Revolution | 2min

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Se passaram duas semanas pelo que Taemin entendia. "Key" já era prisioneiro à mais tempo, tinha mais "experiência" em não se perder nos dias.

Desde a sua fuga ninguém tem tentado falar ou mexer com ele. Acho que perceberem que ele era mais perigoso do que aparentava.

Taemin recebia uma refeição de manhã, jantar e à noite. Só ai ele via alguém, mas de resto nem um piu ao pé dele. A sua única companhia era Key, sem ele o adolescente daria em doido. Aos poucos eles foram criando uma estranha amizade, e foi assim que Taemin descobriu como Key foi parar naquele lugar.

Com surpresa descobriu que ele era parte do clã Park e que era marido do filho do líder.

Park Jonghyun.

Ele foi apanhado de surpresa num ataque na sua vila, estava a empacotar o resto dos seus pertences quando foi capturado, ia se mudar para a casa do marido.

Mas o pior não foi isso.

O pior foi que ele estava grávido. Pouco tempo depois perdeu o bebe devido à falta de alimento, stress e higiene. Jonghyun nem chegou a saber que ia ser pai.

A essa altura Taemin já derramava lágrimas junto a Key, e em sinal de conforto deu a sua mão e os dois ficaram com as mãos entrelaçadas.

Taemin acabou por contar a sua vida a Key e contou algumas histórias engraçadas da sua infância para descontrair o clima.

- Key?

- Hm.

- Como é ter um companheiro? Ter a marca de alguém em si e encontrá-lo? - perguntou baixinho com medo das suas palavras.

- Como você sabe que eu tenho um predestinado?

- Eu vi a marca na sua mão.

- Bem, eu não sei como explicar o sentimento. - suspirou e sorriu doce. - Digamos que é tudo o que você podia esperar e mais. Jonghyun para mim é tudo, e é por ele que eu tenho aguentado este inferno. Sabe no inicio eu não aceitei...pensava que era uma obrigação, que só porque a marca era a mesma nele e em mim eu era "obrigado" - fez aspas com as mãos - a estar com ele.

- Mas não é? Digo, uma obrigação.

- Não, na verdade a marca simplesmente nos poupa de corações partidos e decepções. Mesmo que não existisse esta coisa de marca, Jonghyun seria a minha escolha, e eventualmente os nossos caminhos iriam se cruzar. Tenha os seus pais por exemplo, a história deles sempre será uma inspiração. - finalizou sorrindo.

- Sim, acho que sim.

Taemin fez menção de falar mas foi interrompido pelo barulho da porta se abrindo. Um homem por volta dos 30 andou até Taemin e o pegou pelo braço.

- O que você vai fazer com ele? - gritou Key, mas os dois já tinham saído.

O homem andava apressadamente à sua frente e Taemin tentava acompanha-lo com medo do que estaria à sua espera.

E nada o preparou para o que estava para ver.

À sua frente um exército de Grounders se estendia, e com o seu Appa na frente. Aí estava o grande guerreiro que ele ouvia falar em histórias e que nunca presenciou até agora. Se o seu pai for o terço do que falam nas histórias, Skykru não tem chance.

Do outro lado, Kai se enfurecia com o estado de seu filho. O seu garotinho não merecia que nada lhe acontecesse.

Se queriam briga, brigam vão ter.

Não há ninguém que pare Kai de ter o seu filho nos seus braços outra vez. E ele teria a certeza de arrancar a cabeça do animal que tocou no seu filhote.