmente foram suspensas por uma semana, para averiguar o que teria acontecido. Em compensação teríamos que ter aulas aos sábados.
   Nessa correria toda, Gina só foi me dar feliz aniversário quando estávamos na pracinha em frente à nossa escola.

—Ara, feliz aniversário! —ela disse entregando uma caixinha. —Toma isso é nosso.

   Era um cordão com um pingente com a letra G e a outra com a letra A, G de Gina, A de Araptes.
    Ficamos na praça por um longo tempo conversando, quando coisas esquisitas começaram à acontecer.

1º Eu tive a impressão de ser observada.

2º A rua ficou deserta, totalmente deserta...sendo que a nossa escola fica no centro de Massachussets! Como isso pode acontecer?

  Quando percebemos o ocorrido tentamos ir direto para casa, mas logo percebemos que o que aconteceu não foi só uma impressão. E sim, algo proposital.
  Uma menina apareceu na nossa frente de uma hora para a outra.

—Quem é você? —eu disse esbugalhando os olhos.

—Sou Fylgia. —ela disse sorrindo calmamente. —Você deve ser Araptes, não?

  Coincidentemente, esta mesma tinha um nome estranho.
 
—Como sabe? —eu disse. —Fylgia, que diabo de nome é esse?

—Araptes também não é o nome mais normal...—disse Gina olhando pra mim. —Escute o que ela tem à te dizer.

  Gina sabe o que ela quer, tenho certeza. —pensei.

—Araptes, você é uma fada. —ela disse. —Eu tenho certeza do que digo, e você precisa vir conosco. Está correndo risco aqui no mundo real.

  Conosco?

—Eu também sou uma fada, Araptes. —pronunciou-se Gina. —Peço desculpas por não ter dito, mas só podia contar isso na hora certa. E agora é a hora certa, você fez 15 anos. E os quinze de uma fada importam muito.

   Era muita informação para minha cabeça, mas por alguma razão estranha, aquilo tudo fazia algum sentido.

—E nós vamos aonde? —eu disse.

—Para o Mundo das Fadas. —disse Fylgia. —Vamos?

  Ela ofereceu a mão para mim.

  Acompanhei as duas até seja lá onde fosse, ainda parecia tudo um sonho. Lembro-me de quando lia os livros de fadas, era tudo lindo. Árvores coloridas, as mais belas flores, grama verdinha, o céu totalmente azul. Se fosse como nos livros, talvez eu não me assustasse tanto como estou agora.
  Após algumas horas de caminhada chegamos lá, e eu tive uma surpresa. Sabe-se lá Deus qual foi a minha reação  principal, se foi medo, felicidade ou se fiquei maravilhada.


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   Olá gente, esse é o primeiro capítulo de muitos.
   Esse é um conto especialmente da Araptes, uma fada muito atrevida. Espero que vocês gostem e que acompanhem essa "saga", e se gostarem por favor votem. Expressem suas opiniões, eu vou adorar.

   Abraços, da Araptes.

Fada fora do CONTO. Onde histórias criam vida. Descubra agora