Parceiro

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- Não acredito que eu apaguei novamente.

Resmunguei para mim mesma.

Mordi um pedaço de pão que encontrei em minha mochila. Yuri havia me levado para uma caverna e acendido uma fogueira quando eu estava desacordada, eu estava feliz por aquele frio horripilante ter passado, mas estava ficando realmente quente ali.

- Então.. Você não se lembra de nada?

Engoli em seco. Eu realmente não lembrava de nada. Pelo visto meu nome era Samantha, mas era tudo o que eu sei, tirando o Jake é claro.

- Não exatamente, eu sei de algumas coisas... Como que você é bem suspeito.

Ele fez uma careta, pude sentir gotas de suor no meu pescoço.

- É, digamos que quando nos conhecemos não fomos com a cara um do outro.

Dei uma outra mordida na maçã e ficamos em silêncio, a única coisas que fazia barulho era o trepitar do fogo.

- Mais cedo você falou de Rastreadores, o que é isso? Quando ouço esse nome meu corpo fica em alerta, eu sinto que eles não são bons. E também o que é que eles rastreiam?

- Pessoas. Mais especificamente nós.

Franzi o cenho confusa, ele deu um logo suspiro e me encarou com olhos triste e tão profundos que poderiam estar enxergando minha alma e todos os defeitos dela.

- Há quase um século a raça humana sofreu algumas mutações, não na aparência como nascer aleijado ou algo dos tipo. Eram mutações onde poderiam só com a força da mente estraçalhar alguém ou algo, cada coisa que antes era impossível se tornava possível, é claro que tinha variações e não era toda pessoa que nascia assim. Só os marcados com isto. - Ele levantou a mão esquerda e apontou para atrás da  sua orelha esquerda que continha uma marca de nascença, parecia o desenho de um sol, mas invez da bola no centro havia algo parecido com três "c" um dentro dos outro.

- No começo os cientistas ficaram loucos com a descoberta e é claro que queriam entender isso, as nações então... Com isso geraram várias guerras, então a igreja determinou que estas pessoas marcadas eram filhos do demonio, pois um ser humano normal não havia nem um tipo de poder como aquele. Então começou as.caçadas, mercadores se ofereciam para ir atrás dos marcados em troca de uma boa quantia de dinheiro, então no ano de 5096 no dia 22 de fevereiro o inferno começou realmente para nós. Pessoas eram arrancada de famílias, pessoas de alto escalão eram caçadas só por serem diferentes, pessoas que antes eram gentis olhava com desprezo para qualquer um que era diferente...

Meu corpo tremia contra minha vontade, o suor descia pelo meu rosto. Eu ia apagar novamente?

- Ei mamãe, quem são eles?

Perguntei assustada, estávamos no porão nós escondendo. Podia ouvir claramente o barulho dos seus pés no assoalho. Uma mulher de expressão gentil me segurou em seus braços.

- Shh tudo vai ficar bem...

Ela retirou uma das mechas ruivas do meu rosto e beijou minha testa, fechei os olhos e ela começou a cantarolar uma canção de ninar comigo em seus braços.

Dei um longo arqueijo e percebir o quanto eu tremia.

- Você está bem?

Olhei pra Yuri que havia vindo para meu lado e segurava meus ombros evitando que eu caisse.

- A-Acho q-que sim... Eu tive uma lembrança..

Yuri arregalou os olhos e seu toque ficou mais forte.

- De que você lembrou?

- Algo de quando eu era pequena, quando uns mercenários invadiram minha casa.

Instantâniamente ele relaxou e afrochou o aperto em meus ombros. Deixei bem gravado em minha memória esse comportamento suspeito.

- Ah, certo.

- Então, quando vamos encontrar Jake?

Ele largou meus ombros e foi para perto do fogo. Agora que ele tinha me soltado percebir que aonde ele tocou estava realmente muito quente.

- Hm, bem talvez demore, os mercenários nós atrasaram e bem... Desviamos um pouco do  caminho.

- Mas podemos voltar não é? Não é como ele vai sair deu lá.

- Na verdade.. Ele vai sair sim, el.. Nós, mudamos de local a cada lua cheia.

- E quando vai ser?

Yuri fez uma careta.

- Daqui uma semana.

Franzi o cenho. Tinhamos tempo não..? Ele pareceu ler meus pensamentos e disse:

- Irá demorar pelomenos uns oito dias, os mercenários nos atrasaram muito.

Engolir em seco.

- Vamos começar logo, tempo é precioso.

- Estamos no meio de uma floresta deu noite, provavelmente vamos ser comidos por algum animal silvestre.

- Mas nós precisamos, não existe ninguém preciso para você lá? Eles vão embora! Então vai ser impossível ver eles novamente não é? Até eu que perdi a memória sei disso!

Gritei com raiva e preferia não ter feito. Yuri assumiu uma expressão sombria o fogo que antes estava pequeno subiu mais do que o normal tornando o calor insuportável, pude sentir minhas pernas tremerem, mas não movi um músculo.

- É você está certa, vamos.

Com um sorriso malicioso no rosto, Yuri saiu da caverna trazendo no mesmo instante um vento forte o bastante para apagar o fogo.

Divisão ZeroWhere stories live. Discover now