Anjo - Capitulo II

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Eu acabei aparecendo em um lugar que não reconhecia, era uma torre de agua ao longe da minha cidade. O cara que tinha me pego, estava sentado ao lado, olhando para o céu. Olhei para baixo. Era uma queda consideravelmente horrível.

— Se quiser poupar o meu trabalho, basta pular. – Falou o moço.

— Se vai me matar, porque não me matar logo? – Perguntei para ele.

— Porque antes creio que você deva saber o porquê disso tudo, não acha? – Falou ele.

— Deve ser algo relacionado ao meu pai? – Perguntei para ele – Está devendo dinheiro a você? E você é de uma organização criminosa que veio tirar minha vida como pagamento?

— Para um adolescente você tem uma mente muito fértil. – Falou ele.

— Faz logo o que você tem que fazer e vamos acabar logo com isso. – Falei para ele.

Eu não era feliz, realmente não era feliz. Nunca conheci o meu pai, mas sabia que um dia iria pagar por erros dele, eu nem sabia o nome do desgravado, mas pode ter certeza, o mundo estaria melhor sem minha pessoa. Minha mãe era sempre ocupada, não tinha tempo para mim, como se eu fosse uma pedra no sapato dela. Talvez porque eu fui uma criança não programada, vim ao mundo porque ela se descuidou e caiu na lábia de um cafajeste qualquer. Mas como ela preza a vida, seja da forma que for, ela resolveu me ter. Talvez ela me ame, ou sei lá. Ela nunca demostrou muito isso. Mas uma coisa é certa, eu a amo de verdade e faria qualquer coisa por ela.

— Só uma coisa. – Falei – minha mãe vi ficar livre disso? – Perguntei para ele.

— Sua mãe ficará ilesa. – Respondeu ela.

— Okay então. – Falei.

Eu me pendurei no parapeito da grande caixa d'agua e iria pular, morreria com dignidade. Mas ele me pegou pelo braço e me puxou de volta para trás.

— Como eu disse antes, você terá que ouvir toda a história. – Falou me jogando de volta para dentro da área de segurança.

— Para começo de história, eu não sou de nenhuma organização criminosa, e seu pai não estar nos devendo dinheiro, mas sim, isso é devido ao seu pai. – Falou o homem.

— Se te serve de consolo, eu nem sei quem ele é. – falei para ele.

— E eu acredito em você. – Falou ele.

— Então porque eu devo pagar pelos crimes dele? – Perguntei para ele.

— Porque ele vai te usar para conseguir o que vem tentando ter a muito tempo. – Falou o homem.

— E o que seria isso? – Perguntei sem muito interesse.

— A derrota do Santo Trono. – Falou o homem.

— Isso é nome de organização de Super-heróis? – Perguntei, pois achei o nome um pouco familiar.

— Não, é o lugar de onde eu venho. – Falou ele.

— Seja direto. – Pedi para ele.

— Preciso te matar, pois você é o anticristo.

Ela falou e aquilo ficou ecoando na minha mente, como quando você grita em um lugar e sua voz fica retornando por um tempo, e a palavra anticristo ficou indo e vindo por alguns segundos.

— Isso só pode ser brincadeira né? – Perguntei para ele. – Como o anticristo pode acreditar em deus? Ter uma vida religiosa praticante e servi ao pai como se não existisse coisa alguma além disso?

— Porque você acha que lhe foi dado o nome de Samael?

— Minha mãe falou que foi o meu pai que a fez colocar esse nome. Mas eu prefiro que me chamem de Sam.

— Exatamente por isso. Você prefere ser chamado de Sam, porque rejeita sua natureza, o pai que você tem. – Falou ele.

— E afinal, quem é você? – Perguntei para ele.

— Pode me chamar de Amenadiel. – Falou ele.

Ele se levantou, olhou para mim e de repente, de trás deles saíram dois pares de asas completamente brancas, de um brilho reluzente e forte.

— Agora você acredita em mim? – Perguntou ele.

Eu fiquei em pânico. Não tinha como negar que ele era um anjo pois ele era, mas acreditar que eu Sam, era o anticristo, era uma coisa extremamente louca, mas que no fundo fazia sentido. Eu não queria mais argumentar. Queria apenas poder sair dali, correr o mais rápido possível. Foi então que o vi retirar uma espada das costas, mas quando eu pensei em correr, ele já tinha me apunhalado no peito.

Apocalypse: O AnticristoOnde histórias criam vida. Descubra agora