Chapter Five.

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"I was stumbling, looking in the dark with an empty heart. But you say you feel the same, could we ever be enough? Baby we could be enough!"

Doncaster, Inglaterra. 13 de Abril de 2015; 14:15 pm.

— Faz muito tempo. — o som de sua voz me fez recobrar a atenção para seu rosto. Sorri, abrindo os botões do terno para desliza-lo para fora do meu corpo. Amelia apontou com a cabeça para meu gesto, antes de voltar a falar. — Ficam melhores em você agora.

— Eu espero que sim. — ri baixo, virando-me pela primeira vez em sua direção. Céus, era como se nem um dia tivesse se passado. — Como andam as coisas, Amelia?

Ela deu de ombros.

— Corridas. — aproximou-se alguns passos, parando a poucos centímetros de mim. — E aí, Louis?

Franzi o cenho, fazendo-a sorrir. Eu estava bem, não estava? Minha aparência devia estar uma merda devido a noite mal dormida, mas eu estava bem. Ou algo próximo a isso.

— Estou bem. — murmurei, vendo o sorriso de Amelia sumir. Não era sobre isso que ela se referia. Eu sabia disso. Suspirei, me rendendo. — Me formei.

Ali estava. O sorriso radiante tinha voltado para seus lábios. Pude então constatar que ela ainda possuía o mesmo efeito sobre mim. Eu ainda queria dividir tudo com ela. Eu era um idiota. Um idiota frustrado.

— Fico tão contente! — sua exclamação soou verdadeira e no calor do momento, seus braços envolveram meu pescoço. Meus dedos se tornaram tímidos ao tocar sua cintura, enquanto eu a ouvia rir. Um idiota frustrado e virgem de quinze anos. Amelia se afastou brevemente, quebrando o contato de nossos corpos. Eu ainda podia sentir sua respiração quente e eufórica batendo contra meu rosto. — Me desculpe por isso. — corou, atropelando-se nas palavras em seguida. — Meu Deus, Louis! Espero que você esteja feliz como eu estou!

— Já faz algum tempo. — murmurei envergonhado com a sua naturalidade.

— Não pra mim! - negou com veemência. — Precisamos comemorar!

Arregalei meus olhos, vendo-a se agitar na minha frente. Esperei que se acalmasse antes de prosseguir. Aquilo era uma ótima ideia, mas eu não tinha certeza se seria certo.

— Amelia, não acho que seja, — raspei a garganta, excitante. — Uma boa ideia.

— Por que não seria? — indagou. Pensei em responde-la, mas Amelia prosseguiu antes que eu o fizesse. — Sei que não tivemos uma boa despedida, Louis, mas éramos jovens e as coisas eram turbulentas demais entre nós dois.

Turbulentas. É, essa era a palavra certa. Nem mesmo nossos momentos românticos eram de perfeita paz.
Sorri para ela, lembrando-me brevemente do que Lottie disse. Eu não era mais um garotinho, era um homem adulto, com ideias formadas. O tempo havia passado, certo? Então porque ainda era tão difícil olhar para o seu rosto?

A resposta era límpida e cristalina e eu podia enxerga-la ainda com mais clareza naquele momento. Todos podiam.

— Você está certa. — dei voz aos meus pensamentos. — O que tem em mente?

Amelia soltou uma risada animada e eu fui obrigado a acompanha-la. Talvez, como Sophie tivesse dito na noite anterior, fosse hora de admitir o real motivo de eu ter voltado.

Doncaster, Inglaterra. 13 de Abril de 2015; 08:10 pm.

Uma noitada no Jock's era, provavelmente, tudo o que eu precisava. Harry estava eufórico do meu lado, enquanto esperávamos Sophie descer comAmelia.
Fazia cerca de dez minutos que ela tinha subido no apartamento para buscar a amiga e esse curto período de tempo serviu para Harry me metralhar com comentários aleatórios.

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