Capítulo 8 - Klaus

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"As mentiras são necessárias quando a verdade é muito difícil de crer."

                                                                             - Pablo Escobar, Narcos


Apoio o queixo sobre a minha mão fechada, estava cansada. Meus músculos ardiam e eu não sabia o por quê. Observava a atenção de Jenna sobre o livro em sua mão, em uma fração de segundos ela levanta seus olhos.

- Aconteceu alguma coisa?- Jenna fecha o livro.

- Não. É que...- Suspiro alto.- Sinto que algo ruim vai acontecer.

- Meu amor, você esta bem aqui, está segura - Ela contrai os lábios e eu sorrio fraco- não se preocupe nada irá acontecer com você.

Ao anoitecer mando uma mensagem para Kira, Malia e Lydia. Precisava delas, elas iriam entender o que eu estava sentindo.

Eu: Meninas, o que vocês acham de nós fazermos uma festa do pijama hoje a noite?

Kira: Eu topo!

Lydia : Eu posso!

Malia : Não sei acho q ...

Eu: Vai Malia, se não eu vou te arrastar pra cá!

Malia : ta, eu vou tentar ir. - Podia sentir ela revirar os olhos.

Escuto batidas na porta. Jenna entra em meu quarto.

- Julie, vou sair para jantar. Quer vir comigo? - pergunta ela.

- Jenna, eu marquei com umas amigas minhas para virem aqui, daqui a algumas horas. - Falo desanimada. - Então, não vai dar.

- Tudo bem - Ela dá um beijo na minha testa - Vou me arrumar.

Jenna sai do quarto. Encosto a cabeça contra a parede e encaro a pilha de livros que se encontram na minha escrivaninha. Ando até lá e escolho um dos livros Romeu e Julieta, um clássico. Folheio-o , porém sinto o som agudo da campanhia invadir meus ouvidos. Desço os degraus em direção a porta e noto que a casa estava vazia. Abro a porta rapidamente. E vejo um homem, eu o conhecia só não sabia de onde.

- Quem é você? - serro os olhos desconfiada, mas ao mesmo tempo tensa.

- Filha.- Diz o homem calmamente.

- Filha? Impossível meus pais morreram. - Tento fechar a porta, mas o homem coloca o pé impedindo que a mesma se feche.

- Quem é você? - repito rispidamente.

- Sou Klaus Mikaelson.- Ele mantém a calma de antes.- Só quero conversar, filha.

- Eu não sou sua filha. - digo devagar.

- Deixe- me explicar - Diz ele e eu cruzo os braços , assentindo.

- Nós precisávamos que acreditasse que sua mãe e eu, estavam mortos. - Diz ele, sua voz soava melancólica - Seria muito perigoso você viver conosco, meus inimigos fariam qualquer coisa para matar você.

- E por que eu deveria acreditar em você? - Sinto meu coração disparar. E se isso for verdade?- Mas por que agora? Por que agora você aparece? - Não consigo  conter as lágrimas. Minha respiração está desregular - Eu passei a vida inteira pensando que você estava morto,e somente agora você aparece, dizendo que está vivo e que isso era para a minha proteção. Eu sofri muito.

- Eu também sofri, mas era para o seu bem, era para a sua proteção. E vim porque preciso lhe dizer uma coisa muito importante.- Diz ele e depois de um tempo continua. - Queria ser o primeiro a lhe contar isto. Você se transformará em híbrida na primeira lua cheia assim que completar dezoito anos.

Eu faria dezoito anos na próxima lua cheia, daqui a cinco dias. Tento recuperar o fôlego.

- Klaus! - minha voz treme. Ele havia desaparecido.

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