Three

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Sete anos atrás : alguns meses depois do não casamento.

Acordei às 8:30AM, me levantei e fui ao banheiro, fiz todas as minhas higienes matinais e vesti um vestido preto que marcava bem meu corpo. Resolvi ir para a cozinha e não havia ninguém lá. Fiz alguns misto quente e preparei o café, cortei algumas frutas e deixei para a gente comer e enfeitar a mesa.

Comecei a me alimentar e elas chegaram:

--Bom dia, meu anjo! -disse e sorri.

--Bom dia, mãe! -digo.--Cadê a tia Mirian? -perguntei.

--Ela está na livraria. -disse se sentando. --Já estava com saudades dessa sua mão de fadas. -disse sorrindo.

--Obrigado! -fico vermelha. --Meu Deus, ela está mexendo. -digo e ela põe a mão sobre a minha barriga.

--Não consigo sentir. -disse magoada.

--Só eu consigo. -torço a boca incomodada.

Tomamos nosso café e logo uma mulher aparece e tira várias fotos, tirei fotos abraçadas com a minha mãe e fui para o quarto. Tomei um banho rápido e vesti um macacão preto com o tecido tipo de macaquinho de bebê, então. Fui para a sala e resolvi sair um pouco minha mãe me deu um cartão para comprar mais coisas pra bebê e para mim também, comprei meu material de faculdade vou cursar arquitetura. Compro fraldas, bastante fraldas poucas do tamanho P e o resto é tudo M. Comprei pomada, vestidos de princesa e macacão. Também passei pela a loja e comprei algumas roupas para eu poder levar para o hospital. Ela já tem tudo o homem foi entregar e montar o quarto dela hoje fiquei observando.

--Filha, você não pode ficar aí, essa poera fará mau a Mia. -disse. --Posso fazer duas perguntas? -perguntou.

- Uma a senhora já fez, pode fazer a outra. -digo.

--Engraçadinha. -me puxou para meu quarto. --Filha, o Gustavo sabe de sua gravidez? -perguntou.

--Por que ele ia querer saber? -respondi perguntando.

--Você não falou nada sobre a Mia? -disse e balancei a cabeça indicando que não. --Lucky, o que tem na tua cabeça? Ele tem mais do que direito de saber sobre a Mia! -disse revoltada.

--Ele perdeu todo direito quando me trocou pela minha prima no meu casamento. -digo magoada e algumas lágrimas escorrem por minhas bochechas.

--Mas, filha. Ele precisa saber. -disse baixo.

--Por favor, mamãe! Ele já tirou tudo de mim. Eu... Eu não quero que ele saiba sobre a Mia. -digo chorando e ela balança a cabeça concordando e começa a passar a mão por minha cabeça.

(...)

Depois de minha mãe cantar "Big Girls Don't Cry " eu dormi, virei meu pescoço para o lado e não a vi no meu quarto. Me levantei e fui ao banheiro, me olhei no espelho e meu pai estou acabada -- Meus cabelos longos e loiros estavam bagunçados, rebeldes e extremamente embolados, meu olhos estavam mais verdes que nunca, parecia duas esmeraldas brilhantes porém, estava com muitas olheiras ao redor deles, enchados e onde deveria está branco estava vermelho, o que me deixava envelhecida, meu corpo por causa da gravidez, estava mudando, meus pequenos seios estavam gigantes e futuramente estarão caídos, meus quadris estavam mais largos e minha barriga enorme, fala sério, estou parecendo "A Orca" e ainda dizem que grávidas são lindas, eu concordo, apesar de me sentir gorda, eu continuo sendo privilegiada afinal de contas, não são todas que podem ter filhos infelizmente, eu estava me sentindo abençoada e apesar dos apesares se eu pudesse voltar atrás eu não mudaria nada, por que talvez, eu olharei para trás e vou sorrir com a pequena Mia, por que toda a dor que eu estava sentido, talvez seria um teste, onde minha única salvação é raciocinar com calma.

--Como um deserto isso vai passar... -Catarolei e segui para a ducha, a água morna molhava minha pele de forma relaxante, lavei meus longos cabelos ruivos, passei o sabonete líquido por meu corpo e acariciei minha barriga.

--Você está bem, Miazinha? Mamãe está muito mais que anciosa para ver seu belo rostinho depois de oito meses. -digo acariciando sua barriga. --A mamãe promete que nunca vai deixar nenhum homem te magoar ou fizer com você o mesmo que seu pai fizera comigo. -digo ainda acariciando minha barriga, mas agora com o rosto cheio de lágrimas passou a mão pelo rosto agressivamente e repeti. --Chegar de chorar, Ash! Garotas crescidas não choram por causa de garotos estúpidos, agora Mia está comigo e eu serei forte. -digo e Miazinha "dançava tango em minha barriga" o que me fez rir.

Vesti um vestido preto, passei um batom vermelho e uma sombra clara, um blush clarinho, bem básico apenas para tirar aquela cara de defunto, pentiei meus cabelos e apertei eles com minha mão para forma meus cachos perfeitos que haviam se tornado indefinidos.

(...)

Saí do banheiro e coloquei maquiagem, meu celular, dinheiro, um espelho e uma toalhinha.

Desci para a sala e o olhar da minha mãe me acompanhou.

--Uai, menina onde você vai arrumada desse jeito. -disse surpresa.

--Vou dar uma volta. -digo e ela sorriu.

--Ok, espero que se divirta. -disse e se aproximou para beijar minha testa.

Andei pelas ruas escuras e me deparei com vários jovens se drogando e uma moça loira com olhos verdes, baixinha que parecia ter a minha idade, entregavam-lhe um folheto.

--Deus não te fez, para que vivessem esta vida de miséria. Jesus te ama e ele quer salvar sua vida: "João: 3-16 Por que Deus amou o mundo de tão maneira que deu seu único filho para todos aqueles que nele crê, não pereça mas tenham a vida eterna" -disse um homem alto, cabelos castanhos escuro e olhos castanhos claros parecia ter entre 20 a 22 anos de idade.

--Passe ali na Igreja, na virada da esquina. -disse a moça me entregando o folheto. --Que Deus te abençoe! -disse e saiu andando para perto do homem.

--Ok. -falei para mim mesma e fui para a igreja. Vi um homem com barba por fazer, seu cabelo era castanhos quase loiros, seus olhos verdes e bem musculoso. Um senhor mais o velho o chamou:

--Humberto, poderia pregar a palavra de domingo? -perguntou e o mesmo sorriu.

--Claro que sim, pastor Antônio! -disse e sorriu.

--Com licença? -digo e eles me olham. --Quando tem cultos aqui? -perguntei tímida.

--Domingos às 19:00 e sábados às 18:30. Também temos escola dominical as 08:00 da manhã! -disse e sorri.

--Muito obrigado! -digo. --Que Deus abençoe vocês sempre. -digo e me viro mais antes que eu vire para sair.

--Espere, deixe-nos orar por você! -disse o homem mais velho.

(...)

Depois da oração agradeci e fui embora.

Garota SortudaOnde histórias criam vida. Descubra agora