Capítulo 7

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- Vai falar com ela. - falei

- Ta bem ... - ele levantou e saiu

  Desci pra sala e fiquei observando a Olivia cozinhar.

- O que foi querida ? - ela perguntou sorrindo

- Você é tão incrível Olivia. Me admira nunca ter tido filhos ... -falei

- Mas eu tenho haha. - fiquei surpresa

- E onde ele está ? - perguntei

- Fazendo sua vida em algum lugar do mundo. - ela disse

- Nossa ... eu sinto muito.

- Mas, eu tenho vocês todos, que são minhas crianças também. - ela disse enquanto colocava tempero na comida

- E eu te amo muito por isso. - falei a abraçando

- Haha, eu também te amo querida.

- Pra que é aquele bolo ali ? - perguntei olhando pra mesa

- Pro Valter. Ele vai fazer uma festa amanhã no reformatório e eu vou. - ela sorriu

- Posso ir ? -ela me olhou e me analisou uns segundos

- Por que quer tanto ir pra lá ? - perguntou desconfiada

- Ah, eu não trabalho nem estudo mais... isso me dá muito tempo livre e eu nunca fui a uma festa. Eles não vão me machucar lá dentro, disso eu sei. - falei tentando soar convincente

- Ta bem, você pode ir.

- Oba! - suspirei.  - Hã .. e eu não vou ficar longe do Bryan. - comentei em voz baixa

- Não fique. Valter é muito cauteloso e ele tem medo de que algo aconteça à você... por estar cercada de criminosos. Mas Bryan realmente melhorou e se fosse fazer algo com você, já teria feito. - fui até ela e dei um beijo estralado na bochecha e segui pro quarto para escolher uma roupa.

(...)
- Querida, cheguei ! - meu pai gritou lá de baixo e eu fui correndo

- Paaaaaai ! - pulei em seu colo e o abracei. Sim, eu era louquinha assim mesmo

- Como foi o seu dia ? -ele perguntou

- Normal, normal. - desci do seu colo. - Cadê a Carmem ? - perguntei olhando pra porta

- Ela teve um imprevisto e não vai poder vir hoje.

- Ah eu lamento .. - falei

- Tudo bem.

- Venham comer ! - Olivia gritou e logo, todos estávamos reunidos na mesa.

- Está uma delícia Senhora Olivia. - meu pai disse, degustando o frango

- Obrigada querido. - ela disse satisfeita

- E aí Tereza, vai fazer o que hoje ? - perguntei

- Nada. Talvez assistir um filme. - Paulo sorriu.

- E aquele seu namoradinho ? - meu pai perguntou

- Terminamos. Ele não era a pessoa certa pra mim. - ela bebeu suco

- Está certíssima. - Paulo comentou

- Mas diferente do meu irmão, quando eu ligava pra ele me buscar, ele ia. - todos ficaram quietos

- Mas diferente dele, seu irmão trabalha, não fica usando drogas. - ela o olhou e eu bebi uma golada do suco

- MAS TAMBÉM ATENDE O CELULAR E SE IMPORTA COMIGO ! DIFERENTE DE VOCÊ NÉ, QUE SÓ QUER SABER DA RAVENA. PARECE QUE ELA É SUA IRMÃ, NÃO EU. VOCÊ QUER TER UMA IRMÃ PERFEITINHA QUE FAÇA TUDO O QUE VOCÊ QUER ! MAS DEIXA EU TE FALAR UMA COISA, VOCÊ NÃO VAI TER UMA IRMÃ PERFEITA PORQUÊ NINGUÉM É PERFEITO E ME DESCULPA POR SER ESSE FARDO QUE VOCÊ TEM QUE CUIDAR PAULO. - ela levantou da mesa e saiu pra rua

- TEREZA !! - ele gritou

- Quer que eu vá atrás dela? - perguntei

- Você não vai a lugar nenhum Ravena. - meu pai disse

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