History of War

Capítulo único

OI, eu nunca tinha escrito uma história com um capítulo mas gostei bastante, e espero que vocês também gostem.

Fecho a porta do meu quarto devagar para não fazer nenhum barulho, caminhos entre os corredores pensando na lembrança que tinha me feito acordar as três da manhã, sigo distraído até cozinha da torre, chegando lá abro a geladeira em busca de água.

-Sem sono Steve? - me viro rápido para a direção de onde a voz tinha vindo e dou de cara com Natasha sentada na bancada tomando água.

-É... -Pego uma garrafinha de água na geladeira e sento num banco também. -E você Nat? Por que está acordada? -Pergunto e bebo um gole de água.

-Pesadelos... -Ela diz olhando para garrafa.

-KGB? -pergunto.

-Sim... E você? Peggy de novo? -Ela fala.

-É... Mas espera, disse a você que estava sem sono.

-Eu te conheço Steve, sei por que está acordado. Se quiser conversar estou aqui...

-Eu sei Nat, você sempre está. -Sorrio.

-Bem, conte sua história. - ela coloca os cotovelos na bancada e a cabeça apoiada nas mãos e olha pra mim.

-Eu estava lutando contra os Nazistas de novo, em 1945, eu havia perdido meu amigo, mas não tive tempo de parar e pensar o que realmente tinha acontecido, só tive que seguir em frente sem pensar. Havia acabado de beijar a mulher que eu amava e tinha entrado no avião do meu pior inimigo... Caveira Vermelha, antes de irmos a luta e acabar como todos sabemos que acabou, tive que ficar escondido um tempo na parte de cargas do avião... Foi lá que tudo veio a Tona - Paro de falar um pouco e olho para Natasha que tinha os olhos fixos em mim prestando atenção - Eu era só um garoto franzino, sem expectativas, que não tinha nada de especial...

-Só seu coração... -Natasha diz.

Dou um sorriso e continuo - só um garoto franzino com boas intenções... Foi naquele avião que eu percebi tudo o que havia acontecido... Eu ganhei esperança, eu ganhei a oportunidade de fazer algo bom, graças ao soro do Super Soldado me tornei o Capitão América, estar naquele avião era o que me fazia acreditar que a morte de Bucky havia valido a pena. - Paro um pouco para tomar mais um gole de água. - Bucky morreu acreditando em mim, acreditando que eu, o seu amigo desde criança podia fazer a diferença, eu não ia decepcioná-lo... Depois que sai da parte de cargas do avião não tive outro momento para pensar... a não ser quando o avião estava caindo...

-Foi nessa hora que falei com Peggy pela última vez, nós marcamos uma dança quando aquilo acabasse -Falo sorrindo ao me lembrar - Nós dois sabíamos como aquilo acabaria mas achamos melhor ignorar tudo aquilo e pensar que haveria uma próxima semana... Sabe Nat, não me apaixonei por muitas mulheres na minha vida toda, na verdade foram só duas...

-Duas? -Pergunta Natasha. -Peggy e quem?

-Como eu estava dizendo... Nunca vou esquecê-la sabe, claro que não a amo mais mas ela me ensinou que eu não precisava ser forte para vencer brigas, não precisava ser grande para alcançar grandes objetivos, eu só precisava ser eu mesmo, e sendo eu mesmo com um pouco de esforço poderia fazer grandes coisas.

-Quando o avião caiu eu não "morri" instantaneamente... Esse intervalo de tempo me deu outros preciosos minutos pensando. Dizem que quando se esta morrendo um filme da sua vida passa instantaneamente na sua cabeça, é verdade, vi minha mãe e cuidando de mim, vi meu pai jogando bola comigo, vi Bucky e eu correndo para sorveteria depois da escola... vi tudo.

-Quando acordei... Me contaram que a guerra tinha acabado e que tínhamos vencido... Me contaram que eu tinha salvado os Estados Unidos... Mas quando me disseram quanto tempo havia passado, a única coisa que queria era voltar a 1945... Para poder passar um minuto sendo Steve Rogers... Só Steve, nada de Capitão e nem todos esses títulos. Mas tudo isso passou quando conheci vocês, na nossa missão em NY percebi que eu também era útil aqui e que todos os que já acreditaram em mim, que confiaram em mim, ficariam orgulhosos vendo que eu ainda continuaria o que eles começaram... -Suspiro- Obrigado por me ouvir Nat... -Olho para Natasha e vejo que sua cabeça está apoiada na bancada e que ela dormia.

-Pelo menos te ajudei a dormir... - me levanto, seguro ela e caminho até seu quarto, a coloco na sua cama e a embrulho com um cobertor.

-Desculpa Steve... Amei sua história de guerra - Ela murmura, sorrio, beijo a testa dela e saio em direção ao meu quarto pensando que não foi ruim o que me aconteceu... foi bom... por que a partir dai conheci minha nova família... Os Vingadores.

Fim ^^