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Eu já havia entrado em uma escola. Mas elas eram doces, cheias de desenhos e cores vivas. Isso é uma novidade para mim. Eram pessoas cheias de determinação, ao que parece, determinação pra fazer de você, picadinho. Seus punhos cerrados, sorrisos desafiadores e nada convidativos. Eu percebi o como andam em bandos, mas mesmo assim, era cada um por si. A Seyfarth me levou até uma sala, com uma porta marrom e três estrelas douradas. Ela abriu a porta, me trouxe pra dentro, mas não ficou comigo. Lá dentro eu encontrei uma mulher, ao menos, com cabelo curto e grisalho, extremamente forte e um olhar que me analisava da cabeça aos pés.
- Bem vinda a Titanium Force, senhorita Price.
Eu não sabia se deveria agradecer naquele momento, eu acho que ninguém faz favores assim de graça. Eu não sabia o que eles queriam de mim, mas de qualquer forma, eu teria morrido, então...
- Obrigada - disse tentando saber o que aquela aparência tão fechada na verdade queria dizer - É, hum, Titanium Force?
- É aqui onde estão os desconhecidos, os abandonados, os que enlouqueceram.
- E eu seria exatamente o que nesses grupos? - Perguntei, estranhando muito tudo isso.
- Alguém especial nos mandou cuidar de você.
- Quem?
- Não é por quê algo existe, que você deveria saber.
Eu estava prestes a enfrentá-la, como eu não poderia saber? Se eu ainda tinha alguém por mim, eu deveria saber sim. Mas de repente, algo me chamou a atenção. As sombras, elas estavam ali, em meio às árvores, do outro lado da janela. E eu não podia mais fugir, era absurdo. Elas estavam comigo na torre, e se me seguiram até aqui, tem algum motivo.
Tudo bem - disse sem pestanejar, eu só queria sair dali.
Foram bons minutos correndo a escola, procurando um meio de sair, eram tantas grades, tantos muros e corredores. Todo aquele tempo, eu pensei no que ela havia dito: Desconhecidos, abandonados, loucos... O que isso podia significar? E quem podia estar cuidando de mim? E essa pessoa, se se importa tanto, por quê me deixou crescer na tormenta?
Mas, antes que todas as dúvidas me consumissem, eu finalmente achei uma fuga. Ótimo, a saída de esgoto. Eu já estava ali, não tinha como fugir. Ok, calma, é uma chance de ver o que há lá fora. E sim, eu realmente fiz aquilo. Dos poucos odores que eu já havia sentido, já tinha certeza de que aquele era o pior que eu sentiria (pelo ou menos era o que eu achava - mas essa é uma história pra depois), e finalmente, fora daquela selva. Eu corri para um riacho que havia ali perto, e então joguei toda água possível em mim. E aquele momento, foi um dos primeiros momentos bons que eu jamais esqueceria. Sentir aquela água tão clara cair sobre mim, olhar para floresta, aquelas árvores altas e cheias de vida, ouvir o canto dos pássaros, naquele instante, eu me senti livre de verdade. Eu era só uma garota, não havia passado 10 anos numa torre, muito menos havia sido ferida, jogada de 975 metros e escapado pelas mãos de seja lá o que aquilo for.
Mas uma hora, eu tive que lembrar do meu verdadeiro objetivo, sair dali e me concentrar no que eu havia visto. Dessa vez, eu não estava com medo, eu tinha que enfrentar. Corri até as florestas, e vi várias sombras, de algum jeito, elas me guiaram a até uma caverna, e lá uma delas me esperava, eu toquei nela, e meus caros, eu não esperava por aquilo...

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⏰ Última atualização: Jun 20, 2016 ⏰

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Ready To Fire, Ready To FightOnde histórias criam vida. Descubra agora