Capítulo Único

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Como iniciar esta pobre narrativa cheia de desventuras? Bem, do início.

Sempre vivi uma vida comum,escrever sempre fora um hobby. Desta forma, conheci o Wattpad, onde meus sonhos se tornaram realidade.

Estava num destes dias, onde um ventilador é a diferença entre vida e a morte. Precisava escrever mais um capítulo do meu livro.

Um detalhe sobre os livros que escrevemos, é que eles são como filhos nossos. Você que lê este humilde conto, e também escreve deve compreender essa relação tão linda.

Eu estava totalmente inspirada  naquele dia, deixaria minha mente voar.

Todavia, algo inesperado acontece.

Meu filho, digo, livro, não estava lá. Era como se nunca houvesse existido.

O desespero toma conta de meu ser. Começo a mandar mensagens pedindo socorro a meus amigos "wattpadianos" que poderiam me ajudar.

Suas respostas eram apenas:
"Um, não sei. Você escreve livro?".

Não podia acreditar. Minha obra além de ter sido apagada do aplicativo, havia também sumido da mente de meus amigos.

Lágrimas jorravam dos meus olhos. Eu precisava salvar meu livro, aonde quer que ele estivesse. Alguém o havia roubado de mim.

Passo vários segundos me lamentando, soltando berros irreconhecíveis.

De repente, meu pobre celular vibra. Eram mensagens de um tal Delator.

"Se você quiser seu livro de volta, me encontre na plataforma 6, com 100 k de estrelas".

Eu não havia compreendido perfeitamente. De que estrelas ele falava? E a plataforma? O que era isso?

Me coração palpitava insanamente. Eu iria achar meu livro, custe o que custasse.

Outra mensagem chega no momento em que eu me preparava para mais uma sessão de lamentações.

"Clique aqui".

Era estranho. A mensagem não possuía remetente.

Não me restava nada além de clicar no tal link.

Eu clico. Nada acontece.

Fiquei encarando a mensagem por mais alguns segundos. Me sentia as crianças que assistiam  aqueles desenhos que mandam fazer isso, fazer aquilo, pra acontecer não sei o quê, abrir sei lá o quê.

No entanto, quando eu já havia desistido de viver, algo começou.

Minha pele, minhas roupas, tudo o que me tocava se tornavam pequenos pontos de luz. Pude ver, eram minúsculos zeros e uns.

Vi meu corpo se desfazer em luz. Logo eu já não estava no meu quarto.

Tudo de repente fica branco. Eu agora sentia algo frio abaixo de mim. Sinto uma mão extremamente gelada me ajudar a me erguer.

Eu estava tonta e desorientada, mas mesmo assim, perguntei:

_ Quem é você? Você roubou meu livro?

O estranho ainda me segurava, tentando impedir minha possível fuga. Ele usava uma capa preta, seu rosto estava envolvido pelo negro. Ele se destacava no lugar inteiramente branco.

_ Não, não peguei seu livro, senhorita Moni, mas posso ajudá-la. Por favor, se acalme.

Ele não parecia ser mal. Sua voz era agradável. Ele me liberta.

Eu resolvo indagá-lo novamente:

_Quem é você? E onde estou?

O estranho exita por um instante, por fim abaixa o capuz e diz:

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