Cavalheiro

Capítulo 9 - Eu sou totalmente seu

Bill já estava em sua nova ala do palácio, era linda toda decorada com vermelho e dourado, deixando o ambiente mais romântico, estava especialmente decorada para ele e para seu novo marido, Thomas. O pequeno havia decidido que dividiria os aposentos e também a cama, ele estava vestido com vestes de núpcias, pois a lei era clara tanto para ele quanto para Tom, para finalmente terem direito ao trono. Thomas teria que possuí-lo, toma-lo por completo, e a prova desse ato seria os lençóis de seda brancos sendo tingidos pelo vermelho da pureza de Bill, que teria que se entregar a Thomas, o mais velho se aproximava da cama, vendo o pequeno príncipe totalmente nervoso e corado de vergonha, nem conseguia olhar para aquele que o observava.

- Não tenha medo meu pequeno, esta noite será mágica, prometo ser o mais carinhoso possível com você, meu amor... – Thomas sorria de leve enquanto ficava de joelhos na cama, Bill finalmente observou Thomas e corou mais ainda ao ver que o mais velho estava sem camisa, somente com um short real que também era uma das vestes de núpcias.

- Tô-tô ten-tentando... Ma-mas está... Difícil Thomas... Não quero... – Bill nem conseguia falar direito, gaguejava e sentia seu corpo todo tremer, Thomas observou o estado do menor e pegou uma das mãos do mesmo, o olhando de forma carinhosa.

- Meu anjo... Temos que tentar, infelizmente é nossa responsabilidade. – Thomas não gostava de ver o pequeno tão assustado daquela forma, então se sentou na cama e puxou o mesmo para si, o abraçando de forma carinhosa e confortável, Bill retribuiu o abraço e iniciou um choro silencioso, logo apoiou sua cabeça no ombro do mais velho. Thomas suspirou de leve ao ouvir o choro do menor e para acalmá-lo resolveu afagar as suas costas de leve.

- Eu não quero Thomas... Eu ainda não posso, tenho medo... – Bill falava entre soluços e então Thomas resolveu não insistir, pois ele não forçaria nada se o pequeno não quisesse, ele o amava tanto que entregaria seu coração em uma bandeja sem pedir algo em troca.

- Ei! Está tudo bem, se não quer... Não faremos, eu não me importo em ser apenas príncipe amor, não chore pequeno, olha pra mim... – Thomas falava de maneira carinhosa enquanto desfazia o abraço para acolher o pequeno rosto de Bill em suas mãos, o fazendo olhar nos seus olhos. - Eu nunca, nunca te tocaria contra a sua vontade, sabe por quê?

- Por-por que Thomas? – O pequeno olhava bem nos olhos de Thomas, que sorriu de leve e um pouco sem graça.

- Porque eu te amo. – O coração de Bill disparou ao ouvir aquelas palavras, a vontade de chorar só piorou, Thomas fechou os olhos por um momento e continuou a dizer. - Eu quero o seu bem, meu amor... Eu não me importo em esperar por você, não me importo em esperar até que esteja pronto para amar e ser amado. – Seus olhos voltaram a se encontrar e Bill o abraçou com toda força que tinha enquanto chorava, Thomas sorriu triste e nem tinha percebido que os doces lábios de Bill estavam juntos aos seus, o maior apertou o pequeno em seus braços e o beijo com todo amor que tinha, era um beijo que machucava o coração de Thomas, como ele queria ter a total certeza de que seu pequeno sentia o mesmo.

- Me perdoe Tom! – Bill falava ao terminar o beijo, para então sair correndo de seus aposentos deixando um Tom triste e confuso para trás.

- Bill... – Tom soltou um sussurro de profunda tristeza, se sentiu solitário e um pouco abandonado, mas ainda assim o mais velho entendia seu pequeno e não tinha medo da vergonha de no dia seguinte ser motivo de chacota, por não ter consumado seu matrimonio, pois tudo que ele queria era o bem estar e o amor de Bill, seu Bill.

A rainha Elinor sorria radiante enquanto andava pelos longos corredores do castelo, iria se encontrar com seu marido para um passeio noturno. Ambos estavam tão felizes pelo casamento de seu filho que nada poderia estragar a felicidade deles, era assim que eles pensavam. Elinor estava perdida em seus pensamentos e se assustou ao ouvir passos apressados, e resolveu espiar, do nada ela vê seu filho correndo e chorando entre soluços.