Emicida e Rael da rima

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Num É Só Ver

Emicida (part. rael da rima)

(...)

Uns passam aqui e buzinam,
Outros param e cumprimentam
Também, dou maior valor pra qualquer um
Pras tiazinha, pro careta e pros manos que fya bun
Não importa a idade, o sotaque, a cidade
Se é preto ou branco, se tem ou não tatuagem
Ah se toda empresa fosse asim

Me aceitasse como eu fosse e não reparasse em mim
Repararam e vi que me julgaram, mas só me enrolaram
E nunca me chamaram
Igual você, gosta de julgar a aparência
Nem parou pra conversar, não teve essa competência
Mas tu mudou, não sei por quê?
Será que foi aquela fita que eu fiz de tv
Pra tu ver, você se asustou, né, do som até gostou
Aquele é o filho do zé, e a porra do cd quer
Pois é... é cinco conto

Não é só ver e julgar (tem que colar, tem)
Tem que ser (tem que ser) pra se misturar
Aí vai ver que é nois
Que o rap é voz, que o reggae é voz e o samba
Vai entender de nois,
Não só falar de nós porque você com nós nem anda.


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