Capítulo 12- Chained

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/Isaac Lahey/

- Só eu que acho que ela tá mentindo? - Lydia pergunta se direcionando a todos.

- Estranho, acho que ela está aprontando alguma coisa. - digo - Mas o que seria?

- Se foi uma "emergência familiar" o lugar mais provável dela estar é em sua casa, não acham? - Diz Stiles cruzando os braços, com cara de como se isso fosse o mais óbvio possível. - Então...vamos para a casa dela ?

- Boa, Stiles - Malia diz com um certo sarcasmo.

Todos nós assentimos e fomos para o jipe de Stiles seguindo para a casa de Julie. Assim que chegamos, tocamos a campainha e uma mulher de cabelos castanhos e olhos verdes que aparentava ter mais de  quarenta anos, pelas rugas que surgiram em seu rosto quando sorriu a nos ver,  abre a porta da casa.

- Olá, sou a mãe de Julie, meu nome é Jenna. - A mulher falou sorridente e depois de 2 segundos continuou - Vocês devem estar querendo falar com ela, não é?

- Sim, queremos falar com ela. - Diz Scott paciente - Ela está em casa?

- Não, ela deve estar na escola agora. - Jenna responde pensativa e nós nos entreolhamos.

- Sem querer ser indiscreto, mas aconteceu alguma emergência familiar por aqui? - Fala Stiles

-Que eu saiba não. - Jenna fala desconfiada e seu sorriso se desfaz dando lugar a uma expressão aflita. - Aconteceu alguma coisa com a Julie!?

- Não é que... - Stiles começa a falar mas é cortado por Isaac.

- É que nós havíamos marcado de sair.­ - Isaac sorri de lado ­- Mas não tem problema. Provavelmente ela deve ter esquecido e deve ainda estar na escola.

- Mas obrigada, nós já vamos indo. - Lydia fala.

- Por nada! Até mais! - Diz Jenna sorridente e fecha a porta.

- Onde ela devia estar?- Esse pensamento não saia de minha cabeça.

/ Julie Mikaelson /

Acordei em um salto assustada,  percebo que estava em um lugar diferente , aparentava ser um galpão com quase nenhuma iluminação, mas iluminação  o suficiente para perceber que uma silhueta se movimentava em minha direção. Meus olhos se acostumam com a escuridão  e sinto um líquido  quente molhar o meu pulso, me dou conta de que  estava presa por correntes  extremamente apertadas. Um grito agudo escoa de minha boca   ao sentir meus braços e minhas pernas queimarem, as correntes estavam cobertas de verbena. Escuto uma voz se aproximar cada vez mais e ergo a minha cabeça, em um movimento rápido.

- Até que enfim acordou. - Escuto uma voz masculina carregada de deboche.

- Theo Reaken, seu desgraçado! - sinto o meu sangue ferver - Me solte!

- Não antes de você sofrer o que seu pai fez a minha pobre irmã sofrer! -Sua voz soa grave, invadindo todo o ambiente. - Ou seja, você já está morta.

-Você é mesmo um idiota se pensa que irá me mata- cuspo as palavras.

Theo caminha lentamente em direção a uma cortina velha e empoeirada, a puxando ferozmente  deixando a luz invadir todo o cômodo , fazendo minha pele queimar e eu gemer de dor. Ouço as batidas do meu coração dispararem e engulo em seco.

- Está procurando por isso? - Diz arrogante segurando o meu colar e serro os dentes.

Respiro fundo e tento correr em sua direção na tentativa falha de quebrar as correntes, mas meu corpo se  encontrava  fraco e em chamas. Escuto uma voz conhecida mas não tinha forças para erguer minha cabeça.

...

- Filha? ­- Abro os olhos.

- Klaus?­­- Contraio as sobrancelhas e ele oferece sua mão para que eu possa me levantar.

 Levanto-me cuidadosamente e avisto Theo, ele estava caído no chão. Seu corpo parecia sem vida mas logo escuto as batidas lentas de seu coração.

- Eu sei que ele é um idiota por ter me machucado... - respiro fundo - Mas ele fez isso para se vingar do que você fez com a irmã dele.

- Eu sei, não o matei.­- ele contrai os lábios - Mesmo querendo muito o matar,porém sabia que você não iria me perdoar. Mas fiz questão  de  hipnotizá-lo, para  assim  que  acordar, dar o fora dessa cidade.

- Obrigada, por não o matar e por ter me salvado. - exclamo - Mesmo sabendo que eu iria escapar daqui sem sua ajuda.

- Você está bem? - Pergunta preocupado

-Sim, meus ferimentos já cicatrizaram. - respondo mesmo ainda  sentindo um pouco da dor infernal de alguns minutos atrás.

- Quer que eu deixe você em casa? - pergunta.

- Não, eu estou bem - cruzo os braços e ele respira fundo.

- Você ainda está fraca, vamos eu a levo.- Ele fala

- Não, eu já falei que estou bem.­ - Digo. - Sei me virar sozinha.

- Ainda está com raiva de mim? - Ele levanta as sobrancelhas.

- Mas é claro, você estava vivo esse tempo todo, me fez sofrer por achar que estava morto! E acha que não estou com raiva?! - Uma parte de mim estava feliz por mesmo depois de anos pensando que nunca veria meus pais novamente, descobrir que eles estavam vivos. Mas outra não aceitava o fato  deles terem escondido isso de mim por anos.

- Eu a entendo. - ele retruca. - Mas só queríamos  protegê-la.

-Tá, que seja. - reviro os olhos e caminho em direção a uma  porta de ferro enferrujada que parece ser  a saída daquele lugar infernal.

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