O Baile de Formatura

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***
Continuação...

- Minha ex- namorada, - disse olhando para ela, depois olhou para o cara ao seu lado - e o novo namorado -

Ex-namorada?

Girei meu corpo novamente. Eles continuavam encarando. Dylan finalmente se mexeu e colocou sua mão em minhas costas me levando até eles.

- Stela... - disse ele com um sorriso forçado.

- Quanto tempo! O que faz por aqui? - sua voz fina faz meus ouvidos reclamarem.

- Dando uma volta.

- Ah! - ela percebe minha presença - Nem tinha visto você. Sou Stela.

- Brianna. - digo seca a cumprimentando.

Dylan não tira a mão de mim em nenhum segundo. Ele ainda está tenso.

- Sua namorada? - perguntou olhando novamente para Dylan.

- Ah, eu não...

Sou interrompida.

- Sim.

Normalmente eu teria ficado de olhos arregalados ou de boca aberta. Mas não era o momento, eu não deixaria Dylan na mão e nem daria esse gostinho a ela.

Stela dá um sorriso ainda mais forçado.

- Oh! Vocês formam um casal bonitinho. - dá ênfase na última palavra - Cuidado, as vezes você vai ter que passar o dia inteiro com ele na gravadora. Isso é uma total perda de tempo.

Agora eu tinha ficado tensa.

- Ah! Na verdade, eu gosto de ficar na gravadora. Aliás... Você sabe aquela sala de instrumentos? - as palavras estavam saindo automaticamente de minha boca. Ela franze a testa. - Pois é. Lá é um ótimo lugar para... Ah! Não preciso entrar em detalhes, não é Dylan? - meu braço envolve a cintura dele assim como ele faz com meus ombros. Nunca havia falado daquele jeito com ninguém. O que eu estou fazendo? Penso comigo mesma.

A tensão de Dylan parecia ter sumido, e Stela juntamente com aquele cara ao seu lado ficaram desconfortáveis. Bingo!

- Mary, não diga coisas tão íntimas assim... - Dylan entrou na brincadeira. Sabia que ele estava a ponto de rir.

- Me desculpe. Escapou.

- Hum... É... Acho que devemos ir embora Brad. Não queremos atrapalhar o casal.

Não segurei o meu sorriso triunfante.

- Foi bom ver você, Dylan...e você também. - me olhou com repulsa.

Eles deram meia volta. Olhei para Dylan que começou a gargalhar assim que não puderam mais nos ouvir.

- Nossa! Pensei que fosse tímida.

Corei.

- Você está me devendo uma. - digo colocando minhas mãos no bolso do casaco e me afasto dele indo em direção as barras de segurança da beirada do cais.

Já estava escuro, meus pais provavelmente deviam estar jantando com vovó. Ela tinha mania de rechear a mesa inteira quando a visitávamos.

- Posso pagar minha dívida agora? - Dylan me vira. Sem deixar responder ele me beija. Como podia ser tão boa essa sensação? As vezes me assustava o quanto eu correspondia e gostava de seus beijos. Sorri e desgrudei nossos lábios.

- É assim que paga suas dívidas?

Ele cerra os olhos pensativo.

- Acho que só com você. - diz com seus olhos cinzas me perfurando - Deveria ter mais dívidas, não acha?

Ritmo InesperadoOnde histórias criam vida. Descubra agora