O encontro

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- vamos sentir saudades filha - minha mãe dizia enquanto me abraçava chorando - por favor tome cuidado, tenha juízo e se agasalhe!
Eu ri

- mãe relaxa, vai ser por pouco tempo - menti e beijei sua bochecha - e você garoto? Não vai me abraçar não? - disse pegando Arthur no colo.

- eu não quero que você vá - ele disse com a voz embargada e me abraçou forte

- calma meu anjinho... A tata logo volta - falo piscando para não chorar - se comporte hein?
Ele concordou e beijou minha bochecha. Coloquei Arthur no chão e foi a vez do meu pai me abraçar

- Ah minha gatinha... - ele me apertou mais forte no abraço - te amo, não esqueça de nós.
Não entendi o porque ele falou aquilo... Por que eu esqueceria deles?

# Atenção, todos com destino a capital, por favor se dirijam ao portão 2 #

Suspirei e me soltei do abraço de urso do meu pai, olhei pra minha família e sorri, dei as costas e fui em direção ao portão de embarque, trazendo minhas malas junto comigo

Ao sentar no avião senti uma sensação diferente, como se algo novo estivesse por vir... Mas logo me desliguei desses pensamentos e fiquei olhando a paisagem lá em baixo pela janelinha do avião... Tudo tão lindo, cheio de detalhes e mistérios... Ah como eu queria saber de todos esses mistérios...Não demorou muito e em meio as minhas ideias eu acabei adormecendo
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Depois de mais ou menos três horas de viajem eu acordei com o avião ja em terra firme e os passageiros se levantando.
Arrumei rápido meu cabelo que estava bagunçado, peguei uma pequena bolsa que havia trazido junto comigo e me juntei aos outros, na fila para sair.

A capital era simplesmente incrível! Eu nunca havia saído da minha província Círit, e ver algo tão diferente me deixou muito animada.
O clima era ameno, com uma leve brisa que fazia cócegas na minha pele, a província estava toda enfeitada com algumas bandeirinhas, esperando o desfile, e de longe, poderia escutar uma banda tocar músicas calmas em restaurantes.
Eu estava ansiosa para descobrir tudo da capital, os melhores lugares, as melhores escolas de dança, escolas, bibliotecas, fazer amizades... Tenho certeza que meus olhos chegavam a brilhar de empolgação.
Levantei o braço para chamar um táxi e ir para o hotel, quando alguém esbarrou em mim me fazendo cair no chão junto com minhas malas

- Aí! - gritei ao sentir uma dor aguda no meu tornozelo

- Oh meu Deus senhorita! Me perdoe - o sujeito disse. Eu não tinha visto seu rosto, por que este estava com um capuz, mas aquela voz... Já tinha ouvido antes.

- me deixe ajuda- la - ele disse se aproximando de mim e vendo meu tornozelo - ixi, acho que a senhorita esta com má sorte...Torceu seu tornozelo

- O que?! - falei com raiva - como vou dançar? Andar? Eu esto sozinha aqui!

- Irei te ajudar senhorita - disse amigavelmente me pegando no colo, mais ainda com o capuz cobrindo o rosto

- Ei! Espera ai, eu não te conheço, e se você for... Um louco? Psicopata?
Ele começou a rir andando comigo nos braços

- te garanto senhorita, não sou louco, se você ja teria feito várias coisas... Confie em mim, você não precisa saber quem eu sou... Não agora - ele disse de forma misteriosa e divertida ao mesmo tempo

Eu ja teria pulado do colo dele, ou começado a gritar, mais não sei por que... Ele me transmitia muita segurança e realmente parecia querer me ajudar, então continuei em seus braços quando ele entrou no meio se um floresta

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