Cheguei na minha casa, brinquei um pouco com spike, meu cachorro, abracei meus pais, subi e Me joguei na cama, coloquei um som alto e comecei a refletir sobre o que tinha acabado de acontecer.
Será que era só isso que ele queria desde o começo? Eu fui uma ridícula? Eu não conheço Luan direito? Eu estou esperando demais dele? Durante 30 minutos as respostas para essas perguntas não chegaram.
Resolvi por a mesma roupa fresca que eu usei mais cedo e ouvi a campainha tocar, minha mãe estava lavando a louça e meu pai já estava deitado, desci correndo antes que o spike começasse a correr atrás da pessoa.
Não passaram 5 segundos e o spike começou a latir e a pessoa começou a tocar a campainha repetidamente. Abri a porta e era Melissa
- Droga! Por que esse pastor alemão não gosta de mim? - Disse Mel com os braços cruzados
- Tá fazendo o que aqui há essa hora? - eu disse rindo
- Posso entrar? - disse ela, já entrando
-Precisa pedir? - respondi com outra pergunta, porque Melissa já é de casa
- ooooi mê, como vão as coisas? - minha mãe gritou da cozinha
- tirando o fato que eu fiquei presa pra fora de casa tá tudo ótimo - Mel respondeu e eu apontei pro sofá para ela se acomodar.
- Serio Jenny , por favor fala pra sua mãe parar de me chamar de Mê - reclamou Mel
Ri um pouco e peguei dois copos d'agua e a ofereci um.
- Obrigada, bom, eu fui buscar uma coisa na casa da dona Selma, sabe, nossa vizinha do fim da rua, ela me ofereceu um chá e quando eu voltei pra casa meus pais já estavam dormindo e trancaram a porta. Eu liguei e mandei várias mensagens, mas eles tem sono pesado e se eu fizer mais barulho minha irmãzinha acorda e quem tem que cuidar dela? EU. - disse tudo correndo e no fim ficou ofegante
- Oxe! Sobe lá no quarto da jê, arruma o colchão de baixo e dorme aí hoje, ela te ajuda. - minha mãe gritou
- Obrigada - gritou Mel de volta enquanto subimos
- mê, jê... - debochou Mel, nesse instante comecei a rir - quando ela conhecer o Luan seu apelido vai ser lú?
Não disse nada quando ela lembrou do Luan e o silêncio reinou meu quarto.
- Olha jenny, acho melhor você contar o que tá acontecendo. - disse com as mãos na cintura.
- senta aí, achei mancada ter que te esconder e eu precisava da opinião de alguém sobre isso, só não fala pra ninguém, mas primeiro, vamos arrumar sua cama, te empresto um pijama.
Contei tudo que aconteceu após a organização da"caminha" da Melissa Eu contava e ela só ouvia e respondia com expressões faciais
- Nossa, quanta coisa - respondeu surpresa
- É só isso que você tem pra falar? - debochei
- antes da minha opinião, você pretendia me esconder por que mesmo?
- primeiro, você não gosta dele ...
- não mesmo - me interrompeu
- segundo -suspirei- ah não sei, não tem segundo, na verdade não sei o que passou pela minha cabeça - desabafei
- Tá, lá vamos nós - começou, sabia que lá vinha bronca - Eu já te chamei mil vezes pra matines e baladas mas você não gosta,sempre achava alguma desculpa pra não ir e foi só seu boyzinho te chamar que você foi? Olha, eu te conheço bem antes dele e quando ele for embora EU ainda vou estar aqui. - Ela me encarava enquanto dizia isso
- eu sei.. Desculpa.. - interrompi
- Deixa eu terminar. Eu nunca vou ficar brava com você por você estar com ele, até porque eu quero tua felicidade, mas eu acho que você quer um relacionamento de conto de fadas e Luan não é dessas. Você não conhece ele direito. Não vou te dar bronca, mas toma cuidado pra você não sofrer depois. - terminou tudo com um abraço - Embora ele seja um vadio eu super torço por vocês e sua felicidade, só não me esconde nada, okay?
- Okay. - meus olhos estavam cheios de lágrimas, fiquei sem reação.
- E você LA-CROU quando deu bronca nele por causa da mãe dele, nada a ver isso. E além disso, você fez super certo em não se deixar levar, homem nenhum tem que te forçar a nada. -ela me abraçou forte enquanto eu estava quase desabando
-Obrigada, achei que você me mataria - disse, havia uma alegria dentro do meu coração
- E eu vou matar mesmo se você não for lá buscar um copo d'agua pra mim agora - disse com uma cara de quem tá fingindo estar brava. Ri, desci, peguei a água e voltei. Ela já estava dormindo
- Ai aí, essa Melissa viu... - sussurrei
Escovei os dentes, coloquei um pijama e dormi.
Mel acordou antes de mim, nos arrumamos e fomos pra escola. No caminho, vi alguns amigos de Luan rindo e conversando, quando eu apareci ficou aquele silêncio. Não sabia o que estava acontecendo, mil coisas passaram pela minha cabeça. Melissa deu um abraço em seu namorado, Breno, que acenou pra mim enquanto ela o agarrava.
Eu apenas ri e deixei eles lá. Fiquei lá no pátio conversando com outras amigas até o sinal tocar. Fomos para a sala e o diretor chegou avisando que essa semana seria de provas, então no fim das aulas eu e Mel fizemos um grupo de estudos e o resto da semana não passou disso, estudos, descanso e escola. Não me sobrou tempo pra absolutamente nada.
Foi como se Luan tivesse parado de existir, nunca mais respondeu minhas mensagens e nem apareceu na porta do colégio. Eu decidi parar de ser troxa e parar de me importar, assim como ele esqueceu da minha existência, dali em diante eu ia demonstrar que também tinha esquecido dele.
Meu coração estava dividido entre querer e não querer encontrá-lo, parte de mim queria que ele nunca mais aparecesse e parte queria que ele voltasse "pra mim" mas talvez ele nunca tenha sido meu, então eu estava querendo de mais. Eu estava apenas deixando as coisas acontecerem e seguindo meu lema de "vai acontecer o que tiver que acontecer".
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Your love is like a drug
RomanceSinopse: Your love is like a drug - UM amor criminal Um romance diferente de tudo que você já viu, não é uma simples história de amor, é uma história de amor que pode levar caminhos diferentes, a história pode acabar bem ou mal, e os desfechos dess...