Capítulo 30

31 2 0
                                    

"Nada é tão complicado como parece ser, e nem tão simples como achamos"

Ezequiel 7H20 São Paulo, Brasil.

Minhas armas estão em uma bolsa, as roupas e peruca que usei em meu ultimo serviço em outra, dentro do porta mala do carro. Estaciono meu carro dentro de uma garagem em um prédio, comercial, onde o vendedor de armar trabalhava em seu outro trabalho de fachada. Ele aparece de terno, em seu pescoço havia um crachá, '' Fabiano César. Gerente de marketing '' ele chega perto e me cumprimenta com um aperto de mão. Nós já nos conhecíamos a 4 anos, ele fornecia minhas armas, aqui no Brasil. Ele tinha muitos clientes, no ramos que eu estava deixando, geralmente, ele não aceitaria um encontro em um lugar como esse,mas eu venderia minhas armas por um preço bem abaixo do que elas realmente valiam, isso o atraiu para esse negócio. E ele já me conheci a um bom tempo, para saber que não deveria recusar minha oferta. Ele me entrega o recibo do valor transferido para minha conta, coloco à bolsa no porta mala de seu carro em seu.
- É uma perda muito grande, sua saída Ezequiel. Mas presumo que você tenha seus motivos pessoais para isso. Qualquer coisa em que precisar se resolver voltar a ativa. Você sabe como me encontrar - ele fala com sua voz de liderança nata. - Obrigado Fabiano, se eu precisar de algum item no futuro, sei mesmo como te encontrar - falo e pego em sua mão em um cumprimento, e vou para meu carro e saíu, torcendo para nunca mais precisar voltar a usar os serviços dele. Dirijo mais 40 minutos e paro meu carro perto um barracão abandonado, era uma construção. Pego meu celular era quase 09h00 hora da manhã. Ligo para Tomanso que atende no segundo toque. - Em que posso te ajudar meu amigo? -
Eu preciso falar com você, algo pessoal. Você pode me atender hoje? -
- Eu tenho um velório para ir na parte da tarde, o meu pobre genro foi encontrado morto em um hotel, junto com outra mulher, por overdose, podre coitado. Mas posso te ver agora, na parte da manhã Ezequiel - ele responde.
- Obrigado Tomanso, daqui meia hora estarei em sua casa - falo e desligo. Saíu do carro e vou até o porta mala e pego a bolsa e vou até o barracão e entro abro a bolsa e pego um litro de álcool e molho toda a bolsa acendo um fósforo e jogo, o fogo se alastra sobre ela. Saíu daquele lugar imundo e volto para meu carro, e vou em direção à casa de Tomanso. Estaciono meu carro na garagem em frente sua mansão, mais uma vez seu segurança me atente e faz um gesto com a cabeça, eu o sigo, e vamos a até onde está Tomanso. Chego no seu escritório e ele está sentado em sua cadeira atraz de uma mesa de mogno, bebendo seu vinho em uma taça, usando um terno sob medida para ir ao velório, com uma expressão de alegria nos olhos, imaginava que isso era pela morte do marido de sua filha. - Que bom velo meu amigo, sente-se - Vou até a cadeira e me sento. Tomanso só dá uma meia olhada para seu segurança, que vai até a sua adega e pega um garrafa de vinho e uma taça e serve e traz para mim. - Em que posso ajuda-lo, Ezequiel? -
- Bem, não é nem um favor e mais um comunicado que gostaria que você fizesse para os outros agênciadores -
- E qual é o comunicado? - Tomo meu vinho e olho para ele de novo. - Estou me aposentando, Tomanso, não irei mais matar pessoas. Esse trabalho que fiz para você foi o meu ultimo - Ele olha por um tempo e bebe seu vinho. - Entendo, chega uma hora que temos que parar, tudo tem um tempo para durar. Mas o que motivou você a tomar essa decisão Ezequiel? -
- Antes eu não tinha uma razão para não parar, gostava do que fazia. Mas depois que encontrei, Beatriz, isso mudou Tomanso. Não me sinto mais bem, fazendo o que faço. Me sinto bem ao lado dela. E tem a gravidez dela agora, que só reforçou minha decisão - falo
- Parabéns! Já que vai ser pai Ezequiel. Eu respeito muito esse sentimento meu amigo, realmente o amor por uma mulher muda a vida de um homem. Eu já tive meu momento assim, e fui feliz por um tempo. Pode deixar que eu vou transmitir seu recado para os outros agênciadores Ezequiel. Só tome um pouco de precaução, porque outros agênciadores não levam essa história de aposentadoria de uma maneira positiva, como eu. Imagino que você já deva ter ouvido muitas histórias sobre isso - ele fala em tom de advertência. - Sobre isso meu caro amigo, acho que não vai ser muito bom para qualquer um que tentar alguma coisa. Eu ainda sou muito bom, mesmo estando me aposentando, e ainda tenho amigos nesse ramos caso algum deles pense em brincar com a sorte ou a própria vida no caso - falo e tomo meu vinho.
- Gosto muito de sua postura Ezequiel, e repeito sua decisão. Caso você precise de alguma ajuda, sabe onde eu moro, e onde fica meu restaurante. Só me procurar, estarei sempre à disposição - termino meu vinho e me levanto. - Obrigado pela atenção, e pelo respeito que é mútuo, Tomanso. Irei sim em seu restaurante, gostei de lá. E meus pêsames pelo seu genro - falo. Tomanso ri alto, e quando para, ele termina seu vinho e me olha. - Realmente Ezequiel, o respeito é mútuo. Até uma outra hora, e aparece em meu restaurante e leve à mãe de seu filho. Vai ser uma honra ter sua presença em meu restaurante. Pego em sua mão em cumprimento e depois saíu com seu segurança me acompanhando. Vou até meu carro e dou a partida. Sigo em direção ao meu apartamento.

Leitores!!. Após sua leitura deixe um comentário. E vote se gostou. Obrigado e boa leitura

Crimes e Um Amor - Série -  Segredos Onde histórias criam vida. Descubra agora