2012 : bebê a vista

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Evan's pov

Era férias de inverno em Liechtenstein.
Desde que voltei da França, tudo estava tão calmo.
Ouço o telefone do intrrfone do palácio St. Louis soar.
Um dos guardas, Alexander, atendeu.
- Sim? - perguntou ele.
Tento ouvir com muito cuidado a resposta de quem está na linha.
Se fosse um jornalista de um tablóide, eu estaria ferrado.
- Vim falar com Evan.- disse uma voz feminina.
Pelo tom de voz no interfone , percebo que é Marianne, minha namorada de 4 meses.
O que ela quer falar comigo? , pergunto me mentalmente.
- deixe-a entrar.- digo para o guarda.
Alexander atendeu meu pedido eficientemente.
Os guardas reais têm de ser muito eficientes para atender pedidos.
Isso é, se não quiserem perder o emprego que meus pais, os reis do país, ofereceram.
Espero Marianne vir ate mim para conversar.
Têm de ser algo que ela quer dizer para você. Algo que faz você pinicar de medo, disse meu inconsciente, me alertando.
- Amour. - disse ela em francês antes de me beijar.
Os guardas e os criados nos dão privacidade.
Ninguém iria querer velas por perto quando você está namorando.
Retribuo o beijo antes de iniciar a conversa.
- Você disse que têm alguma novidade para mim. O que é? - pergunto a ela.
Marianne me olha antes de responder minha pergunta.
Ela analisava minha reação para saber como eu receberia a notícia inesperada.
- Estou esperando. - eu disse a minha namorada.
Então, relutante, Marianne suspira antes de dizer as palavras impossíveis que assustariam um homem como eu.
- Eu estou grávida. - disse ela.
Meus olhos esbugalharam ao ouvir o que a minha namorado modelo francesa disse.
Meu inconsciente desmaiou de susto.
- Você... o que? - perguntei, chocado.
Ela podia ver o pavor em meus olhos.
Meu Deus. Como eu vou contar aos meus pais que eu serei pai?
Eu tenho 23 anos. Pelo amor de Deus!
Sou novo demais para ser pai.
- Eu estou gravida. - repetiu mecanicamente Marianne.
Encaro horrorizado a barriga minúscula dela, que logo ficará grande nos próximos meses.
Eu sabia que pela a lei da realeza Liechtenstein, que filhos bastardos fora do casamento real não teriam direito a título nobre e nem mesmo a coroa de rei ou rainha quando seu genitor ou genitora falecer.
Não acredito que a Marianne quebrou a preciosa regra que eu realmente seguia!
Quando eu penso nos meus pais e toda a Vaduz... posso ouvir as fofocas vindo dos tablóides agora mesmo.
- tu esqueceu a pílula anticoncepcional, foi?- grunhi, irritado.
Marianne assentiu, se desculpando.
Droga! Mulheres e seus desastres nada elegantes!
Outro pavor me assombra: a reação das minhas Bachelorettes se elas souberem que sou pai de uma criança fora do casamento.
Acho que Kaya, minha amiga de infância, que voltará no final deste ano, não vai gostar nadinha de saber esse fato.
- Sinto muito, Evan. - disse Marianne.
Olho para ela , ainda fulo da vida.
Será que eu devo terminar meu namoro com a francesa?
Sim! Você deve! , rosnou meu inconsciente.
Suspiro pesadamente e encaro Marianne.
- Olha, não posso continuar namorando você por causa do nosso bebê. Vou enviar ajuda financeira para ele ou ela. Sinto muito. - eu disse a ela.
Vejo lágrimas saírem do rosto dela.
E Marianne me bate no peito, com raiva de mim.
- Você é idiota, Evan. Rezo para que sua Escolhida no seu reality show de namoros perceba que pai de uma criança minha e te rejeite humilhantemente. - grunhiu.
Fico surpreso com a fúria dela.
Nunca lidei com mulheres excessivamente furiosas.
- E mais: você conheceu o amor verdadeiro a sete palmos e o deixou ir.- continuou ela antes de sair.
Observo Marianne ir para a porta e ir embora.
Parabens, Evan!
Por ser pai de um bebê real bastardo mais idiota.

Dilemas Da Realeza: a Vida Depois De Terminar Com Um PríncipeOnde histórias criam vida. Descubra agora