/Isaac Lahey/
- Só eu que acho que ela tá mentindo? - Lydia pergunta se direcionando a todos.
- Estranho, acho que ela está aprontando alguma coisa. - digo - Mas o que seria?
- Se foi uma "emergência familiar" o lugar mais provável dela estar é em sua casa, não acham? - Diz Stiles cruzando os braços, com cara de como se isso fosse o mais óbvio possível. - Então...vamos para a casa dela ?
- Boa, Stiles - Malia diz com um certo sarcasmo.
Todos nós assentimos e fomos para o jipe de Stiles seguindo para a casa de Julie. Assim que chegamos, tocamos a campainha e uma mulher de cabelos castanhos e olhos verdes que aparentava ter mais de quarenta anos, pelas rugas que surgiram em seu rosto quando sorriu a nos ver, abre a porta da casa.
- Olá, sou a mãe de Julie, meu nome é Jenna. - A mulher falou sorridente e depois de 2 segundos continuou - Vocês devem estar querendo falar com ela, não é?
- Sim, queremos falar com ela. - Diz Scott paciente - Ela está em casa?
- Não, ela deve estar na escola agora. - Jenna responde pensativa e nós nos entreolhamos.
- Sem querer ser indiscreto, mas aconteceu alguma emergência familiar por aqui? - Fala Stiles
-Que eu saiba não. - Jenna fala desconfiada e seu sorriso se desfaz dando lugar a uma expressão aflita. - Aconteceu alguma coisa com a Julie!?
- Não é que... - Stiles começa a falar mas é cortado por Isaac.
- É que nós havíamos marcado de sair. - Isaac sorri de lado - Mas não tem problema. Provavelmente ela deve ter esquecido e deve ainda estar na escola.
- Mas obrigada, nós já vamos indo. - Lydia fala.
- Por nada! Até mais! - Diz Jenna sorridente e fecha a porta.
- Onde ela devia estar?- Esse pensamento não saia de minha cabeça.
/ Julie Mikaelson /
Acordei em um salto assustada, percebo que estava em um lugar diferente , aparentava ser um galpão com quase nenhuma iluminação, mas iluminação o suficiente para perceber que uma silhueta se movimentava em minha direção. Meus olhos se acostumam com a escuridão e sinto um líquido quente molhar o meu pulso, me dou conta de que estava presa por correntes extremamente apertadas. Um grito agudo escoa de minha boca ao sentir meus braços e minhas pernas queimarem, as correntes estavam cobertas de verbena. Escuto uma voz se aproximar cada vez mais e ergo a minha cabeça, em um movimento rápido.
- Até que enfim acordou. - Escuto uma voz masculina carregada de deboche.
- Theo Reaken, seu desgraçado! - sinto o meu sangue ferver - Me solte!
- Não antes de você sofrer o que seu pai fez a minha pobre irmã sofrer! -Sua voz soa grave, invadindo todo o ambiente. - Ou seja, você já está morta.
-Você é mesmo um idiota se pensa que irá me mata- cuspo as palavras.
Theo caminha lentamente em direção a uma cortina velha e empoeirada, a puxando ferozmente deixando a luz invadir todo o cômodo , fazendo minha pele queimar e eu gemer de dor. Ouço as batidas do meu coração dispararem e engulo em seco.
- Está procurando por isso? - Diz arrogante segurando o meu colar e serro os dentes.
Respiro fundo e tento correr em sua direção na tentativa falha de quebrar as correntes, mas meu corpo se encontrava fraco e em chamas. Escuto uma voz conhecida mas não tinha forças para erguer minha cabeça.
...
- Filha? - Abro os olhos.
- Klaus?- Contraio as sobrancelhas e ele oferece sua mão para que eu possa me levantar.
Levanto-me cuidadosamente e avisto Theo, ele estava caído no chão. Seu corpo parecia sem vida mas logo escuto as batidas lentas de seu coração.
- Eu sei que ele é um idiota por ter me machucado... - respiro fundo - Mas ele fez isso para se vingar do que você fez com a irmã dele.
- Eu sei, não o matei.- ele contrai os lábios - Mesmo querendo muito o matar,porém sabia que você não iria me perdoar. Mas fiz questão de hipnotizá-lo, para assim que acordar, dar o fora dessa cidade.
- Obrigada, por não o matar e por ter me salvado. - exclamo - Mesmo sabendo que eu iria escapar daqui sem sua ajuda.
- Você está bem? - Pergunta preocupado
-Sim, meus ferimentos já cicatrizaram. - respondo mesmo ainda sentindo um pouco da dor infernal de alguns minutos atrás.
- Quer que eu deixe você em casa? - pergunta.
- Não, eu estou bem - cruzo os braços e ele respira fundo.
- Você ainda está fraca, vamos eu a levo.- Ele fala
- Não, eu já falei que estou bem. - Digo. - Sei me virar sozinha.
- Ainda está com raiva de mim? - Ele levanta as sobrancelhas.
- Mas é claro, você estava vivo esse tempo todo, me fez sofrer por achar que estava morto! E acha que não estou com raiva?! - Uma parte de mim estava feliz por mesmo depois de anos pensando que nunca veria meus pais novamente, descobrir que eles estavam vivos. Mas outra não aceitava o fato deles terem escondido isso de mim por anos.
- Eu a entendo. - ele retruca. - Mas só queríamos protegê-la.
-Tá, que seja. - reviro os olhos e caminho em direção a uma porta de ferro enferrujada que parece ser a saída daquele lugar infernal.
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The Other Side
DiversosA Mudança é necessária. Algumas são extremas, acompanhadas do desespero, outras são agradáveis acompanhadas da felicidade. A vida é passageira. Mas algumas coisas fazem questão em mudar. Julie não sabia em quem confiar todos a decepcionaram. Me...