Os melhores dois meses da minha vida

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Eu já tinha esta história escrita há algum tempo. Eu escrevi-a porque a minha melhor amiga me desafiou a escrever algo que a fizesse chorar, e não é nada fácil pô-la a chorar ahah

Espero que gostem :) xx

(leiam com a música ali ao lado a tocar >>

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-Posso entrar doutor? - perguntei um pouco nervosa. Tinha feito umas análises na semana passada porque o médico desconfiou de algo... Tenho medo do que pssa ser

-Sim, entre Diana - respondeu o doutor George observando atentamente os papeis que tinha na sua mão.

Sentei-me na cadeira em frente a ele e a sua expressão não era a mais feliz

-Pela cara do doutor já percebi que as notícias que tem para dar não são as melhores... - comentei um pouco impaciente

-Então é assim, a menina tem uma doença que... - suspirou antes de terminas a frase

-Quanto tempo tenho? - impedi-o de terminar a frase

-Como assim?

-Tenho a certeza que essa doença não tem qualquer cura possivel, que é fatal. Não quero saber mais nada. Simplesmente quero saber quanto tempo tenho até... - suspirei - até morrer.

O Dr. George suspirou e respondeu:

-Dois meses...

- Obrigada por tudo o que fez por mim doutor. E Por favor não conte a ninguem - ele acenou afirmativamente.

Eu levantei-me e saí do consultorio.

Caminhei várias horas, sem destino, enquanto isso pensava em todos os bons momentos que tinha passado com a minha melhor amiga, todas as brincadeiras com a minha mãe e muitas outras coisas. Porém entre elas uma se destacava muito mais do que as outras na minha cabeça, o nascimento da minha pequena Lara. Ainda só tinha assistido a um ano da sua curta vida e já não iria assistir a mais, não iria vê-la crescer e tornar-se uma mulher.

Contudo também nunca realizaria o meu sonho de ser Bióloga Selvagem.

Subitamente lembrei-me que dois meses passam a correr. Então voltei a casa e no caminho tomei a decisaão de não contar nada a ninguém, queria aproveitar ao máximo estes 60 dias, da minha curta existência de apenas 17 anos, sem preocupaçoes nem tristezas por parte de ninguém.

Foi exactamente isso que aconteceu.

Guardava na minha memória cada segundo passado ao lada de Patrícia, brincava o mais que podia com a minha Lara e dava-lhe muitos miminhos. Li todos os livros que consegui, ouvi pelas ultimas vezes as minhas músicas preferidas.

Felizmente enquanto os dias passavam o meu aspecto mantinha-se inalterado, assim não tive de contar mesmo nada a ninguém. Preferia que sofressem apenas no dia e nao que andassem este tempo todo tristes.

O dia chegou.

Estava na escola quando comecei a sentir-me muito mal e esquesita, comecei a vomitar sangue.

Rapidamente chamaram uma ambulancia, puseram-me lá dentro e ainda consegui ouvir uma voz a dizer:

-Di, por favor não me deixes! - Patricia, era ela, era a voz dela a minha amiga de longa data e grande confidente

Uma lágrima correu pela minha face e com uma voz um pouco fraca ainda consegui dizer:

-Eu amo-te! - e fecharam as portas da ambulância

Pelo caminho os bombeiros fizeram de tudo para que eu me aguentasse e conseguiram.

No entanto no hospital não me aguentei.

Vi a minha alma a abandona o corpo, os médicos fizeram de tudo para me trazer de voltas, mas não conseguiram.

-Perdemo-la... - disse um médico tristemente

O meu coração deixara de bater, para sempre.

Era horrivel ver o meu corpo assim sem vida...

Enquanto o observava ouvi uma voz familiar e um choro angustiante. Fui ver o que era.

Quando cheguei ao corredor pude ver a minha mãe

-Não! A minha filha nãi me pode ter deixado. A minha bebé...  - dizia ela com as lágrimas a cair pela sua face

Consegui também ver a patricia a escorregar encontada á parede até ficar sentada no chão e enterrar a sua cara nas mãos a soluçar o meu nome

Cheguei-me perto da minha mãe e abracei-a, ela deve ter sentido pois por entre lágrimas ela ergueu a cabeça e esboçou um pequeno sorriso. Fiz o mesmo há Patricia e ela arrepiou-se-

***

Era o dia do meu funeral, estavam lá todos.

Os meus amigos, os meus pais, a minha irmã... e eles levaram a Lara também! Não acredito...

Tinha chegado o momento de me enterrar, a mminha mão tinha conseguido um caixão roxo muito clarinho, a minha cor preferida.

Consegui ouvir a Lara a perguntar com a sua doce voz:

-A Tia?

-Está a fazer ó-ó meu amor - respondeu a minha mãe.

Enterraram-me. Todos puseram as flores na minha campa. Quando a minha mãe pos as dela disse:

-A mãe vai ter muitas saudades tuas.

Depois a Patrícia.

-Vou sentir tanto a tua falta! - disse enquanto dava um beijo na rosa branca e a metia na minha campa

Depois todos foram abandonando o cemitério. Estava a chegar a hora de eu patir para o outro lado, mas antes ainda tinha algo para fazer.

***

Estava agora em casa da Patrícia, no quarto dela Felizmente ela não estava lá e assim pode escrever uma nota no caderno que ela tinha na secretária.

"Quer acredites quer não, sou mesmo eu! Apenas te queria dizer para continuares a lutar pelos teus sonhos e que triunfes sempre na vida. Lembra-te que podes perder uma batalha mas nunca perderás a guerra. Adoro-te muito bestie foste sempre um grande apoio para mim!

                                                                                                                                                 Adoro-te, Diana :)"

Fiquei a certificar-me de que ela lia o que escrevi. E leu mas a chorar.

Dei-lhe um beijo, que ela sentiu, porque levou a mão á sua bochecha e disse:

-Adoro-te melhor amiga, para sempre!

Eu podia agora partir rumo ao meu destino, no outro lado.

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E então? Por favor digam o que acharam :)

Mesmo que não tenham gostado digam :(

xx

Os melhores dois meses da minha vidaOnde histórias criam vida. Descubra agora