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Taemin nunca foi um grande guerreiro, com armas ou em luta. Ele era bom com facas e arco e flecha, só.

Sinceramente ele não sabe porque decidiu ir na caçada com os outros, simplesmente foi, sem pensar - uma coisa que ele faz muitas vezes, agir sem pensar é a coisa dele - e agora estava perdido e sozinho. Ele até podia gritar pelo o nome dos companheiros mas nunca se sabe o que está à espera dele,podia ser atacado por um animal selvagem ou até mesmo um Skykru, e isso era o que ele menos queria.

Então com um suspiro cansado, Taemin começou a andar lentamente tentando achar algo familiar. Depois de 10 minutos de caminhada, Tamein parou e frustrado bufou.

Ele só queria nunca ter aceitado sair para caçar. Ele nem era bom nisso.

Taemin levantou a cabeça olhando para os céus e reparou que não muito longe de onde estava, uma grande fumaça cinza subia pelo ar. Curioso se perguntou o que era e sem perceber andou lentamente até ao local, e foi quando lá chegou que ficou chocado.

Estavam todos mortos.

A vila estava em chamas.

Crianças, mulheres, homens jaziam mortos no chão e todos com uma expressão horrorizada.

Taemin engoliu seco e fechou os olhos fazendo com que as lágrimas que estavam presas saíssem sem controlo. Lentamente andou até ao centro da vila e olhou à volta perturbado,havia mulheres e crianças com menos de 8 anos sem roupa e Taemin não conseguiu segurar o vomito que lhe subiu à garganta.

Depois de vomitar o que comeu ao almoço, Taemin fez careta com o gosto ruim da sua boca mas deixou de lado, era capaz de vomitar de novo com o cheiro de podridão.

Decidiu ver se achava alguma pista para depois reportar o acontecimento ao pai.

Foi então que reparou que uma das crianças segurava algo e curioso se abaixou e viu que era um boneco velho de pano. Taemin suspirou e mais uma lágrima desceu pelo seu rosto delicado.

Ele se levantou e olhou em volta mais uma vez e antes que pudesse dar um passo sentiu uma pressão na sua cabeça e zonzo foi caindo no chão, com a consciência quase a se esvaziar semicerrou os olhos e viu sombras e vozes ecoando antes de desmaiar totalmente.


(...)


Vozes exaltadas se misturavam, umas tentando falar mais altas que outras.

O conselho estava uma confusão. A mesa redonda de pedra sofria com o socos que levava dos homens enfurecidos, eles nem se apercebiam que eram observados.

Kai estava sentado relaxada-mente na sua cadeira com as mãos entrelaçadas e apoiadas no queixo, só observando, os gestos das mãos que acompanhavam as palavras agressivas. JongIn olhou para o seu marido encontrando seus olhos apreensivos, com um suspiro olhou em volta vendo o mesmo sentimento nos olhos dos companheiros dos outros.

Farto do barulho Kai se levantou e bateu com ambas as mãos com força na mesa, calando os outros imediatamente. JongIn respirou fundo e na mesma posição olhou nos olhos de cada um na sala.

- Não sei se perceberam mas falando uns em cimas dos outros não é um boa ideia e ninguém percebe nada. - eles estremeceram com a voz fria e sem emoção de Kai. - Então vamos por partes resolvendo os problemas de cada um, entendido? - assentiram e Kai se voltou a sentar pegando na mão de Kyung para se acalmar, passando a fazer círculos e desenhos na pele delicada.

- O que está a acontecer exatamente? Park?

- Uma das minhas vilas foi atacada e eu tenho a certeza que foram os filhas da puta dos Jung. Já não basta o que aconteceu ao... - se interrompeu e olhou com fúria para os referidos.

Revolution | 2minOnde histórias criam vida. Descubra agora