PRÓLOGO

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Eu nunca fui uma pessoa que se encaixaria em um perfil considerado normal. Sempre gostei da destrutiva, porém embriagante sensação de liberdade proporcionada por festas regadas a drogas de todos os tipos e formatos, assim como cintilantes garrafas coloridas de bebidas alcoólicas, cujos sabores se misturavam quando dois amantes trocavam um beijo apaixonado. Além disso, também amava as companhias que eu poderia encontrar nesse tipo de ocasião, tão efêmeras quanto a transição da noite para o dia. Nunca quis amigos reais, a idéia de compartilhar partes da minha vida com outras pessoas me deixa apreensiva, deve ser estressante, ter que dar justificativas a respeito dos seus atos e decisões quase que obrigatoriamente, pois, caso contrário, você será taxado de antissocial esquisito. Não gosto de ter esse tipo de expectativa em meus ombros, o meu círculo familiar já é o bastante. Atualmente com 21 anos, não alcancei objetivos gratificantes, o que, consequentemente, faz de mim uma vergonha perante os meus familiares, como eles fazem questão de me lembrar praticamente todos os dias. Diante deste cenário caótico e disfuncional que é a minha vida, eu sempre me pergunto: O que mais pode dar errado?

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